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Cientistas acham variante do cromossomo X que detém Aids em mulheres
14/08/2009 - Agência EFE

Um grupo de cientistas descobriu uma variante genética do cromossomo sexual X que freia o desenvolvimento da Aids nas mulheres, informou o geneticista Michael Krawczak em Kiel, norte da Alemanha, na quinta-feira (13).

A conclusão deste estudo explicaria por que, em algumas mulheres infectadas com o vírus HIV, a doença demora muito tempo a se manifestar.

Krawczak é um dos membros que participou desta pesquisa, que foi coordenada no Instituto Fritz-Lipmann (FLI) em Jena, leste da Alemanha.


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A descoberta deve ter grande utilidade na hora de prever o ritmo como a doença avançará em determinadas pacientes.

O pesquisador explicou que essa variante genética também poderia ser empregada, a longo prazo, para seguir investigando em possíveis medicamentos que combatam a Aids.

No caso de algumas pessoas infectadas pelo HIV, podem se passar mais de dez anos desde o contágio e até que seja necessário o tratamento médico, enquanto aproximadamente metade dos pacientes precisam de medicação específica, após um período máximo de dois anos.

Para as mulheres que possuem este gene, a Aids demora quatro vezes mais tempo a se desenvolver -- o que significa oito anos, em média.

Em torno de 15% das europeias possuem este gene, contra 3% das africanas e 50% das asiáticas.

Apesar de se tratar de um avanço em relação à Aids, ainda falta esclarecer 85% dos fatores genéticos que influem no desenvolvimento desta doença transmissível.

O estudo completo será publicado na revista americana especializada em genética "American Journal of Human Genetics".

  

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