capa | atento olhar | busca | de última! | dia-a-dia | entrevista | falooouu
guia oficial do puxa-saco | hoje na história | loterias | mamãe, óia eu aqui | mt cards
poemas & sonetos | releitura | sabor da terra | sbornianews | vi@ email
 
Cuiabá MT, 27/11/2024
comTEXTO | críticas construtivas | curto & grosso | o outro lado da notícia | tá ligado? | tema livre 30.954.297 pageviews  

Falooouuu... Frases e textos para ler, reler, treler e guardar

ATENTO OLHAR

Chapados e mentirosos: cinco apliques sobre drogas liberadas
02/07/2017 - Vilma Gryzinski - Veja.com

Muita coisa pode ser dita a respeito do uso de drogas. Dão uma incomparável sensação de bem-estar, aumentam a percepção, muita gente usa ou simplesmente fazem a humanidade e as festas ficarem menos insuportáveis.

Por que os defensores da legalização de substâncias psicotrópicas e correlatos não dizem a verdade a respeito? Porque sabem que as sensações de prazer proporcionadas pelas drogas são acompanhadas de altos riscos.

Daí as mentiras inventadas a pretexto de defender sua liberação. As mais frequentes:


PUBLICIDADE


1- A legalização das drogas diminui a criminalidade associada ao tráfico

Dá para imaginar as “bocas” de São Paulo e do Rio de Janeiro, para ficar nas duas maiores cidades do país, magicamente transformadas em centros de estudos, cultura e alta tecnologia?

A criminalidade tem causas múltiplas e complexas. Mas o laboratório do Colorado, onde o fumacê recreativo foi aprovado em plebiscito estadual no fim de 2012, é um exemplo interessante.

Homicídios aumentaram em 14,7% entre 2014 e 2015. Os relacionados a tráfico da maconha subiram 70%. Estupros, 10%.

Detalhe importante: o número de homicídios no Colorado, um estado com apenas 5,5 milhões de habitantes, foi de 172 em 2015.

O mais próximo disso mo Brasil é Goiás, também um estado com grande atividade agro-pecuária. Homicídios em 2015: 2 651. Ou 31 por 100 mil habitantes. Aumento de 97% em dez anos.

Muitas pessoas podem querer fumar maconha, em Goiás ou no Colorado, sem qualquer risco de ser importunadas por agentes da lei. Mas alegar que a legalização diminui o crime não tem funcionado nem no Colorado. Imaginem em outros lugares.

2- Vício em drogas deve ser tratado exclusivamente como problema de saúde pública

Se isso fosse um argumento válido, os centros de pesquisa sobre doenças virais e infecto-contagiosas deveriam estudar como introduzir no meio-ambiente mosquitos que transmitam a dengue de forma mais rápida. Ou estafilococos ultra-resistentes, o que está bem próximo da realidade.

Por que liberar substâncias que comprovadamente produzem riscos de vício e comportamentos perigosamente alterados? É possível dizer que os seres humanos estão bem acostumados a avaliar vantagens e desvantagens de inúmeros outros hábitos e isso varia conforme o momento histórico.

Mas o argumento da “saúde pública” é uma das falácias mais tolas.

3- O povo decidiu, está decidido

No caso do Uruguai, não teve voto nenhum. Mais de 60% dos uruguaios se manifestam contra a legalização, desde que começaram as pesquisas sobre o tema.

O atual presidente, Tabaré Vázquez, que é oncologista e em mandato anterior estabeleceu normas proibindo cigarros em ambientes fechados, também era contra.

O sistema Maconhaguai, em que o estado concede licenças para o cultivo e vende maconha em farmácias, com a produção doméstica “limitada” a seis pés, saiu inteiramente da cabeça de Pepe Mujica, o presidente que já veio ao mundo meio embalado.

Entre suas criações, figura o Instituto de Regulamentação e Controle de Cannabis. Pode dar certo?

4- Maconha medicinal demonstra uso positivo

É uma das “portas de entrada” mais comuns aos defensores da legalização. Aberta passivamente por inúmeros artigos, todos idênticos, sobre os benefícios para casos específicos de convulsões provocadas por epilepsia.

Só para lembrar, algumas substâncias que, antes de serem sintetizadas ou ainda em formas purificadas, têm uso medicinal: heroína, fonte do ópio e de outros agentes quase miraculosos na pacificação de dores; toxina botulínica, a bactéria assassina que redundou no Botox, o pacificador de rugas.

Sem falar no conhecido uso da cocaína como anti-depressivo durante a breve janela de oportunidade que existiu entre o fim do século 19 e o começo do 20. Aliás, na Austrália ainda existem casos de prescrição de cocaína como anestésico para feridas na região bucal.

Não é nenhum segredo que anestesia mesmo. Basta olhar nas Cracolândias como o pessoal se comporta.

Médicos, evidentemente, não podem esquecer esta parte: “A vida que professar será para benefício dos doentes e para meu próprio bem, nunca para prejuízo deles ou com malévolos propósitos.”

5- Fumar unzinho não prejudica ninguém

É o argumento mais comum fora da esfera dos profissionais da liberação, os advogados ou outro especialistas pagos por ONGs para defender a legalização das drogas.

É também o mais honesto. Ou o menos hipócrita. Tem o poder da defesa do auto-interesse: “Quero fumar sossegado, sem fazer mal ninguém. De preferência, sem incentivar o crime”. Moralmente, é inválido. Mas os seres humanos também estão acostumados a malabarismos morais.

A título de curiosidade, os dez países onde mais os unzinhos são fumados:

Islândia (18,3% da população), Estados Unidos (16,3%), Nigéria (14,3%), Canadá(12,7%), Chile (11,8%), França (11,1%), Nova Zelândia (11%), Bermuda (10,9%), Austrália (10,2%), Zâmbia (9,5%).

O Uruguai fica em décimo-primeiro lugar, com 9,3%. Será que a lei do Pepe Mujica vai melhorar esta colocação?


  

Compartilhe: twitter delicious Windows Live MySpace facebook Google digg

  Textos anteriores
08/01/2022 - Antígeno ou PCR? Qual teste fazer em cada suspeita de covid
07/01/2022 - Pele artificial muda de cor e dá aos humanos o poder dos camaleões
06/01/2022 - O que é aquamação, a cremação com água?
01/01/2022 - Vai passar ou piorar? Os cenários para a pandemia em 2022
27/12/2021 - Como as vacinas de RNA que nos salvaram da covid-19 podem derrotar outras doenças
26/12/2021 - Natal já era comomorado antes do nascimento de Jesus
26/12/2021 - Crianças e adolescentes devem usar redes sociais? Veja dicas de especialistas
24/12/2021 - O que é a ansiedade e como ela se diferencia da depressão
16/12/2021 - Como surpreendente recuperação de florestas pode ser arma contra aquecimento global
15/12/2021 - Brasil entra na lista de alto risco de volta da pólio
14/12/2021 - Coronavac - maiores de 60 precisam de 3 doses para serem considerados protegidos, diz Opas
13/12/2021 - Novo Estimulante Masculino é liberado pela Anvisa
12/12/2021 - Crise hídrica é mundial, dizem cientistas
12/12/2021 - Floresta recupera 80% do estoque de carbono e da fertilidade do solo após 20 anos da regeneração
06/12/2021 - Como ter filhos modifica o cérebro das mulheres
02/12/2021 - GÁS H2 DESPONTA COMO FUTURA ENERGIA LIMPA
30/11/2021 - Ômicron, a próxima rodada do coronavírus
23/11/2021 - APLICATIVOS DE RASTREAMENTO CUIDAM DO CASO
19/11/2021 - Eclipse lunar parcial mais longo em 580 anos vai ser visto do Brasil: saiba onde e quando observar
18/11/2021 - Golpe do Pix: hackers contam como enganam vítimas; saiba como se proteger

Listar todos os textos

 
Editor: Marcos Antonio Moreira
Diretora Executiva: Kelen Marques