O OUTRO LADO DA NOTÍCIA

TSE barra gravação de Lula na cadeia
16/09/2018 - BR18 - Marcelo de Moraes, José Fucs e Vera Magalhães - O Estado de S.Paulo

A defesa de Lula pediu novamente que Lula pudesse gravar áudios e vídeos de dentro da prisão, em Curitiba. O ministro Sérgio Banhos, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), recusou o pedido da defesa do ex-presidente.

O objetivo, naturalmente, era poder usar o material feito por Lula na campanha presidencial de Fernando Haddad.

Marina: "Ficam dizendo que vão me desidratar. Vão nada"


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Marina Silva procurou mobilizar hoje sua militância contra a sensação de que sua campanha está perdendo fôlego e eleitores para Fernando Haddad e Ciro Gomes.

“Tem muita gente que está dizendo que vão me desidratar. Vão nada”, afirmou em vídeo postado nas suas redes sociais.

A soma das partes

Quando já se previa que Lula teria sua candidatura barrada pelo TSE, setores do PT chegaram a pensar numa chapa encabeçará por Ciro Gomes, tendo Fernando Haddad como vice. O comando petista, entretanto, se recusou a abrir mão da cabeça da chapa e a conversa acabou.

Se forem levados em contas os números atuais do Datafolha, Ciro e Haddad somam 13% cada um. Ou seja, se estivessem juntos poderiam ter hoje 26%, que é exatamente o total de intenções de voto de Jair Bolsonaro.

Alckmin sem palanque em Alagoas

Com a desistência de Fernando Collor, o PSDB está sem candidato ao governo de Alagoas, já que integrava essa coligação.

Apesar de os tucanos comandarem a Prefeitura de Maceió, estavam representados na aliança apenas com o candidato ao Senado Rodrigo Cunha.

Assim, Geraldo Alckmin, que já não tinha muito espaço nos palanques do Nordeste, vê seu palanque alagoano se desarrumar.

Vice de Collor também desiste

Cotado para substituir Fernando Collor como candidato ao governo de Alagoas, o vereador Kelmann Vieira não aceitou a tarefa. Ele anunciou, também ontem, sua renúncia ao cargo de vice na chapa de Collor.

Assim, a coligação que era liderada pelo ex-presidente tem até segunda para lançar algum outro nome ou ficará fora da disputa.

Para Alckmin, nada está decidido

Em campanha no Acre, Geraldo Alckmin não demonstrou preocupação com o resultado da pesquisa Datafolha, que mostrou sua oscilação para baixo, variando de 10% para 9%.

O tucano avalia que a disputa pelo segundo lugar “está indefinido e vai ser decidido nos próximos vinte dias. Está tudo na margem de erro”, disse.

O dono dos votos de Haddad

De um petista graduado, incomodado com o fato de Fernando Haddad parecer já estar acreditando que foram apenas suas “qualidades” que o fizeram subir nas pesquisas: “espero que ele não se esqueça quem é o verdadeiro dono desses votos”.

A bem da verdade, Haddad fez um gesto claro para seu padrinho Lula, ao desejar-lhe boa noite na abertura de sua sabatina no Jornal Nacional, ontem à noite.

Ciro dando uma no cravo e outra na ferradura

Ciro Gomes abriu sua artilharia contra Fernando Haddad e criticando forte o governo Dilma Rousseff. Afinal, o candidato do PT se tornou o maior obstáculo para que chegue ao segundo turno.

Mas, ao mesmo tempo que fala mal desses petistas, Ciro rende homenagens a Lula.

No seu programa eleitoral, citou duas vezes o ex-presidente, lembrando, inclusive, que fez parte de sua equipe ministerial.

Como quer atrair os eleitores órfãos do petista, Ciro está sendo seletivo nas suas críticas aos petistas.

A destruição das "verdades eleitorais"

A campanha presidencial deste ano poderá sepultar de vez algumas “verdades eleitorais”.

A maior delas: candidato sem tempo de televisão não tem chance.

Jair Bolsonaro tem poucos segundos a sua disposição e, a pouco mais de três semanas da eleição, está disparado em primeiro lugar.

Outra lenda que cai: uma grande aliança partidária garante fortes palanques regionais.

Geraldo Alckmin integra uma coligação formada por nove partidos e quase não tem apoiadores no Nordeste, por exemplo.

Jefferson e a "mentira deslavada de Haddad"

Presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson afirmou que Fernando Haddad mentiu, no Jornal Nacional, ao dizer que as pautas bombas do Congresso causaram as dificuldades econômicas durante o governo de Dilma Rousseff.

“É mentira deslavada de Haddad que o governo Dilma levou o Brasil à recessão por causa da aprovação de pautas-bomba no Congresso. As pautas-bomba foram todas vetadas por Dilma e os vetos dela não foram derrubados. Petista que se preza não consegue sequer respirar se não mentir”, atacou.

A hora de acalmar os assustados

Integrantes da cúpula de candidaturas com dificuldade para crescer nas pesquisas admitem que esse momento da campanha requer cuidado redobrado.

Existe o temor de que aliados, digamos assim, mais sensíveis aos números das pesquisas não queiram apostar numa reação e abandonem as alianças em busca de quem está mais bem colocado.

A ordem é passar a tropa em revista para evitar surpresas.

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