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Curto&Grosso O que ainda será manchete

O OUTRO LADO DA NOTÍCIA

BAILE DE MÁSCARAS
16/09/2018 - CARLOS BRICKMANN - CHUMBOGORDO.COM.BR

Fernando Haddad não é mais Fernando Haddad: é Luiz Fernando Lula Haddad. Quem quiser conhecer suas ideias sobre o Brasil, esqueça: ele diz que seu plano de governo, caso eleito, é chamado de Plano Lula.

Mas será um dirigente afirmativo: dirá “sim, senhor” a tudo o que Lula mandar.

Bolsonaro é paz e amor. Ele dizia que, depois de quatro filhos, fraquejou e teve uma filha – mas agora sua campanha preparou um vídeo para reduzir a rejeição no eleitorado feminino (se houver referência a “empoderamento” feminino, entretanto, pode ser rejeitado por chatice).


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E, hoje, simplesmente adora gays: em outro vídeo, cumprimenta amistosamente um homossexual.

Geraldo Alckmin, que, depois de ganhar quase metade do tempo total da TV, já se via no segundo turno, aceita hoje ser o menos pior.

A frase, dita por sua vice, a senadora Ana Amélia, é ótima:

“Nem na faca, nem na bala. Vote Geraldo Alckmin”.

Ana Amélia fez sua parte, Alckmin tem agora de fazer a dele: apanhar de Bolsonaro em seu reduto, São Paulo, é feio demais.

Marina, que qual cometa aparece de quatro em quatro anos dizendo ser a favor do bem e contra o mal, incorporou o mais feroz espírito da floresta; bateu forte no general Mourão, vice de Bolsonaro, que andou se excedendo ao sugerir que a atual Constituição seja trocada por outra, em que o eleitor só tenha o direito de votar num referendo.

Marina é suave, Mourão é bravo – mas é difícil reagir contra Marina sem parecer prepotente e grosseiro.

O NOVO CIRO

A surpresa da campanha é Ciro Gomes. Ciro é bom de campanha, tem o que dizer, mas tem também o hábito de se exceder nos comentários e ficar no caminho.

Agora está se controlando e pode até chegar ao segundo turno.

AS PESQUISAS

Outra surpresa: as pesquisas não se comportam como era esperado. Alckmin, com TV e tudo, comporta-se como um bom chuchu.

Caso se livre da árvore a que está preso, cai, em vez de subir.

Nem a TV pôde ajudá-lo: tem o horário gratuito, Bolsonaro tem o tempo todo.

Bolsonaro, vítima de atentado, subiu pouco. Está bem na frente, mas já estava antes da facada.

E quatro candidatos disputam o segundo lugar, embolados: Marina, Alckmin, Ciro e Haddad.

Mas é cedo para fazer previsões.

Quantos eleitores de Lula irão para Haddad?

Como os bolsonaristas vão reagir a sua ausência da campanha?

Se Haddad subir e Bolsonaro cair, a quem irão os antiesquerdistas dar seu voto: Alckmin?

Meirelles, tão sem sal quanto ele mas sem TV?

Ciro, talvez – e quanto dos votos que o PT considera seus irão para Ciro e Marina?

Serão suficientes para levá-los ao segundo turno?

QUERO SER ELE!

Como homenagem a Lula, Haddad lançou-se candidato na porta da cadeia e, bem treinado, ficou repetindo o nome do padrinho.

Levantamento de O Globo mostra que Haddad, em seu primeiro contato com a população, citou o nome de Lula uma vez a cada período de 22 segundos.

Fez três discursos, que juntos duraram pouco mais de 11 minutos, e neles citou Lula pelo nome por 31 vezes (houve outras em que o citou, mas sem o nome: só como “presidente” e “ele”).

Os animadores de campanha o chamavam de “Fernando Lula Haddad” e “Luiz Fernando Lula Haddad”.

O ALCKMIN ELETRÔNICO

Geraldo Alckmin fez um divertido programa de TV. Nele, incluiu entre as obras paradas do Governo Federal, em Goiás, o aeroporto de Anápolis.

Pois é, o aeroporto deveria estar concluído em 2014, continua em obras, o custo, que deveria ser de R$ 270 milhões, já está em R$ 330 milhões, só que o Governo Federal nada tem com isso: a obra é do Governo goiano, foi iniciada (e deixada por concluir) por Marconi Perillo – um dos coordenadores da campanha de Alckmin.

E o vice que substituiu Perillo, José Elinton, PSDB, teve de usar a campanha (está, apesar, ou por causa, do apoio de Perillo, bem abaixo de Ronaldo Caiado) para desmenti-lo.

ELE É MAS NÃO É

Lembre: numa eleição anterior, Ciro Gomes foi massacrado por dizer que tinha estudado só em escolas públicas (havia entre suas escolas uma particular).

Pois é: Haddad também entrou nessa. No site do PT, havia esta frase sobre ele:

“Mesmo tendo estudado sempre em escola pública, Haddad se formou em Direito pela Universidade de São Paulo, depois se tornou mestre em Economia e doutor em Filosofia”.

O jornalista Josias de Souza, do UOL, pesquisou a informação: Haddad fez educação infantil e ensino fundamental em renomada escola particular, o Ateneu Ricardo Nunes; em seguida, fez o Colégio Bandeirantes, um dos mais caros de São Paulo.

QUERO SER ELA!

O PT tirou do site a informação falsa, mas não informou que Haddad, antes do curso superior, só tinha estudado em escolas privadas de elite.

Tudo bem: Dilma não dizia que tinha um doutorado que não tinha?

...

E-mail: carlos@brickmann.com.br
Twitter: @CarlosBrickmann
Site: chumbogordo.com.br


  

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