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O OUTRO LADO DA NOTÍCIA

Carlos Chagas, o jeito doce de um grande repórter
27/04/2017 - BLOG DE JORGE BASTOS MORENO - O GLOBO

O jornalismo perde um dos seus maiores nomes. Eu perco um Mestre e amigo. Poderia eu, pela convivência, escrever páginas e páginas sobre Carlos Chagas.

Registro, no entanto, uma nota singela: foi o primeiro repórter a registrar a existência de um ser discreto, que caminhava na sombra da política: Delúbio Soares. Muito tempo depois é que o personagem começou a ganhar as páginas dos jornais.

Historicamente, Carlos Chagas revelou coisas importantes. Foi um grande repórter.


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Resolvi citar esse caso pequeno como exemplo de um repórter que sempre farejava a notícia na frente de todo mundo.

Com seu jeito manso de falar, cabeça baixa, vi Carlos Chagas extrair do fechadíssimo Ulysses Guimarães um dos maiores mistérios da História recente do país, poucos meses depois do acontecimento.

Durante um evento, com a presença do próprio Sarney, Chagas e eu conversávamos num canto e se aproxima de nós o então “condestável da Nova República”. Depois de alguns minutos de conversa, o repórter Carlos Chagas não se contém:

— Doutor Ulysses, já que estamos aqui só nós três, bem que o senhor poderia nos dizer o real motivo de teres deixado o Sarney assumir em seu lugar, quando a Constituição lhe garantia a posse?

E o velho Ulysses:

— Chagas, meu caro, diante da sua irresistível docilidade, não posso deixar de responder à sua pergunta: O meu Pontes de Miranda, o general Leônidas, ficava me cutucando com a sua espada, dizendo: “É o Sarney! É o Sarney!”.

Esse era Carlos Chagas, o Chaguinhas, que, com a sua conhecida docilidade, arrancava os segredos mais bem guardados da República.


  

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