CURTO & GROSSO

Edição de 27/03/2011

Marcos Antonio Moreira - fazperereca@yahoo.com.br

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Contrato que veio a público neste final de semana é a prova provada de que a brava gente bronzeada não esgotou seu estoque de patifarias e que, apesar da repulsa pública, não tem a mínima intenção de parar de torrar dinheiro à toa, até rapar completamente o tacho na Caixa Ecômica Federal, onde está disponível meio bilhão de reais -- por outra: estava disponível, porque ninguém sabe dizer quanto já foi dilapidado apenas em mordomias, já que até agora não foi apresentado nenhum resultado prático.

Com o valor do tal contrato para fornecimento de passagens aéreas nacionais e internacionais pelo período de um ano -- orçado em quase um milhão de reais --, dá para construir 100 casas populares ou pagar o salário de quase mil professores do ensino fundamental.

Convenhamos, é muita passagem para meia dúzia de diretores -- sem contar hospedagem, alimentação, locação de veículos com motorista e outros mimos, tipo diárias e cartão corporativo para gastar sem tabela na conta do cidadão-eleitor-contribuinte.

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Empresário Mauro Carvalho (Lotufo) e sócios foram as primeiras vítimas da instalação da CPI das PCHs. Fiscalização da Sema bateu pesado no empreendimento deles voltado para geração de energia. Dizem que é por conta da proximidade com deputados que bancaram a CPI -- informa e komenta a koluna Eparrê! do saite "Turma do Êpa".

Por mais que a Sema tente jogar timbó na água, que a AL se acocore, que Soja Majestade se despenteie, por mais que o governador -- despudoradamente -- se preste ao papel de advogado do Grupo Amaggi, esta CPI das PCHs ainda vai render babados fortíssimos -- e bota "babados fortíssimos" nisto!

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Enquanto o poder público patina na definição quanto ao melhor modelo de transporte que garanta mobilidade urbana para Cuiabá como sede da Copa do Mundo, fabricante de veículos articulados já começa a trazer seu showroom para o Estado. Na quarta-feira, uma das montadoras de ônibus que serviria ao modelo BRT apresentará à imprensa um veículo sueco já preparado para circular nos corredores, que a cidade ainda não tem sequer licitados -- informa, komenta e "adeverte" edição deste domingo do "Diário de Cuiabá".

A brava gente bronzeada da Ageporca não licitou, mas tem milhões de motivos -- e bota "milhões de motivos" nisto! -- para optar pelo sistema BRT, pouco se lixando pelo que pensam o governador, a Assembléia Legislativa e as torcidas do Flamengo e do Corinthians somadas.

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Levantamento feito pela repórter especial da Folha de S.Paulo, Elvira Lobato, mostra que empresas abertas em nomes de outras pessoas (laranjas) são frequentemente usadas por especuladores, igrejas e políticos para comprar concessões de rádio e TV em licitações do governo federal.

O Ministério das Comunicações diz não ter como identificar se os nomes nos contratos são de laranjas. Afirma também que não pode contestar a veracidade de documentos emitidos por carórios e juntas comerciais.

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Alunos de até 15 anos matriculados na rede de ensino de Mato Grosso não sabem ler, nem escrever e estão à beira de ir para o Ensino Médio em condições de analfabetismo funcional. Política de Ciclos de Formação Humana obriga que o aluno seja "enturmado", ou seja, matriculado nas turmas conforme a idade e não mais pelo nível de conhecimento -- informa, komenta e lamenta reportagem da edição de hoje daquele jornal que tinha 109,5% e agora tem apenas 107% no Ibope.

Mato Grosso tem um senador do ex-péfe-éle, o Jotaverissimossaurus -- aquele mesmo que é mais falso que "talba" de andaime -- que, beiradeando os 60 anos, também é analfabeto funcional, porém -- sempre tem um "porém" -- nunca mais trabalhou depois que enturmou na política e virou bilionário.

Até esqueceu de declarar 50 mil bois e se não é esse pobre marquês fazer um baita favor de lembrar, tinha passado batido...

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Um verdadeiro clube dentro de casa!







Atual estágio das obras

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O poder das coisas suplanta o poder das ideias. A hipótese pode parecer um disparate. Inserida, porém, no bojo da sociedade contemporânea -- emoldurada pela expansão econômica, despolitização, pelo esfacelamento de doutrinas, luta por interesses setoriais e grupais, administração de coisas materiais --, começa a ganhar sentido.

O território da política é o que mais sofre os efeitos dessa nova ordem. E a razão é a crise que assola o modelo de representação. O declínio dos partidos corrói a imagem dos mandatários e faz nascer múltiplos aglomerados, os quais, por sua vez, procuram substituir a esmorecida instituição política. E por que esta definha?

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