Saiba o que comer quando estiver tomando antibióticos 06/07/2018
- Veja.com
Ao tomar antibióticos, medicamento cuja função é combater bactérias infecciosas, o corpo pode experimentar efeitos colaterais, especialmente no sistema digestivo.
Isso acontece porque a medicação pode perturbar o equilíbrio das “boas” bactérias que fazem parte do microbioma – conjunto de micróbios que compõem o organismo humano e exercem papel importante do corpo.
O intestino de um indivíduo, por exemplo, abriga trilhões de microorganismos que mantêm o funcionamento do sistema digestivo e ajudam o sistema imunológico a se defender contra a infecções.
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Entretanto, durante a ingestão de antibióticos, eles são diretamente afetados, acarretando em náusea, diarreia, inchaço, indigestão, dor abdominal e perda de apetite.
Como estes sintomas são desconfortáveis, apesar de passageiros, algumas medidas podem ser tomadas para preveni-los, como a ingestão de determinados alimentos.
O site especializado Medical News Today preparou uma lista do que as pessoas devem comer durante de depois de utilizar antibióticos e o que deve ser evitado. Confira.
Estudos sugerem que tomar probióticos – também conhecido como bactérias saudáveis – é uma forma segura de prevenir diarreia causada pelos antibióticos, ajudando também a diminuir o inchaço e restaurar o equilíbrio da microbioma.
Essas bactérias podem ser encontradas em alimentos como iogurtes e leites fermentados, e em medicamentos, mas só devem ser ingeridos ao final do ciclo de antibióticos.
Já os prebióticos são alimentos para as bactérias benéficas que vivem no microbioma intestinal.
Quando alimentadas – antes e depois da medicação -, o intestino ganha mais equilíbrio.
Entre os alimentos que podem ajudar estão: cebola, alho, banana, chicória, alcachofra, iogurte, cereais e pão.
Para saber se o produto que você está comendo tem prebióticos é só verificar o rótulo, onde geralmente aparecem com os seguintes nomes: galactooligossacarídeos (GOS), frutooligossacarídeos (FOS), oligofrutose (OF), fibra de chicória e inulina.
Como são fibras alimentares, o consumo em grande quantidade pode provocar gases ou inchaço, por isso precisam ser ingeridos aos poucos para que o intestino se adapte.
Alimentos fermentados são boas fontes de bactérias benéficas.
Entre os produtos mais comuns estão: iogurte, salame tradicional, alguns queijos e picles fresco, além de alimentos da culinária oriental, como missô, tempeh e kimchi.
Algumas bactérias produzem vitamina K, essencial para ajudar o corpo na coagulação do sangue.
Por isso, para diminuir o impacto que tomar antibióticos pode causar no microbioma, legumes e verduras devem fazer parte da dieta, principalmente couve, espinafre, nabiça, acelga, salsinha, mostarda verde e couve de Bruxelas.
A ingestão de fibra também pode estimular o crescimento das “boas” bactérias no intestino, mas este nutriente só deve ser consumido ao fim do ciclo de antibióticos já que pode afetar a forma como o estômago absorve o medicamento.
Alguns alimentos ricos em fibras são: alcachofra, banana, feijão, brócolis, lentilha, nozes, ervilha e grãos integrais.
O QUE EVITAR?
Os alimentos que interferem na eficácia dos antibióticos devem ser evitados, como a toranja, que interfere na quebra e absorção do medicamento.
Além disso, algumas pesquisas indicam que alimentos fortificados com altas doses de cálcio, como alguns sucos de laranja industrializados, são capazes de prejudicar a absorção de alguns antibióticos.
Bebidas alcoólicas não podem fazer parte da alimentação diária durante o uso de antibióticos já que podem piorar os efeitos colaterais, como náusea, dor abdominal, ondas de calor, batimento cardíaco rápido ou irregular, dores de cabeça, tontura e sonolência.
As principais medicações que não devem ser misturadas com álcool são: o metronidazol e o tinidazol, usados no tratamento de infecções dentárias e vaginais, úlceras de perna e de pressão.
Depois de finalizar o ciclo de antibióticos, o indivíduo deve esperar de 48 a 72 horas antes de consumir bebidas alcoólicas.