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Forte cólica menstrual atinge 15% das adolescentes
22/12/2008 - Débora Yuri - Folha de S.Paulo

¨Nos dias problemáticos, Amanda Alencar, 15, chora, toma antiinflamatórios e desmarca compromissos. Alguns deles não podem ser adiados, como aulas e provas -- então ela falta à escola. ¨A dor é tão forte que não dá pra ficar em pé¨, diz. Os dias problemáticos? Os dois primeiros da menstruação.

Amanda sofre de dismenorréia primária, síndrome comum na adolescência, que tem como maior característica a forte cólica menstrual -uma dor que vem todo mês e muitas vezes é vista como ¨frescura¨.

¨O estudo da dismenorréia só ganhou maior importância nas últimas décadas, devido às conseqüências socioeconômicas que ela acarreta. Junto com a tensão pré-menstrual, é a principal responsável pela ausência da mulher e adolescente ao trabalho e à escola¨, diz a ginecologista Mara Carvalho Diegoli, coordenadora do Centro de Atenção à Mulher com Tensão Pré-Menstrual do HC da Faculdade de Medicina da USP.


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Segundo Mara, 75% das adolescentes têm cólica, que pode ser leve, mediana ou intensa, e 15% enfrentam dores tão fortes que não conseguem fazer suas atividades habituais. A dismenorréia primária atinge as adolescentes; já a secundária geralmente surge após os 25 anos e é causada por algum problema no sistema reprodutor.

¨Muitas adolescentes acreditam que a dor é um processo natural de quem está ficando mulher¨, observa a ginecologista. E o sofrimento sempre foi associado, na cultura dos diferentes povos, com a transformação da menina em mulher, ela explica. Conceitos antigos, como ¨para ficar bonita, a mulher tem que sofrer¨, passaram de geração a geração.

¨Essa crenças foram transmitidas durante décadas, mas hoje a menina não precisa sofrer para menstruar. Há tratamento, só que a maioria não procura auxílio¨, diz.

Amanda falta à escola e cancela programas, mas nunca procurou um médico. ¨Todo mundo fala que ter cólica é uma coisa normal. Não adianta ir atrás de um médico, cólica é cólica. Tem que agüentar¨, acha.

¨É comum meninas faltarem à aula ou terem baixo rendimento escolar por causa da dismenorréia. Mas isso não deve ser encarado como normal¨, diz José Maria Soares Jr., chefe do Ambulatório de Ginecologia da Infância e da Adolescência da Unifesp. ¨Se a dor atrapalhar a vida social e escolar, a jovem deve procurar ajuda médica.¨

Provas e festas

Sofrendo com a cólica desde os 14 anos, Jéssica dos Santos Guimarães, 17, foi a um ginecologista e começou a tomar anticoncepcional neste mês --ela espera que o primeiro ciclo menstrual com o novo remédio seja menos penoso. ¨Eu tinha que ficar deitada com bolsa de água quente, sem sair de casa nos dois primeiros dias¨, diz.

¨Tenho cólica de chorar. Eu não estava agüentando mais, faltava a provas, não conseguia ir a festas. Então, minha mãe me levou a um ginecologista¨, conta Tainá Laxe, 16.

Depois de passar um ano e meio tomando antiinflamatórios, Tainá começou, em janeiro, a usar pílula. Ela comemora: ¨A pílula diminuiu o meu fluxo menstrual e aliviou bastante a dor da cólica. A diferença é muito grande, eu não deixo mais de fazer as coisas¨.

Se a cólica continuar forte após os 20 anos, é preciso investigar possíveis problemas que seriam a causa da dismenorréia secundária, como cistos e miomas -- que, se não forem tratados, podem prejudicar o futuro reprodutivo.

  

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