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Mensagem a Garcia
04/03/2018 - Marcos Antonio Moreira - fazperereca@yahoo.com.br

v9006611@gmail.com

Mar 3 em 9:42 AM

Bom dia Sr. Marcos A. Moreira

Meu nome é Valdecy Antônio da Silva, sou morador de Tangará da Serra, (autônomo caminhão caçamba truck) sou leitor assíduo do seu site há 10 anos (2008).

Através dele, tomei conhecimento da candidatura a deputado federal do Fábio Garcia, eu, família e amigos votamos nele na eleição passada, conhecia um pouco da história do seu avô Garcia Neto, pois o pai de um tio meu trabalhou para o mesmo em propriedade rural dele no distrito de Nova Fernandópolis, em Barra do Bugres, no início dos anos 80.

Acredito que você, através de sua influência, possa fazer chegar até o nobre deputado o drama em que se encontram hoje os trabalhadores autônomos de "caminhões caçambas" (caçambinha).

Explico: a resolução 563/2015, que trata da instalação de um kit de dois estágios pra acionamento da caçamba nos colocou a todos na clandestinidade .

O Denatran determinou que após a instalação do referido equipamento o veículo deverá passar por vistoria do INMETRO para o CSV (Certificado de Segurança Veicular) para em seguida se dirigir ao Detran pra liberação, impressão do documento de porte obrigatório.

A - não se trata de não querermos instalar o referido kit (fica em torno de R$1.000,00) e é muito útil.

B - o Inmetro nesse caso não fiscalizará somente o kit, eles tem série de outros ítens; tipo pneus, mata-cachorro, para-choque, e muitos mais.

C - não credenciaram lojas pelo interior pra facilitar (Cuiabá fica longe e é caro se deslocar).

Imagina quem é de Alta floresta , região do Araguaia, etc.

Tem caso de colegas que já foi três vezes no Inmetro Cuiabá, adequa uns ítens, chega lá falta isso, falta aquilo.

Nem eles mesmos sabem o querem.

Criaram uma lei, não divulgaram, não tipificaram, estão batendo cabeça e nós trabalhadores estamos hoje à margem da lei pois sem esse tal CSV o Detran não libera nossos documentos, como vamos circular?

Para deslocar pras fazendas pra trabalhar.

Como vamos honrar compromissos, pagar contas se pararam nosso ganha pão?

Criam leis, aprovam, não fazem audiência pública pra ouvirem a classe afetada simplesmente é lei sendo que o próprio órgão público (Inmetro) não sabe ao certo o que quer, não tem condições de atender a demanda, nem com mão-de-obra, espaço fisico, etc.

As grandes corporações não serão afetadas de imediato (transportadoras, Amaggi, Bom Futuro, Scheffer, etc), porque polícia não para caminhão grande e adesivado com esses nomes, eles param o pequenos, nós os autônomos.

Uma readequação do veículo nos moldes que o Inmetro quer hoje fica caro, não temos recursos.

Onde está o programa de "Renovação de Frota"?

Ou uma linha de crédito pra "readequação" do veículo?

Não há.

Nosso BNDES só serve pra financiar governos totalitários na África, Cuba, Panamá, Venezuela, Bolívia, etc.

Nós que puxamos soja da lavoura pro armazém, recolhemos IR na emissão da NF, tapamos buracos, comemos diuturnamente longe de nossas famílias dormindo em cabines recebemos como apoio esse tipo de lei aí.

Repito, não se trata de não querer cumprir a lei, se trata de nos dar condições de cumprir se adequar à mesma.

Peço ao nobre jornalista que faça chegar ao ilustríssimo deputado nosso dilema, para que mesmo sensibilize e nos defenda.

Hoje tem dezenas de pais de famílias no mato no Brasil afora com seu ganha pão inviabilizado.

Sem mais, espero vossa compreensão.

Abraço fraternal!

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