DIA A DIA

Bovespa fecha com leve alta, de olho em crise na zona do euro
25/05/2011 - Epaminondas Neto - Folha Online

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) teve uma valorização bastante modesta no encerramento dos negócios desta quarta-feira, e completou já o seu terceiro dia com um volume de negócios fraco, abaixo dos R$ 6 bilhões, o que sinaliza a falta de "convicção" dos investidores para novas apostas.

Permanecem as preocupações sobre a crise da zona do euro, em que boa parte dos holofotes estão voltados para a Grécia, em meio a especulações sobre o que pode ser feito para evitar a reestruturação de suas dívidas. E nos EUA, os números do setor manufatureiro divulgados hoje não foram animadores.

E o retorno do capital estrangeiro neste mês, um movimento notado por dez entre dez analistas, ainda não resultou em uma recuperação mais consistente do índice acionário, que oscilou entre 62 mil e 64 mil pontos neste mês.


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O índice Ibovespa, que reflete os preços das ações mais negociadas, teve alta de apenas 0,08%, aos 63.388 pontos. O giro financeiro foi de R$ 4,58 bilhões, mais uma vez, inferior à média desse mês (quase R$ 7 bilhões por dia).

Nos EUA, o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, valorizou 0,31%.

"O que nós vemos é ainda existem muitas incertezas na economia. No front doméstico, o mercado ainda quer conferir se os índices de inflação vão realmente confirmar a tendência de desaceleração que apareceu das últimas vezes. E no exterior, o fato dos preços das commodities estarem bastante voláteis também não ajuda", sintetiza Marco Aurélio Etchegoyen, da mesa de operações da corretora Diferencial.

O dólar comercial foi cotado por R$ 1,629, em um acréscimo de 0,30%, após oscilar entre R$ 1,633 e R$ 1,627.

O Departamento de Comércio dos EUA informou que as encomendas de bens manufaturados sofreram o seu pior declínio em seis meses, com uma contração de 3,6% calculada para abril. A cifra é ainda pior que a projeção consensual entre economistas do setor financeiro (queda de 2,2%).

O Banco Central relatou que os investimentos estrangeiros diretos em empresas no Brasil chegaram a US$ 22,99 bilhões nos quatro primeiros meses do ano. O resultado é praticamente o triplo do verificado no mesmo período do ano passado.

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