|
TÁ LIGADO?
PF tem mais operações engatilhadas
02/06/2007
Combate à corrupção é prioridade, diz diretor-geralO diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Lacerda, diz que o combate à corrupção segue sendo prioridade máxima. Foi sua primeira manifestação pública sobre a crise que derrubou o segundo homem na hierarquia da PF, o delegado Zulmar Pimentel, acusado de vazar informações sigilosas para colegas investigados pela Operação Navalha.
Lacerda disse que estão programadas operações do mesmo porte da Navalha, que levou à cadeia dezenas de políticos, empresários, lobistas e advogados envolvidos com fraude em licitações de obras públicas. “Inúmeras operações desse porte estão sendo gestadas e serão deflagradas no momento adequado.”
Lacerda aproveitou para informar que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) não é investigado pela PF. “Ele é uma autoridade que goza de foro especial no Supremo Tribunal Federal, a quem compete dizer se há motivos para a PF ser acionada ou não”, disse. “Neste instante, não há nenhum papel da PF a ser desempenhado.”
Ele admitiu que a PF pode ter cometido erros na operação, que derrubou, além de Pimentel, o superintendente da PF na Bahia, Antônio César Nunes, e seu antecessor, Paulo Bezerra, atual secretário de Segurança Pública do Estado. Os 3 são acusados de atrapalhar a operação. “Não somos infalíveis, estamos tentando nos aperfeiçoar”, ressalvou.
Lacerda defendeu Pimentel, a quem disse conhecer há 30 anos. “Posso afiançar que ele tem o perfil de homem íntegro. Nunca deu motivos para se duvidar da sua idoneidade. Sempre se caracterizou pelo rigor nas suas ações.” Pimentel foi afastado por 60 dias, por ordem da ministra Eliana Calmon, relatora da operação no Superior Tribunal de Justiça (STJ), porque teria alertado o superintendente do Ceará, João Batista Paiva Santana, investigado por suspeita de ligação com a máfia das obras.
Lacerda já tinha dito que foi ele quem deu ordens ao auxiliar para ir ao Ceará e comunicar a Santana que estava afastado do cargo. Ontem, o diretor-geral afirmou que o afastamento de Pimentel não atrapalha a rotina da PF nem elimina seu compromisso de combate à criminalidade. “Essa situação de intranqüilidade é natural na nossa vida. Na PF não há monotonia. Foi só mais uma semana de trabalho”, minimizou.
Na sua avaliação, a punição a Pimentel ocorreu por um equívoco de interpretação. Lacerda disse confiar que a ministra reveja a punição, ao fim da investigação.
Em discurso, lido na solenidade de troca da bandeira, o novo número 2 da PF, Getúlio Bezerra, reforçou o compromisso com o combate à corrupção. Afirmou que não há nada de “esotérico ou espalhafatoso” nas operações. Para Bezerra, elas são feitas dentro do bom planejamento, com discrição e cautela, mas com firmeza. “Se algo há de escandaloso, são as acrobacias e peripécias dos que confundem o público com o privado, atacando o erário agora não mais apenas na calada da noite, mas às escâncaras, à luz do dia, em atos de deboche e acovardamento.”
...
Jornal da Tarde
Compartilhe:
Comentários dos Leitores
Os textos dos leitores são apresentados na ordem decrescente de data. As opiniões aqui reproduzidas não expressam necessariamente a opinião do site, sendo de responsabilidade de seus autores.
Comentário de Dra Nivea Miglioli (niveamiglioli@gmail.com) Em 02/06/2007, 20h08 |
Puxa que dá!!!!!! |
O que se tem visto nestas operaçoes da policia federal, sào fogos...muitos fogos. Verdadeiros shows pirotécnicos. A coisa se ridicularizou de tal maneira, que é muito dificil acreditar nas estorias espetaculosas engendradas por alguns procuradores e executadas pela PF, muito embora,esta ultima, por ocasiao da desastrosa operaçao Kayabi, tenha recomendado cautela com relaçao aos fatos descritos que nao condiziam com a verdade.
Mas, em sendo boa a intençao da mesma, creio que se puxar mesmo, irào dar no Presidente da Republica que mesmo intimamente ligado aos fatos tem saido ileso. Porque será heim?! Desse modo, puxa que é capaz de dar... |
|
|