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Pesquisadores criam capim indicado para solos encharcados e pobres
19/06/2012 - Globo Rural

O Brasil tem uma boa variedade de capins para plantar as pastagens e alimentar os rebanhos. Quase pode se dizer que há uma espécie, especialmente de braquiária, para cada tipo de solo no país. Agora, está sendo lançada mais uma variedade: a braquiária Tupi.

A braquiária mudou a história da pecuária no Brasil. Antes, com exceção a casos especiais no Sul do país, os capins que existiam eram altamente exigentes em relação a solo e adubação e fracassavam na seca.

Entre as dezenas de braquiárias está a humidícola, que engorda menos boi, faz com que a vaca produza menos leite e retarda o crescimento do bezerro; mas é preciosa por ser a única que se adapta bem em solos encharcados e fracos, além de ser a única que o cavalo come. “Se deixar o cavalo no pasto de braquiária comum, o animal enfraquece e pode causar a morte”, explica o vaqueiro Ênio Nogueira.


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O terreno com capim humidícola encharca nas águas e aguenta pisoteio o ano todo. Em 1986, a Embrapa Gado de Corte, que fica no município de Terenos, no Mato Grosso do Sul, recebeu uma coleção de braquiárias da África, mantida em 450 canteiros de onde são retiradas amostras para análise, cruzamentos e seleção.

A agrônoma Cacilda Borges, cuidadora do banco genético, assistiu à criação de três novas variedades de braquiária Brizanta. Agora, ela presencia o nascimento do capim Tupi. Tanto quanto a humidícola comum, a variedade pode ser reproduzida por muda ou por semente. Porém, em nenhum dos casos trata-se de uma reprodução sexuada, por cruzamento; mas por multiplicação.

O processo para chegar à nova variedade foi o de melhoramento genético por seleção. Tanto no cerrado quanto na Mata Atlântica e na Amazônia foram plantados canteiros com amostras da humidícola vinda da África. São postas para reproduzir as plantas melhores, mais vigorosas, com mais folhas e com mais capacidade para de fixação no solo.

Em outra área da Embrapa ocorrem os testes para ver o rendimento do capim novo. Por crescer mais em relação à outra, é possível que a humidícola Tupi atinja meio metro e até 60 centímetros, o que provoca perda da qualidade da variedade. O manejo desse tipo de capim deve ser de pasto bem baixo.

O pesquisador da Embrapa Rodrigo Amorim usa uma régua para saber se o capim Tupi está em uma altura desejada, entre dez a 25 centímetros. O manejo faz com que a capacidade de suporte na seca seja de mais de duas unidades animais com dois bois por hectare no pastejo mais apertado.

O capim é Tupi não é mais nutritivo em relação à humidícola comum, mas tem outra vantagem. “Muitas vezes, o diferencial em termos de desempenho para os animais não está apenas no valor nutritivo; mas na estrutura e na forma de trabalho da planta. Isso pode fazer a diferença”, diz esclarece Amorim.

Um dos problemas da humidícola é a demora na formação. O capim comum tem um ganho nesse item, mas deve ser bem plantado. “Os cuidados mais importantes são a quantidade adequada de sementes, em torno de seis a oito quilos com valor cultural de 50%; e enterrar a semente. Não fazer um plantio superficial”, diz Ademir Zimmer, agrônomo da Embrapa.

Além de solos úmidos ou encharcados, as humidícolas são indicadas também para áreas salinas ou pobres e para terrenos em declive, sendo muito positivas contra a erosão.

A cartilha eletrônica da BRS Tupi pode ser consultada no site da Embrapa Gado de Corte.

  

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