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Vacina bloqueia o efeito da cocaína
02/02/2008 - Mônica Tarantino

Uma nova forma de combater as drogas está mais próxima de se tornar realidade. Trata-se da primeira vacina do mundo criada para bloquear a ação da cocaína. Desenvolvido pelo casal de cientistas Thomas e Therese Kosten, do Baylor College of Medicine, nos Estados Unidos, o medicamento se mostrou bastante promissor nos testes feitos até agora, revelandose capaz de reduzir à metade o consumo da droga. “Ele poderá ser a chave para liberar milhões de pessoas da dependência”, disse o pesquisador Thomas Kosten à ISTOÉ.

Partindo do princípio de que as moléculas da cocaína são tão pequenas que o corpo não consegue identificá-las e tampouco criar defesas contra elas, o casal Kosten deu um jeito de tornar uma dessas partículas detectável pelo sistema imunológico humano. Como? “Usamos um vírus da cólera inativado e juntamos a ele uma das proteínas da cocaína”, explicou Thomas. O vibrião da cólera inativado não causa a doença, mas é suficientemente grande para ser descoberto quando entra na corrente sangüínea.

Para combater o invasor, o sistema de defesa fabrica anticorpos específicos contra ele e contra a molécula agregada, de cocaína. Desse modo, forma- se uma barreira que impede as moléculas da droga de circular no sangue e produzir seus efeitos tóxicos no cérebro. “É como se houvesse uma esponja na corrente sangüínea que absorvesse a droga”, compara o cientista. Depois que os novos anticorpos foram fabricados a primeira vez, estão prontos para agir sempre que as proteínas inimigas aparecerem. Ou seja, sempre que o indivíduo consumir cocaína.


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Pelo menos 2% dos estudantes brasileiros já usaram a droga
Fonte: Associação Médica Brasileira

seis meses em um grupo de 114 dependentes (metade recebeu placebo). “Entre os vacinados, houve pacientes que ficaram sem consumir a droga por três semanas”, afirmou o pesquisador americano. Os cientistas acreditam que a falta de recompensa – no caso, a sensação de “euforia” proporcionada pelo consumo do pó branco – leva o dependente a diminuir o consumo ou a parar.

Antes de chegar ao mercado a vacina ainda passará por mais testes para verificar seus efeitos colaterais. Os pesquisadores também precisam solucionar algumas limitações para que ela possa ser usada na prevenção, de forma maciça, entre quem nunca usou a droga. Uma delas é o efeito rápido. Ainda que 75% dos pacientes tenham desenvolvido bons níveis de anticorpos, a concentração só se manteve por dois meses. De qualquer maneira, os cientistas calculam que o remédio esteja disponível dentro de três anos.

No Brasil, a notícia foi recebida com entusiasmo. “Essa vacina poderá ser muito útil. Hoje, apenas 30% das pessoas em tratamento para vencer a dependência da cocaína se recuperam”, diz a psiquiatra Ana Cecília Marques, do Departamento de Dependência Química da Associação Brasileira de Psiquiatria. O casal Kosten tem planos para desenvolver vacinas semelhantes para o tabagismo e a metanfetamina, droga mais potente do que o crack, muito agressiva à saúde e capaz de criar dependência rapidamente.

  

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