capa | atento olhar | busca | de última! | dia-a-dia | entrevista | falooouu
guia oficial do puxa-saco | hoje na história | loterias | mamãe, óia eu aqui | mt cards
poemas & sonetos | releitura | sabor da terra | sbornianews | vi@ email
 
Cuiabá MT, 23/11/2024
comTEXTO | críticas construtivas | curto & grosso | o outro lado da notícia | tá ligado? | tema livre 30.931.188 pageviews  

O Outro Lado Porque tudo tem dois, menos a esfera.

ATENTO OLHAR

Estudo associa qualidade do sono e envelhecimento
06/04/2017 - Estadão Conteúdo

Não é difícil observar que as pessoas, à medida que se tornam mais velhas, dormem menos e acordam cada vez mais durante a noite. Para entender as causas desse fenômeno, um grupo de pesquisadores dos Estados Unidos analisou uma série de estudos científicos e concluiu que, ao envelhecer, se perde gradualmente a capacidade de ter um sono profundo e restaurador - o que provoca consequências físicas e mentais negativas, acelerando o próprio envelhecimento.

O sono muda com o envelhecimento, mas o que os cientistas descobriram é que essas mudanças podem também ser ponto de partida para explicar o próprio envelhecimento, segundo Matthew Walker, um dos autores do estudo, publicado ontem na revista científica Neuron.

Diretor do Laboratório de Sono e Neuroimagem da Universidade da Califórnia em Berkeley, nos Estados Unidos, Walker afirma que um dos principais problemas ligados ao envelhecimento e agravados pela perda do sono é a demência.


PUBLICIDADE


— Cada uma das principais doenças que estão nos matando nos países desenvolvidos - como diabetes, obesidade, Alzheimer e câncer -, tem uma forte relação causal com a falta de sono. À medida que ficamos mais velhos, a probabilidade de todas essas doenças aumentam consideravelmente, especialmente a demência — afirma.

Segundo Walker, a perda do sono entre as pessoas mais velhas não é causada por uma agenda cheia nem por necessidade menor de sono. O que ocorre é que, conforme o cérebro envelhece, os neurônios e os circuitos nas áreas que regulam o sono se degradam lentamente, resultando em um tempo cada vez menor nos estágios do chamado sono não-REM.

Segundo os cientistas, o sono REM (movimento ocular rápido, na sigla em inglês), que ocorre com mais frequência na segunda metade da noite de sono, é caracterizado por uma atividade cerebral rápida - quando ocorrem os sonhos - e um relaxamento total do corpo.

Enquanto isso, os estágios de sono não-REM são caracterizados por uma atividade cerebral lenta, que garantem um sono restaurador. Com menos horas nesses estágios de sono profundo, os idosos sofrem sequelas.

Segundo outro dos autores, Bryce Mander, também da Universidade da Califórnia em Berkeley, o envelhecimento leva a um declínio de quase todas as medidas usadas para avaliar o sono.

— Quanto mais se envelhece, a duração do seu sono é reduzida, fica mais fragmentado e o tempo gasto em cada um dos estágios é reduzido. O principal é que o tempo gasto nos estágios mais profundos - em especial no sono profundo não-REM - é reduzido dramaticamente. Mesmo a passagem de um estágio a outro se torna menos previsível e mais desorganizada — explica.

Estudos no Brasil

Estudo de cientistas do Instituto do Sono, ligado à Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), publicado em 2014 na revista Sleep Medicine, chegou a conclusões semelhantes.

Um dos autores, o geriatra Ronaldo Piovezan, professor de Biologia e Medicina do Sono na Unifesp, a pesquisa foi feita com mais de mil pessoas na cidade de São Paulo.

De acordo com Piovezan, o estágio mais profundo do sono não-REM é fundamental para a recuperação corporal. — Nessa fase do sono há liberação de alguns hormônios, como o do crescimento - que acreditamos ser muito importante para a regulação do funcionamento muscular. A perda do sono pode então estar ligada à perda de massa muscular na velhice, o que pode levar à dificuldade de locomoção e aumentar o risco de quedas — diz.

A fragmentação, com o idoso acordando muito mais durante a noite, reduz a qualidade do sono.

— Isso diminui a concentração e a atenção, prejudica a memória e aumenta o risco de demência — garante o pesquisador da Unifesp.


  

Compartilhe: twitter delicious Windows Live MySpace facebook Google digg

  Textos anteriores
08/01/2022 - Antígeno ou PCR? Qual teste fazer em cada suspeita de covid
07/01/2022 - Pele artificial muda de cor e dá aos humanos o poder dos camaleões
06/01/2022 - O que é aquamação, a cremação com água?
01/01/2022 - Vai passar ou piorar? Os cenários para a pandemia em 2022
27/12/2021 - Como as vacinas de RNA que nos salvaram da covid-19 podem derrotar outras doenças
26/12/2021 - Natal já era comomorado antes do nascimento de Jesus
26/12/2021 - Crianças e adolescentes devem usar redes sociais? Veja dicas de especialistas
24/12/2021 - O que é a ansiedade e como ela se diferencia da depressão
16/12/2021 - Como surpreendente recuperação de florestas pode ser arma contra aquecimento global
15/12/2021 - Brasil entra na lista de alto risco de volta da pólio
14/12/2021 - Coronavac - maiores de 60 precisam de 3 doses para serem considerados protegidos, diz Opas
13/12/2021 - Novo Estimulante Masculino é liberado pela Anvisa
12/12/2021 - Crise hídrica é mundial, dizem cientistas
12/12/2021 - Floresta recupera 80% do estoque de carbono e da fertilidade do solo após 20 anos da regeneração
06/12/2021 - Como ter filhos modifica o cérebro das mulheres
02/12/2021 - GÁS H2 DESPONTA COMO FUTURA ENERGIA LIMPA
30/11/2021 - Ômicron, a próxima rodada do coronavírus
23/11/2021 - APLICATIVOS DE RASTREAMENTO CUIDAM DO CASO
19/11/2021 - Eclipse lunar parcial mais longo em 580 anos vai ser visto do Brasil: saiba onde e quando observar
18/11/2021 - Golpe do Pix: hackers contam como enganam vítimas; saiba como se proteger

Listar todos os textos

 
Editor: Marcos Antonio Moreira
Diretora Executiva: Kelen Marques