capa | atento olhar | busca | de última! | dia-a-dia | entrevista | falooouu
guia oficial do puxa-saco | hoje na história | loterias | mamãe, óia eu aqui | mt cards
poemas & sonetos | releitura | sabor da terra | sbornianews | vi@ email
 
Cuiabá MT, 23/11/2024
comTEXTO | críticas construtivas | curto & grosso | o outro lado da notícia | tá ligado? | tema livre 30.915.030 pageviews  

Curto&Grosso O que ainda será manchete

ATENTO OLHAR

20% das mulheres brasileiras têm enxaqueca, diz pesquisa
13/07/2009 - Gabriela Cupani - Folha de S.Paulo

O primeiro levantamento epidemiológico da incidência de dor de cabeça no Brasil, feito por sete instituições, revela que as mulheres têm o dobro de enxaqueca, enquanto os homens sofrem mais da chamada cefaleia do tipo tensional.

A prevalência média do tipo tensional (13%) foi considerada baixa. No Canadá, por exemplo, o índice é de 36% e, na Alemanha, de 38,3%. Ela foi maior em homens (15,4%) do que em mulheres (9,5%). A faixa etária em que ela aparece com mais frequência é dos 18 aos 29 anos.

Já a enxaqueca foi muito mais prevalente em mulheres -20% delas contra 9,3% dos brasileiros sofrem com esse tipo de dor no país.


PUBLICIDADE


A incidência média no Brasil ficou em 15,2% -- um pouco acima dos 11% relatados em uma revisão de estudos de vários países. A maioria das vítimas está na faixa dos 30 aos 39 anos.

Sobrecarga emocional

A maior incidência de enxaqueca nas mulheres era esperada. "Essa dor é mais sensível a variações hormonais", diz um dos autores, o neurologista Mario Peres, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).

Além disso, ela está ligada ao estresse e ao estilo de vida. "Muitas mulheres enfrentam sobrecargas emocionais para conciliar filhos e trabalho", diz ele. A prevalência dela em homens e mulheres também foi maior na cidade de São Paulo.

A enxaqueca e o tipo tensional são os mais comuns entre os tipos de dor de cabeça primários -aqueles que não são sintoma de nenhuma doença, como meningite ou tumores.

Para chegar aos resultados, pesquisadores de instituições como a Unifesp, o Hospital Israelita Albert Einstein e o Hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre, entre outras, ouviram 3.848 voluntários com idades de 18 a 79 anos nos 27 Estados brasileiros. Além de relatar as características da dor de cabeça, os entrevistados responderam ainda a questões sociodemográficas.

Os resultados revelaram também que 6,9% da população tem cefaleia crônica diária. Isso significa que essas pessoas sentem dor de cabeça durante mais de 15 dias por mês.

A cefaleia crônica é uma complicação de qualquer tipo de dor de cabeça, frequentemente causada por mau uso de remédios. Segundo os autores da pesquisa, se a pessoa toma analgésicos mais de dois dias por semana, o cérebro fica viciado, o que pode provocar uma dor de cabeça de rebote.

A prevalência de quase 7% foi considerada alta, similar à de países subdesenvolvidos. Em países europeus a taxa fica entre 3% e 4%. "Ela está associada à falta de tratamento correto", explica o neurologista Luiz Paulo de Queiroz, da Universidade Federal de Santa Catarina, também autor do trabalho.

Prevenir crises

Atualmente, o tratamento das cefaleias busca prevenir as crises. Para isso, são ministrados medicamentos que agem nos neurotransmissores envolvidos na dor e na dilatação dos vasos, como anti-hipertensivos, anticonvulsivantes e até antidepressivos. Além disso, é fundamental mudar hábitos de vida, como ter horários de sono regulares, evitar alimentos e bebidas que disparam a dor, como o vinho tinto, e controlar o estresse e a ansiedade.

A enxaqueca é considerada uma doença crônica caracterizada por crises de dor devido a uma disfunção transitória do cérebro. Trata-se de uma das cefaleias mais incapacitantes.

Já o tipo tensional está mais relacionado à tensão, tanto muscular quanto emocional. Nesse caso, além dos medicamentos preventivos, outras medidas como atividade física, ioga, acupuntura e até psicoterapia também ajudam a evitar novas crises.

  

Compartilhe: twitter delicious Windows Live MySpace facebook Google digg

  Textos anteriores
08/01/2022 - Antígeno ou PCR? Qual teste fazer em cada suspeita de covid
07/01/2022 - Pele artificial muda de cor e dá aos humanos o poder dos camaleões
06/01/2022 - O que é aquamação, a cremação com água?
01/01/2022 - Vai passar ou piorar? Os cenários para a pandemia em 2022
27/12/2021 - Como as vacinas de RNA que nos salvaram da covid-19 podem derrotar outras doenças
26/12/2021 - Natal já era comomorado antes do nascimento de Jesus
26/12/2021 - Crianças e adolescentes devem usar redes sociais? Veja dicas de especialistas
24/12/2021 - O que é a ansiedade e como ela se diferencia da depressão
16/12/2021 - Como surpreendente recuperação de florestas pode ser arma contra aquecimento global
15/12/2021 - Brasil entra na lista de alto risco de volta da pólio
14/12/2021 - Coronavac - maiores de 60 precisam de 3 doses para serem considerados protegidos, diz Opas
13/12/2021 - Novo Estimulante Masculino é liberado pela Anvisa
12/12/2021 - Crise hídrica é mundial, dizem cientistas
12/12/2021 - Floresta recupera 80% do estoque de carbono e da fertilidade do solo após 20 anos da regeneração
06/12/2021 - Como ter filhos modifica o cérebro das mulheres
02/12/2021 - GÁS H2 DESPONTA COMO FUTURA ENERGIA LIMPA
30/11/2021 - Ômicron, a próxima rodada do coronavírus
23/11/2021 - APLICATIVOS DE RASTREAMENTO CUIDAM DO CASO
19/11/2021 - Eclipse lunar parcial mais longo em 580 anos vai ser visto do Brasil: saiba onde e quando observar
18/11/2021 - Golpe do Pix: hackers contam como enganam vítimas; saiba como se proteger

Listar todos os textos

 
Editor: Marcos Antonio Moreira
Diretora Executiva: Kelen Marques