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POEMAS & SONETOS

A Proclamação da República
17/11/2018 - MIGUEZIM DE PRINCESA

I

Deodoro da Fonseca,
Defensor da Monarquia,
Foi dar um viva à República,
Na base da ironia,
E acabou entregando
O poder à Maçonaria.

II

Um grupo positivista,
Que há tempos se reunia,
Aproveitou que o império
Aos poucos de diluía
E, brandindo a baioneta,
Pôs um fim à Monarquia.

III

Quando a Princesa Isabel
Acabou a escravidão,
A Monarquia, abalada,
Não encontrava mais chão,
E as classes de novos ricos
Queriam mandar na Nação.

IV

Deodoro governou
Pelo período de um ano,
Assumiu em seu lugar
O marechal Floriano,
Militares de prestígio
Do torrão alagoano.

V

Fizeram tudo por cima
Que nem feijão com arroz:
Mandaram Dom Pedro embora,
Ficou aquele “pois, pois”,
E o povo, mais uma vez,
Soube de tudo depois.

VI

Foi no ano oitenta e nove
Dos tempos mil e oitocentos,
Muitas coisas avançaram
Depois daquele momento,
Porém, para os desvalidos,
É o mesmo sofrimento.

VII

É o fogão apagado
Por faltar gás no bujão,
É a panela emborcada
Sem caroço de feijão,
Mudam tudo no Brasil,
Só não mudam a precisão.

VIII

O povo clama à República
Saúde e educação,
Honra, pudor e coragem,
O fim da corrupção,
Vida pública de decência
Pra salvar esta Nação!


  

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