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Eliminar os morcegos não é melhor opção, segundo pesquisadora
02/11/2010 - Giuliana Miranda - Folha Online

A presença de morcegos pode trazer inconvenientes, como barulho alto, odores e fezes espalhadas. Ainda assim, na opinião da pesquisadora Susi Pacheco, do Instituto Sauver, matá-los não é a melhor alternativa.

¨Matar o animal não torna o ambiente menos propício para uma colônia de morcegos. As características que atraíram uma colônia, em pouco tempo, acabarão percebidas por outro grupo de animais¨, diz.

Embora os morcegos sejam comumente associados a doenças e considerados problemas de saúde pública, poucos dados são consistentes a esse respeito.


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Uma das poucas exceções é a raiva que, comprovadamente, pode ser transmitida pelo animal.

Mesmo assim, nas grandes capitais brasileiras, os registros de positividade da doença entre os bichos oscilam entre 0,5% e 0,8%, dentro do índice de normalidade da OMS (Organização Mundial da Saúde).

¨O ideal é entrar em contato com as secretarias responsáveis ou pesquisadores do assunto. Eles podem orientar sobre o que fazer¨, afirma a pesquisadora.

O QUE FAZER

Nunca se deve tocar no animal com a pele desprotegida. O ideal é usar uma luva ou pano grosso.

Quem não quiser se aventurar, deve entrar em contato com o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) ou a vigilância ambiental, que poderão tirar o morcego de perto de forma correta.

No caso de uma colônia inteira, o procedimento é mais complicado. Não basta retirar os morcegos, é preciso vedar as entradas para garantir que eles não retornem ao local.

¨O fechamento definitivo das aberturas de entrada e saída dos morcegos somente deve ser feito após não ter mais nenhum animal. Do contrário, o odor dos bichos putrefatos será horrível¨, afirma Pacheco.

A pesquisadora alerta que não se deve utilizar produtos químicos para repelir os morcegos. ¨Como são mamíferos, os produtos que fazem mal a eles também podem fazer mal aos humanos¨, conclui.

Cidade grande atrai morcego sem teto

Os telhados e paredes das grandes cidades brasileiras acumulam mais do que poeira e sujeira: têm também uma variedade de morcegos.

É isso que revela um novo levantamento feito por cientistas especialistas no tema.

Cerca de um quarto das 167 espécies do país pode ser encontrado na área urbana e periurbana do Brasil. As outras vivem em cavernas- que são o habitat natural desses bichos.

No ambiente altamente urbanizado de São Paulo, que pode ser chamada de Gotham City nacional, circulam 62% das espécies de morcego do Estado inteiro.

Essa abundância de morcegos nas cidades acontece porque, com a expansão desenfreada das construções e o aumento do desmatamento, os bichos são cada vez mais empurrados para ambientes humanos.

SEM CAVERNA

Alguns desses locais - como lajes, dutos de ventilação e poços de elevador - mostraram-se tão ¨confortáveis¨ quanto cavernas e outros espaços originalmente usados como habitat pelos bichos.

Invenções humanas, como os postes de iluminação pública, facilitaram não só a vida das pessoas, mas também a desses animais.

Atraída pela luz, uma multidão de insetos costuma circular nas proximidades da lâmpada, proporcionando um verdadeiro banquete para as espécies insetívoras.

Não por acaso, elas dominam: hoje são 67% dos mamíferos voadores urbanos.

DEDETIZAÇÃO NATURAL

Embora os morcegos possam transmitir raiva e outras doenças, pesquisadores defendem que sua presença pode ser benéfica.

Espécies como o Molossus molossus e Tadarida brasiliensis agem como dedetizadores naturais: elas se alimentam principalmente de baratas, mosquitos e cupins.

¨Dos problemas da saúde pública, os morcegos são um dos menores¨, diz Susi Pacheco, doutora em zoologia especialista nesses mamíferos, do Instituto Sauver.

A pesquisadora e um grupo de cientistas publicaram recentemente, na revista ¨Chiroptera Neotropical¨, um artigo que investiga a presença dos morcegos nas cidades brasileiras.

NAS CIDADES

¨No ambiente urbano, eles vão procurar locais parecidos com seus abrigos na natureza¨, afirma Pacheco. No Rio Grande do Sul, as tubulações de chaminés e fogões à lenha são um convite aos visitantes voadores.

Fã de cavernas, a espécie G. soricina explora casas e cômodos amplos, pois precisa de aberturas largas para ter acesso aos abrigos.

Prédios desocupados também são um bom refúgio. Numa sala de geradores do antigo prédio do Banespa, um dos ícones de São Paulo, foi achada uma colônia com mais de mil indivíduos.

Apesar da presença cada vez mais perceptível, ainda faltam estudos sobre o impacto dos morcegos ¨urbanos¨ e, principalmente, planos de manejo e preservação desses animais nas cidades.

¨As pessoas ainda têm um preconceito muito grande com os morcegos. Muitas vezes, matar um morcego pode trazer mais inconvenientes do que deixá-lo vivo e por perto¨, diz a pesquisadora.

No Brasil, hoje em dia, nove espécies de morcegos correm risco de extinção.

  

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