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Excesso de peso: saiba quando a culpa é da genética
17/01/2017 - Walmir Coutinho* Veja.com

Estudos com gêmeos idênticos e não idênticos indicam que metade dos casos de variação de peso na espécie humana está ligada aos genes.

“Ela não engorda de ruim que é!” Quem vive em guerra com a balança costuma reagir com irritação diante de uma pessoa magra comendo tudo que tem vontade.

E é verdade que por trás dessa proteção contra o ganho de peso existe um defeito, um metabolismo ineficiente que desperdiça muita energia e acaba se transformando em uma grande vantagem nestes tempos de abundância de alimentos e estilo de vida sedentário.


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Qual o papel da genética nisso tudo?

Estudos com gêmeos idênticos e não idênticos indicam que metade da variação de peso na espécie humana está ligada aos genes, restando a outra metade para os fatores ambientais.

Até a distribuição do tecido adiposo pelo corpo é determinada geneticamente.

Algumas alterações genéticas podem levar a quadros graves de obesidade, mas felizmente são muito raras.

Exemplos disso são os defeitos nos genes da leptina e do receptor MC4.

Outras são mais frequentes, mas levam a um ganho de peso bem menor.

A alteração do gene FTO, que faz o portador ganhar em média 3 quilos e aumentar seu risco de ficar obeso em 60.

A simples prática de exercícios físicos pode reverter esse risco genético.

O problema é que muita gente pode carregar diversas dessas mutações envolvendo vários genes relacionados com o ganho de peso, tornando necessário um tratamento com remédios ou mesmo a cirurgia bariátrica.

Para complicar um pouco mais esse cenário, surgiu a epigenética, que estuda a transmissão de alterações ocorridas com os pais para os filhos, sem envolver mudanças no DNA.

A genética seria o hardware da informática e a epigenética, o software.

Algumas pesquisas têm apresentado resultados bastante surpreendentes. Experiências com ratinhos já mostraram, por exemplo, que, quando o pai é submetido a uma dieta rica em gorduras, isso leva a alterações epigenéticas que são transmitidas a seus filhos, expondo-os a um maior risco de desenvolver obesidade.

Para evitar inteiramente a possibilidade de interferência por fatores ambientais, foi eliminado qualquer contato entre pai e filho, por meio da técnica de inseminação artificial.

A gordura em excesso na alimentação provocou alterações epigenéticas, no software do espermatozoide, que induziram excesso de peso nos descendentes.

Já se sabia que fatores genéticos influenciam a resposta do organismo a fatores ambientais.

Com a epigenética, descobriu-se que os fatores ambientais também podem determinar alterações no organismo que são transmitidas a gerações futuras.

A medicina de hoje ainda não consegue modificar genes, mas uma novidade promete ajudar os médicos e profissionais de saúde a entender melhor o perfil genético dos pacientes que procuram um tratamento para emagrecer.

Através de uma amostra de saliva, já se consegue identificar um grande número dessas alterações nos genes, o que pode ajudar na escolha de um programa de tratamento individualizado, aumentando com isso a probabilidade de sucesso na perda de peso e na sua manutenção.


...

*Professor de Endocrinologia na PUC-Rio

  

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