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Pais devem aceitar um fato: as crianças vão sofrer, dizem especialistas
23/05/2013 - Lecticia Maggi - Veja.com

Confira orientações apresentadas pela psicanalista Magdalena Ramos e pela psicopedagoga Vera Barreira durante evento do projeto "Educar para Crescer".

O projeto "Educar para Crescer" – iniciativa do Grupo Abril, ao qual está ligada a Editora Abril, que publica VEJA — promoveu um debate na terça-feira, em São Paulo, sobre o papel dos pais no processo de formação de seus filhos.

Para isso, convidou a psicanalista Magdalena Ramos, responsável pelo núcleo de família do Instituto Sedes Sapentiae, e a psicopedagoga Vera Barreira, orientadora pedagógica da Escola da Vila.


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Do encontro, saiu uma importante constatação: os pais estão excessivamente preocupados com a felicidade de seus filhos e, por isso, têm dificuldades para impor limites e dizer "não" a eles.

"É um grande equívoco achar que, dando tudo o que seu filho pede, você vai evitar que ele sofra ou se frustre. A falta de limites cria crianças mimadas, mandonas e com problemas de socialização", disse Magdalena.

"Seu filho vai se frustrar e chorar, querendo você ou não. Por isso, aceite isso e imponha limites."

Confira a seguir orientações das especialistas:

1 - Os pais se preocupam muito com a felicidade de seus filhos. Não há, é claro, nada de errado nisso. O problema aparece quando a preocupação excessiva leva os pais a atender todos os desejos das crianças. Isso é um grande equívoco e pode acarretar sérios problemas à socialização delas. É preciso impor limites e aceitar que, em algum momento, seu filho vai chorar e sofrer.

Comentário de Magdalena Ramos: "Atendo no consultório muitos pais que se sentem culpados por ficar pouco tempo com seus filhos e que, por isso, têm dificuldades para dizer 'não'. É preciso mostrar autoridade e impor limites. Isso é diferente de autoritarismo: não é preciso berrar ou gritar, apenas mostrar quem manda."

2 - Por manter uma rotina atribulada e dispor de pouco tempo para os filhos, muitos pais consideram que encher o dia das crianças com atividades extraclasse é a melhor solução, uma forma de compensação. Não é. As crianças estão cumprindo agenda de executivos, quando, na verdade, deveriam ter mais tempo livre para utilizar a imaginação e descobrir como se entreter sozinhas.

Comentário de Magdalena Ramos: "Hoje, as crianças são hiperestimuladas. Mas, para o próprio desenvolvimento adequado delas, precisam de tempo para brincar, correr e se divertir."

3 - Comer e dormir são necessidades básicas de todo ser humano — e também das crianças. Desde cedo, elas devem aprender a comer e dormir nas horas certas. Isso é fundamental para seu desenvolvimento.

Por isso, essas ações não podem ser usadas como moeda de troca ou punição. É o que os pais fazem quando dizem, por exemplo: "Se você não comer tudo, não usará o computador" ou ainda "Você se comportou mal e, por isso, vai para a cama mais cedo".

Comentário de Magdalena Ramos: "Há crianças que não se alimentam bem no almoço ou jantar porque os pais deixam que comam ‘besteiras’ sempre que desejam. Então, novamente, vejo pais com medo de impor limites, deixando-se levar pelo impulso de satisfazer sempre as crianças."

4 - Segundo especialistas, boa parte das crianças não sabe mais lidar com piadas e provocações dos colegas. O que antes era uma simples brincadeira, hoje pode ser encarado como bullying. Os pais, obviamente, têm culpa nisso, ao tentar resolver problemas que os filhos poderiam solucionar sozinhos.

Comentário de Vera Barreira: "Qualquer brincadeira sofrida pelos filhos faz com que os pais liguem na escola para pedir explicações. O correto, quando falamos de crianças com 10 anos de idade ou mais, é instruí-las a se defender sozinhas: argumentar com o colega, comunicar professores e coordenador. Se nada der certo, aí sim os pais devem agir. Ao resolver de imediato qualquer problema apresentado pelos filhos, os pais tiram deles a chance de aprender a cuidar de si próprios."

5 - A frase "os pais devem estimular a criança a ser criança" pode parecer redundante, mas traz um ensinamento importante. Segundo a psicanalista Magdalena e a psicopedagoga Vera, é comum os pais – ainda que sem a intenção – estimularem os filhos entre 9 e 12 anos de idade a se comportar como adultos. É preciso novamente impor limites e guiá-los para o caminho adequado: o da infância.

Comentário de Vera Barreira: "Lembro de um pai que, atendendo a pedidos da filha de 10 anos, fez para ela uma 'balada', com luz baixa etc. As meninas estavam todas arrumadas, vestidas como 'adultinhas', esperando que os garotos as tirassem para dançar, enquanto os meninos não estavam nem aí: eles só queriam saber de jogar bola. Isso é exemplo de uma conduta inadequada do pai."

6 - A escolha da escola dos filhos é uma decisão crucial para a formação deles. Nesse caso, a orientação é simples: busque uma instituição que siga os mesmo valores de sua família. Isto é, procure uma unidade que adote aquilo que você procura: conteúdo mais voltado ao vestibular, foco na socialização e no desenvolvimento integral da criança, regras mais ou menos rígidas e assim por diante.

Comentário de Vera Ramos: "Vá conhecer a escola, fique atento ao discurso que ela vai apresentar e procure conhecer outros pais com filhos no local. Muitas instituições adotam discursos parecidos, mas agem completamente diferente na prática."


  

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