Presos da Lava Jato dividem 6 celas em galeria com cerca de 100 detentos 28/07/2015
- G1-PR
16 presos da operação estão no Complexo Médico-Penal, em Pinhais.
Para tomar banho, eles compartilham chuveiros com outros presos.
Os presos na Operação Lava Jato que estão detidos no Complexo Médico-Penal, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba dividem uma galeria onde ficam cerca de 100 detentos, de acordo com a Secretaria de Estado da Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná (Sesp-PR).
PUBLICIDADE
No sábado (25), oito presos relacionados à Odebrecht e à Andrade Gutierrez foram transferidos para o presídio.
Eles foram detidos no dia 19 de junho, quando a 14ª fase da operação foi deflagrada, tendo como alvo as duas empreiteiras.
Desde então, 16 presos na operação estão detidos no local.
A Lava Jato investiga um esquema bilionário de desvio de dinheiro e corrupção na Petrobras.
A Sesp informou que os 16 presos da Lava Jato dividem seis celas, ondem cabem três pessoas.
Cada cela tem um banheiro, com um vaso sanitário e uma pia.
Já para tomar banho, eles dividem chuveiros com os outros detentos da mesma galeria.
Estão presos no Complexo Médico-Penal:
- Marcelo Bahia Odebrecht, presidente da holding Odebrecht S.A.
- Alexandrino de Alencar, ex-diretor da Odebrecht
- César Ramos Rocha, ex-diretor da Odebrecht
- Elton Negrão de Azevedo Júnior - executivo da Andrade Gutierrez
- João Antônio Bernardi Filho, ex-funcionário da Odebrecht
- Márcio Faria da Silva, ex-diretor da Odebrecht
- Otávio Marques de Azevedo, presidente da Andrade Gutierrez
- Rogério Santos de Araújo, ex-diretor da Odebrecht
- André Vargas, ex-deputado
- Luiz Argôlo, ex-deputado
- Pedro Corrêa, ex-deputado
- João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT
- Mário Góes, empresário e acusado de ser um dos operadores do esquema
- Adir Assad, empresário e acusado de ser um dos operadores do esquema
- Fernando Baiano, acusado de ser um dos operadores do esquema
- Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Pebrobras.
O pedido desta última transferência foi feito pelo delegado da Polícia Federal (PF) Igor Romário de Paula.
Ele alegou dificuldades de espaço para manter os detentos na carceragem.
O complexo é uma penitenciária de regime fechado e com finalidades médicas.
Ao aceitar o pedido, o juiz federal Sérgio Moro -- responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância -- disse que "de fato, a carceragem da Polícia Federal, apesar de suas relativas boas condições, não comporta, por seu espaço reduzido, a manutenção de número significativo de presos".
Os demais presos já estavam há mais tempo no local.
Antes de serem encaminhados ao Complexo Médico-Penal, todos estavam detidos na carceragem da Polícia Federal, na capital paranaense.
O presídio tem capacidade para cerca de 700 detentos e, atualmente, este é o número de presos no local.
O Complexo Médico-Legal recebe os doentes que precisam de internamento, os idosos e as gestantes do sistema prisional.
Além disso, policiais e agentes penitenciários presos e detentos com curso superior também podem ficar no local. As informações são da Sesp.
Na sexta-feira (14), o Ministério Público Federal (MPF) apresentou à Justiça Federal uma denúncia contra os envolvidos na 14ª fase da Operação Lava Jato.