CURTO & GROSSO

Edição de 14/08/2002

Marcos Antonio Moreira -- fazperereca@yahoo.com.br

Cantamos a pedra aqui no Site Bom há muitas e muitas luas:

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Depois de afastar ou submeter uma a uma as lideranças que podiam lhes fazer sombra, Dante e Pés de Barro acabariam se pegando.

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Questão de índole...

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De espaço...

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E de oportunidade.

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Conforme estamos cansados de dizer aqui, por conta do instituto da reeleição, a Dante não interessa Pés de Barro no Paiaguás.

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E o meio de impedir que isto aconteça é monopolizar os recursos de campanha.

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Na condição de presidente do diretório estadual, está fazendo com que isto aconteça, através da imposição do nome de José Antonio Rosa como coordenador geral da campanha de Pés de Barro.

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Conforme revelamos aqui, para espanto geral, há coisa de um mês, está faltando dinheiro na campanha de Pés de Barro e sobrando na de Dante e numerosa família e agregados.

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A Pés de Barro também não interessa a eleição de Dante.

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E a oportunidade surgiu no domingo, com a denúncia de pagamento de propina no governo Dante.

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Para Pés de Barro, é agora ou já – para usar o advérbio apropriado ao caso.

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A denúncia de Maggi, curiosamente, acabou beneficiando Pés de Barro...

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Que aproveitou a chance, exigiu a convocação de uma reunião extraordinária da executiva do PSDB e partiu para o famoso “dá ou desce”.

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Ou aparece dinheiro para sua campanha ou sai do páreo, o que acabaria enterrando a candidatura de Dante, que sonha ser o que ele, Pés de Barro, já é...

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No – corretíssimo – entendimento de Pés de Barro, Dante está forçando a Natureza ao exigir que toque a campanha a pão e água e, ainda por cima, tenha que pagar o tipo de mico que pagou no debate da TBO, ao ficar sem resposta para a gravíssima acusação de Maggi.

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Dante acusou o golpe: ontem, mesmo, logo após a reunião da executiva, as coisas começaram a mudar no comando da campanha tucana.

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O poder do coordenador-geral José Antonio Rosa -– imposto por Dante -- foi diluído e ampliado o quadro de “conselheiros” .

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Até então, a única palavra que valia era a de Dante.

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Resta saber se, na prática, as coisas vão funcionar ou se se trata de mais uma passativa do ex.

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A coisa anda tão braba, o miserê é tamanho na campanha de Pés de Barro, que nos barracões de Cuiabá e Várzea Grande, a distribuição de material de campanha aos candidatos à Assembléia e à Câmara Federal está racionada.

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Quem consegue muito, não leva a terça parte do prometido.

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Enquanto isto -- fato que pode ser comprovado nas ruas --, as campanhas de Thelma Oliveira, a federal do Dante e de João Vieira, o estadual de Al Mallone, estão visivelmente mais encorpadas que a campanha do próprio candidato a governador.

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Outro sinal evidente de que o ex sentiu o golpe, também pôde ser comprovado ontem mesmo, no escritório político de Dante, na avenida do CPA, no meio da tarde.

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O ex -– antes tão arredio -- recepcionou vários candidatos à AL, entre os quais Chica Nunes, Totó Parente e Clóvis Roberto, sendo que a primeira não fez a mínima questão de esconder o motivo do beija-mão:

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“Vou ver se agora consigo encher o pinico”, disse, à entrada, a candidata pelo PSDB, que saiu do encontro, resumindo o resultado com um sorridente “mais ou menos”.

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Só para constar: a reunião extraordinária da executiva estadual do PSDB aconteceu por volta de meio-dia no luxuoso apartamento do ex-governador, o que não deixa margens para dúvidas quanto ao “direito de propriedade” do partido em Mato Grosso...

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Pelo menos até o tal “dá ou desce”...

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Ainda a denúncia de Maggi:

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O governador Rogério Sales acionou ontem a Procuradoria Geral do Estado, para solicitar ao Ministério Público a instauração de inquérito a respeito.


Só esperamos que o tal inquérito – como tantos outros contra figuras da administração pública – não corra em segredo de Justiça.

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Afinal, a denúncia foi feita em um debate público, envolve dinheiro público, tem como acusados servidores públicos, será apurada pelo Ministério Público e o público – que é o grande lesado na história -- tem o direito de saber tim-tim por tim-tim quem pegou, se é que pegou, o dim-dim.

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Um parêntese:

Segundo fonte do Site Bom, o valor da propina foi de 300 mil reais – o equivalente a 300 mil dólares, na época.

Fecha parêntese.

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Falar em dim-dim, a Unemat emitiu um cheque sem fundos no valor de 2.900 reais...

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Se jeito regula, a GasOcidente – subsidiária da Enron em Mato Grosso – terá de pagar 150 mil reais pela apropriação indébita do desenho do Jamburu, o tuiuiu que ilustra publicidade da empresa.

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O Jamburu é uma cópia cagada e cuspida do Pantanaldo, personagem criado e registrado pelo empresário Celso Nicolau Khun, de Tangará da Serra, que acionou a GasOcidente.

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Só para constar: a caravana de Maggi e Jonas que percorreu recentemente o Médio Norte “esqueceu” de convidar nosso colunista e candidato a deputado estadual pelo PPB, Arquimedes Estrázulas Pires, de Tangará da Serra.

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Falar em Tangará, Arquimedes – número 11011 -- é um dos raros candidatos da cidade que não figura na condição de réu em nenhum processo.
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O candidato do PTB de Al Mallone, João Vieira, se tudo correr bem, não deve conseguir um único voto em Cáceres.

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Explica-se: os candidatos da cidade, de todos os partidos, firmaram um pacto cívico no sentido de não dependurar cartazes nos postes da cidade.

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Isto porque um convênio entre a Prefeitura e a Rede-Cemat transformou os postes da cidade de Cáceres em autênticas obras de arte – uma atração turística para os visitantes.

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O paraquedista de Al Mallone, porém, não teve dúvidas: mandou pendurar cartazes de propaganda em todos eles, provocando a revolta dos artistas e da população local.

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O troco vem no dia 6 de outubro.

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A região de Cáceres, segundo se comenta, deve eleger dois estaduais: Khisi (PPB) e Da Silva (PSB).

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A conferir.

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