capa | atento olhar | busca | de última! | dia-a-dia | entrevista | falooouu
guia oficial do puxa-saco | hoje na história | loterias | mamãe, óia eu aqui | mt cards
poemas & sonetos | releitura | sabor da terra | sbornianews | vi@ email
 
Cuiabá MT, 24/09/2024
comTEXTO | críticas construtivas | curto & grosso | o outro lado da notícia | tá ligado? | tema livre 30.761.422 pageviews  

Tema Livre Só pra quem tem opinião. E “güenta” o tranco

ATENTO OLHAR

Pais tentam evitar amadurecimento físico da filha deficiente
04/01/2007 - BBC Brasil

Ashley, de 9 anos, terá o útero e os seios removidos, e passa por tratamento hormonal para se manter, permanentemente, do tamanho de uma criança

Os pais de uma garota americana com graves deficiências revelaram que pretendem manter sua filha do tamanho de uma criança, para dar a ela uma melhor qualidade de vida.

Ahsley, de 9 anos, tem a habilidade mental de um bebê de três meses, e não consegue andar nem falar.

Além de doses de hormônio para limitar seu crescimento, os pais de Ashley também optaram por impedir o crescimento de seus seios e retirar-lhe o útero e o apêndice.


PUBLICIDADE


Os pais de Ashley, moradores de Seattle que não divulgaram seus nomes, tornaram público o tratamento a sua filha em um site na internet, lançado no dia 1º de janeiro. Eles alegam que o tratamento ajudará a melhorar a qualidade de vida da menina.

O caso de Ashley já havia sido publicado em uma revista científica americana no ano passado, gerando um considerável debate e críticas.

Bem-estar

Os pais dizem que, como Ashley permanecerá com o peso de uma criança, eles terão mais facilidade em movimentá-la, banhá-la e envolvê-la nas atividades familiares, o que beneficiaria seu bem-estar físico e mental.

O médico Douglas Diekema, da Universidade de Washington, em Seattle, que estava no comitê ético que aprovou o tratamento de Ashley, disse à BBC que o painel concordou porque os pais o convenceram “de que isso estava de fato de acordo com os melhores interesses da menina”.

“Se ela permanecer menor, será muito mais fácil para eles continuarem a prover um cuidado num nível muito mais pessoal”, disse Diekema.

“O pai é freqüentemente quem a carrega de lugar para lugar, então se ela ficar maior isso vai ficar mais difícil, também considerando que eles ficarão mais velhos. Em algum momento eles precisariam ser forçados a considerar um carregador mecânico, o que é muito mais impessoal.”

Idéia equivocada

Os pais de Ashley escreveram no seu site: “Uma idéia equivocada fundamental e universal sobre o tratamento é de que ele tem como objetivo ser conveniente para o provedor de cuidados. Ao contrário, o principal objetivo do tratamento é melhorar a qualidade de vida de Ashley”.

A menina tem encefalopatia estática, uma rara condição cerebral que não tem cura. Seus pais a chamam de “Anjo do Travesseiro”, porque ela não se mexe em qualquer lugar onde a ponham, normalmente um travesseiro.

O casal decidiu há três anos tomar medidas para reduzir o peso e a altura de sua filha na vida adulta.

Ashley começou o tratamento hormonal em julho de 2004, por meio de ataduras na pele. Isso deve reduzir sua altura adulta potencial em cerca de 20%, e seu peso em 40%.

Conforto e segurança

Os pais de Ashley dizem que a decisão de remover o útero e os seios da filha atende aos interesses da filha por conforto e segurança.

“Ashley não precisa do seu útero, porque não vai ter filhos”, dizem eles, acrescentando que isso também significa que ela não terá ciclos menstruais e sangramento nem o desconforto normalmente associado.

A operação também elimina a possibilidade de gravidez se Ashley sofrer abuso sexual, dizem eles.

A retirada dos seios também teria sido feita, em parte, para evitar abuso sexual, mas principalmente para que ela não sofra desconforto ao deitar, segundo os pais.

O casal enfatizou seu amor pela filha e disse que a quantidade de críticas ao tratamento escolhido os surpreendeu.

“Se a preocupação tem algo a ver com a dignidade da menina sendo violada, então eu tenho que protestar argumentando que ela não tem capacidade cognitiva para experimentar qualquer sentimento de indignidade”, disseram os pais.

“O tratamento com estrógeno não é o grotesco aqui. Em vez disso, seria a perspectiva de ter uma mulher crescida e fértil com a mente de um bebê.”

  

Compartilhe: twitter delicious Windows Live MySpace facebook Google digg

  Textos anteriores
08/01/2022 - Antígeno ou PCR? Qual teste fazer em cada suspeita de covid
07/01/2022 - Pele artificial muda de cor e dá aos humanos o poder dos camaleões
06/01/2022 - O que é aquamação, a cremação com água?
01/01/2022 - Vai passar ou piorar? Os cenários para a pandemia em 2022
27/12/2021 - Como as vacinas de RNA que nos salvaram da covid-19 podem derrotar outras doenças
26/12/2021 - Natal já era comomorado antes do nascimento de Jesus
26/12/2021 - Crianças e adolescentes devem usar redes sociais? Veja dicas de especialistas
24/12/2021 - O que é a ansiedade e como ela se diferencia da depressão
16/12/2021 - Como surpreendente recuperação de florestas pode ser arma contra aquecimento global
15/12/2021 - Brasil entra na lista de alto risco de volta da pólio
14/12/2021 - Coronavac - maiores de 60 precisam de 3 doses para serem considerados protegidos, diz Opas
13/12/2021 - Novo Estimulante Masculino é liberado pela Anvisa
12/12/2021 - Crise hídrica é mundial, dizem cientistas
12/12/2021 - Floresta recupera 80% do estoque de carbono e da fertilidade do solo após 20 anos da regeneração
06/12/2021 - Como ter filhos modifica o cérebro das mulheres
02/12/2021 - GÁS H2 DESPONTA COMO FUTURA ENERGIA LIMPA
30/11/2021 - Ômicron, a próxima rodada do coronavírus
23/11/2021 - APLICATIVOS DE RASTREAMENTO CUIDAM DO CASO
19/11/2021 - Eclipse lunar parcial mais longo em 580 anos vai ser visto do Brasil: saiba onde e quando observar
18/11/2021 - Golpe do Pix: hackers contam como enganam vítimas; saiba como se proteger

Listar todos os textos

 
Editor: Marcos Antonio Moreira
Diretora Executiva: Kelen Marques