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CURTO & GROSSO
Edição de 23/12/2007
Marcos Antonio Moreira - fazperereca@yahoo.com.br
11:05
A FARSA DO SISBOV
Brasil não tem boi rastreado
para exportar para a Europa
Amanhão, só no Saite Bão
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Comentários dos Leitores
Os textos dos leitores são apresentados na ordem decrescente de data. As opiniões aqui reproduzidas não expressam necessariamente a opinião do site, sendo de responsabilidade de seus autores.
Comentário de Cassius Lemes (cassius_ele@hotmail.com) Em 23/12/2007, 21h29 |
Campo de concentração |
Junto com a forte concentração de renda nessa região descrita abaixo pelo repórter Assunção, proliferam os campos de concentração. Quem já teve um contato, por mais efêmero que tenha sido, com o atual Governador do Estado, deve ter percebido que, apesar de nanico e gordalhufo, dele exala um ranço fascistóide que cheira mal a quilômetros. Lembra bem Benito Mussolini na sua "fôrma", no mau-humor e na histeria ególatra. Sapezal, pelo que se pode ler no relato do repórter do MT Popular, deve estar servindo de laboratório (e matadouro) para esse personagem de ópera-bufa que encontrou terreno fértil para se expandir entre os corruptos e puxa-sacos instalados em Mato Grosso. Em tempo: Basta ver quem está à frente do CRM/MT pra saber que por ali não sai nada que se aproveite... |
Comentário de haroldo assunção (haroldoassuncao@ig.com.br) Em 23/12/2007, 18h57 |
NA COZINHA DO GOVERNADOR... |
SAPEZAL
Médicos ou monstros?
Anestesista sofreu ameaças e teve que fugir após denunciar ¨genocídio¨ no Hospital Renato Sucupira, instituição conveniada ao SUS e administrada pela Associação Missionária de Beneficência, instituição sediada no Paraná, ligada à Igreja Católica – freiras, prefeito, secretária de Saúde e advogado calam; após receber estranha ¨dica¨ – ou intimidação velada? – jornalista descobriu mortes seqüelas
Haroldo Assunção,
Da Redação
¨Vou te dar uma dica: termine rápido o seu trabalho e vá embora, porque, senão, vão te incomodar, vão te pressionar... e não vai ser legal¨, advertiu o pediatra Carlos Alberto Bono Peloni após breve – quase silenciosa - conversa com o jornalista, logo nas primeiras horas da manhã da segunda feira, 17 de dezembro de 2007.
Antes da intimidação velada – sutil feito um soco no estômago -, o médico havia perguntado onde se hospedara o repórter e se estava sozinho.
¨Doutor, estou no Hotel Bosque e nunca ando só, sempre com Deus; em quase vinte anos de lida já perdi as contas das ameaças sofridas, penso que jornalista covarde tem que mudar de profissão; quem morre na véspera é peru e, embora estejamos perto do Natal, pra tal não tenho vocação, e muito menos pra covarde: saio de Sapezal só depois de terminar a matéria¨, foi a resposta, olhos nos olhos.
Dali, até que a reportagem do MT Popular deixou a cidade, às 14h30 da terça-feira (18), homens – sempre em dupla, nunca os mesmos – acompanharam cada passo, com cara de poucos amigos, sempre em carros diferentes.
Felizmente, ninguém morreu.
E ninguém correu.
Só o anestesista José Barbosa de Souza Júnior, autor da denúncia – formalizada ao Ministério Público Estadual, ao Conselho Regional de Medicina e à Ouvidoria-Geral do Estado – que motivou a reportagem em Sapezal.
ENTENDA O CASO – Depois de trabalhar na Austrália – onde fez especialização -, o anestesista pernambucano José Barbosa de Souza Júnior retornou ao Brasil para cuidar da irmã, doente de esclerose múltipla – mal degenerativo raro, do qual sofre também a atriz Cláudia Rodrigues, ¨A Diarista¨.
Dono de respeitável bagagem – é o único anestesista brasileiro com permissão legal e visto para trabalhar na Austrália e Nova Zelândia -, não teve dificuldade para conseguir emprego.
Postou o curriculum vitae na página do Ministério da Saúde, por meio da qual a Secretaria de Saúde de Sapezal o localizou.
Depois de falar por telefone com a secretária, Mairi Tavares Melo Moreira – que fez oferta financeiramente tentadora, além de prometer ótimas condições de trabalho e moradia, numa cidade promissora, com PIB europeu – ligou para a administração do Hospital Renato Sucupira e também ouviu maravilhas.
Fez as malas e veio.
BENVINDO A SAPEZAL - Já no primeiro dia de trabalho – seriam menos de três meses – o médico teve mostra do que havia de encontrar.
Por ordem do diretor clínico do hospital, Benjamin Dequi, atendeu à paciente Maristela Rezende, senhora cardíaca, de idade avançada. Dequi mandou que Barbosa ¨entubasse¨ a enferma – na verdade, a decisão teria partido de uma das administradoras religiosas, a irmã Elma.
A paciente teve parada cardíaca. Barbosa pediu que chamassem Dequi, que havia ido para o Pronto-Socorro, anexo ao hospital.
Não foi atendido, teve que resolver sozinho. E salvou uma vida.
¨Na hora que minha vó foi internada, eu não estava, tava em casa, minha mãe levou e aí ela me ligou pedindo pra ir pro hospital, pra dar auxílio... Na hora que eu cheguei lá, ela já tava numa sala, onde eles colocam os pacientes mais graves, sendo entubada e recebendo massagem cardíaca; quem atendeu ela foi o doutor José [Barbosa], ele chegou na hora, as irmãs pediram ajuda e ele, com a experiência que ele tem, insistiu, insistiu e, graças a Deus, hoje ela tá aí, viva¨, conta a auxiliar de enfermagem Beatriz Maria Farias, neta da paciente salva pelo anestesista e funcionária do hospital – além de vítima de outro suposto erro médico, desta vez do ortopedista José Carlos.
...
Esterilização em massa?
Laqueaduras extrapolam recomendado pela OMS
¨Em todos os meus anos de medicina eu nunca tinha feito tanta anestesia para cesariana com laqueadura quanto fiz em quinze dias em Sapezal¨
Para o anestesista José Barbosa de Souza Júnior, a experiência dramática do primeiro dia de batente no Hospital Renato Sucupira, em Sapezal, seria apenas a primeira cena do filme de horror que ainda estava por vir – algo comparável, nas palavras do médico, aos horrores praticados pela ¨medicina¨ dos nazistas, a pretexto da supremacia racial ariana.
Em apenas duas semanas, constatou extraordinário número de cesarianas seguidas de laqueaduras – muitas em mulheres jovens, com plena capacidade reprodutiva e pior, sem a observação dos procedimentos prescritos pelo Ministério da Saúde.
¨Logo nos primeiros dias eu já percebi que havia coisa errada, porque em todos os meus anos de medicina eu nunca tinha feito tanta anestesia para cesariana com laqueadura como fiz em quinze, vinte dias em Sapezal¨, dispara o anestesista.
Por telefone, alertou o presidente do Conselho Regional de Medicina, Aguiar Farina. ¨O número de cesarianas seguidas de laqueadura extrapola qualquer limite aceitável pela Organização Mundial de Saúde¨, enfatiza.
Também advertiu a uma das religiosas administradoras do hospital.
¨Ela disse que sabia dos procedimentos errados feitos pelo doutor Benjamin, e disse que eu ficasse calado¨. (HA)
...
¨Genocídio¨
Médico induz partos com aplicação de substância
Uso incorreto da ocitocina causa mortes e seqüelas, por isso é recomendado apenas em casos específicos – só um em cada dez partos, conforme a OMS
¨O que é que o Dr Benjamin faz? Qual o crime da coisa? O crime da coisa é o seguinte: a idade de parto considerada normal é de trinta e seis semanas. Ele reduz o cálculo. Uma mulher que tem trinta e três semanas, coloca como se tivesse trinta e seis. Aí ele induz. A droga de indução é a ocitocina, que já é usada há muito tempo, mas que, dependendo de como se usa, a quantidade e a velocidade, pode causar danos terríveis¨, denuncia o anestesista José Barbosa de Souza Júnior.
¨Um dos crimes é esse: ele pega as mulheres que não têm idade gestacional para ter a criança e aí ele induz, elas entram em trabalho de parto de maneira violenta, e aí ele tira crianças completamente verdes...¨, prossegue Barbosa – em referência à doença da membrana hialina, mais conhecida por síndrome do pulmão verde.
¨Porque há gente que pensa assim: três semanas é pouca coisa. Não é. Porque nessas últimas três semanas é quando o pulmão das crianças está sendo amadurecido¨, explica o médico.
¨Quando ele tira uma criança de trinta e três semanas, naquela cidade que não tem estrutura de UTI neo-natal... Aquela criança precisa de medicamentos e assistência que lá não tem. A quantidade de crianças transferidas para Tangará da Serra e para Cuiabá é enorme¨, completa. (HA)
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Cúmplices?
Prefeito, secretária e religiosas sabem de tudo
Irmãs teriam sido advertidas há pelo menos um ano
Conforme o anestesista José Barbosa de Souza Júnior, as irmãs católicas que administram o Hospital Renato Sucupira, em Sapezal, sabem de tudo faz tempo. Teriam sido avisadas pelo pediatra Carlos Alberto Bono Peloni – aquele da ¨dica¨ ao jornalista.
¨O doutor Carlos, que é o pediatra, está na cidade há dois anos. Ele começou a pegar muitas crianças mal, teve que transferir essas crianças, essa coisa toda e tudo isso... E aí ele viu os métodos de indução do colega¨, conta Barbosa.
¨E o doutor Carlos advertiu a irmã Elma há um ano atrás sobre o que vinha ocorrendo. E advertiu a diretora do Hospital, irmã Lucena, sobre o que vinha ocorrendo. Então, elas têm conhecimento do que vem ocorrendo há pelo menos um ano¨, afirma o anestesista.
Barbosa levou o caso à diretora do Hospital Renato Sucupira, irmã Lucena, à secretária de Saúde, Mairi Tavares Melo Moreira, e ao prefeito de Sapezal, João César Borges Maggi – primo do governador Blairo Maggi.
Ninguém fez nada. (HA)
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Ameaça
Médico teve que fugir às pressas de Sapezal
¨Se você falar, vamos calar a sua boca¨, teria dito advogado Dean Paul
Além de não ter sido ouvido quando levou o caso à administração do Hospital Renato Sucupira e às autoridades municipais, o anestesista José Barbosa de Souza Júnior depois foi ameaçado e teve que fugir às pressas de Sapezal, com ajuda de amigos.
Em reunião com o advogado Dean Paul Hunhoff, assessor técnico de planejamento da prefeitura, foi orientado a – discretamente - comunicar o Conselho Regional de Medicina (CRM/MT).
¨Ele disse pra eu ir ao CRM sozinho e eu disse que não ia sozinho, ia com a imprensa... Aí, quando eu falei da imprensa, ele disse: `você não pode fazer isso, que se você fizer isso, você derruba a prefeitura, a secretaria de Saúde, o hospital e o nosso projeto político´. Aí eu disse: ´mas eu vou falar´. Aí ele disse: `se você falar nós vamos calar sua boca. Essa foi a ameaça¨, conta o anestesista.
Naquele instante, o médico decidiu ir embora.
¨Arrumem outra pessoa, porque eu não vou ser mais anestesista aqui, porque quem é conivente com criminoso, criminoso é também¨, disse ao advogado, que então teria reforçado a ameaça.
Depois disso, Barbosa literalmente fugiu da cidade.
¨Eu saí de madrugada, troquei de carro duas vezes na estrada, peguei um avião em Vilhena e fui para Brasília¨. (HA)
...
Poucas palavras
Pediatra e obstetra evitam falar do caso
Mas deixam transparecer veracidade das denúncias
Antes da ¨dica¨ ao jornalista, o pediatra Carlos Alberto Bono Peloni – primeira pessoa entrevistada em Sapezal – mostrou nítido incômodo quando interrogado.
Evitou falar das denúncias, ¨por questão de ética¨. Mas garante que dirá a verdade ¨aos órgãos competentes¨ – mencionou, em específico, a sindicância instaurada pelo Conselho Regional de Medicina (CRM/MT). Questionou, inclusive, a demora da comissão sindicante na investigação.
Questionado sobre diferenças nítidas das condições de saúde entre as crianças nascidas pelas mãos do acusado, Benjamin Dequi, e aquelas cujos partos foram feitos pelo obstetra Wesley Coutinho de Lara, foi evasivo.
¨Aí você está querendo me complicar...¨
Wesley de Lara, sob o mesmo argumento, também não quis falar.
Sobre o anestesista José Barbosa de Souza Júnior, autor da denúncia, fez elogios. ¨É boa pessoa, de boa índole, além de bom médico¨.
Indagado sobre o uso de ocitocina para indução de partos, foi revelador.
¨É. Mas só em casos específicos. E há o tempo, a hora certa, e a dosagem certa. Só isso¨.
Para bom entendedor, pingo é letra. (HA)
...
Outro lado
Diretor clínico nega acusações
Antes da entrevista, Benjamin Dequi tomou gravador do repórter
Inesperadamente, sem dizer palavra, o diretor clínico do Hospital Renato Sucupira, Benjamin Dequi, literalmente tomou o gravador, assim que o equipamento foi posto – desligado – sobre a mesa.
Ato contínuo, o jornalista pegou de volta.
¨Eu achei que tava gravando¨, quis justificar o médico, que não permitiu o registro da entrevista em áudio - só anotações.
Admitiu que não fez residência após terminar o curso de Medicina – não é clínico geral e, muito menos, obstetra. Disse que fez especialização em Psicobiofísica e Saúde da Família.
Também reconheceu ser alvo de investigação instaurada pelo Conselho Regional de Medicina do Paraná – disse ter auxiliado procedimento cirúrgico que resultou em óbito, decorrente de choque anafilático. ¨É imprevisível, não tem como fazer teste para evitar¨, defendeu-se.
Conforme apurou a reportagem, a vítima teria sido uma parturiente.
Confirmou o uso de ocitocina, ¨após exame clínico associado à experiência e dentro dos padrões preconizados¨. ¨Sempre em período expulsivo, por exemplo, quando há parada das contrações, a fim de restabelecer o trabalho de parto¨, argumentou.
Questionado sobre crianças seqüeladas em razão do uso incorreto da substância nas parturientes, esquivou-se. ¨Oitenta por cento das crianças que apresentam complicações após o nascimento, as têm devido a problemas intrínsecos do próprio nascituro¨.
¨E os vinte por cento restantes?¨, rebateu o repórter.
¨Podem ser outras causas... Nem sempre se consegue esclarecer, com uma explicação mais lógica¨, desconversou Benjamin Dequi.
Sobre o caso da paciente que teve parada cardíaca, afirma ter auxiliado Barbosa no trabalho de reanimação. ¨Mas a própria família diz que o senhor não estava lá¨, questionou o jornalista. ¨Não sei o que a família disse, não falaram nada pra mim¨, escapuliu o médico, antes de encerrar a conversa. (HA)
...
Silêncio
Prefeito, secretária de Saúde e religiosas calam
¨Não quero falar contigo¨, resumiu advogado Dean Paul Hunhoff
Depois de falar com o principal acusado - diretor clínico do Hospital Renato Sucupira, Benjamin Dequi – a reportagem do MT Popular foi à caça da secretária de Saúde de Sapezal, Marli Tavares Melo Moreira, que antes já havia sido procurada – estava ¨em reunião¨. Desta vez, havia saído.
Coincidência ou não, logo ao chegar na prefeitura - em seguida - o jornalista ouviu nos corredores que ela estivera em colóquio privativo com o prefeito João César Borges Maggi – nem tão reservado assim, também teria participado o assessor de Planejamento, advogado Dean Paul Hunhoff.
Hunhoff – que, além dos olhos azuis, tem fama de apreciar bons vinhos, caros feito os charutos de seu gosto – não foi nada refinado, do contrário, foi seco ao atender o jornalista.
Interrogado sobre a ameaça ao anestesista José Barbosa Júnior e as denúncias sobre o Hospital Renato Sucupira, foi curto e grosso, com acentuado sotaque sulista.
¨Não quero falar contigo¨.
Levantou, abriu a porta e indicou outra passagem.
¨A saída é por ali¨.
SÓ DIA 28 - De volta à recepção, o repórter insistiu na tentativa de ouvir o prefeito – que estava no gabinete. Perguntou pela assessoria de imprensa – a jornalista Loiva Leoni está em férias.
Por meio da bela e simpática recepcionista, Kelly, e da – idem, ibidem – assessora Rose (que é a cara da jornalista Rosana Vargas), o prefeito João Cézar Borges Maggi, mesmo diante da gravidade do caso, não recebeu a reportagem do MT Popular – agenda cheia, já quase na hora do almoço, foi a ¨explicação¨.
E – fantástico, extraordinário – mandou agendar para o dia 28 de dezembro.
O jornalista não conseguiu conter a risada.
Insistente, propôs voltar à tarde. Rose disse que ¨ia ver¨.
Desta vez, Maggi não estava na prefeitura.
Rose nos informou que ele visitava obras, acompanhado pelo secretário de ¨aviação¨ (sic) e Obras Públicas.
Na Secretaria de Saúde, outra vez, a titular havia saído.
Da diretora do Hospital Renato Sucupira, irmã Lucena, nem rastro.
Outra religiosa, irmã Elma, veio ao portão da residência, com cara de poucos amigos – mais fechada que as das ¨duplas de acompanhantes¨ mencionadas no começo da matéria.
Disse apenas que a administração do hospital não vai se manifestar – só por meio da assessoria jurídica.
Pela qual responde Hunhoff – aquele que calara e, deselegante, havia indicado a porta da rua ao repórter . (HA)
...
Na mira da lei
Promotor de Justiça promete investigação minuciosa
Ouvidorias do Estado e do SUS também apuram o caso; sindicância no CRM
O promotor de Justiça Kledson de Oliveira, representante do Ministério Público Estadual (MPE) na Comarca de Sapezal, acaba de retornar do período de férias e promete ¨investigação breve e rigorosa, que o caso exige¨.
Ele ressalta que as denúncias merecem apuração, ¨principalmente porque nenhuma prova instrui as acusações, de fato muito graves, ainda mais por se tratar de saúde pública¨.
Admite que o caso provocou tensão na cidade, mas adverte – com sábia prudência - que não irá agir sob o calor da ¨inflamação social¨.
Oliveira já falou, por telefone, com o anestesista José Barbosa de Souza Júnior. Adianta que pretende interrogar todas as pessoas envolvidas, ¨além de identificar as eventuais vítimas¨.
Embora conte com os resultados da sindicância instaurada pelo Conselho Regional de Medicina (CRM/MT), o promotor não descarta a requisição de perícias por outras instituições, a exemplo da Universidade Federal de Mato Grosso, com a qual o MPE tem convênio.
OUTRAS FRENTES – Também investigam as denúncias do anestesista a Ouvidoria do Sistema Único de Saúde (SUS) e a Ouvidoria-Geral do Estado.
Nesta, conforme apurou a reportagem do MT Popular, os trabalhos estariam bastante adiantados – houve reuniões com o secretário de Estado de Saúde, Augustinho Moro, que coincidentemente é de Sapezal.
O advogado Dean Paul Hunhoff também esteve lá recentemente.
Até o Colegiado de Ouvidores foi reunido, em razão das dimensões do escândalo.
Em Sapezal, a Maçonaria também exige rigor nas investigações – haveria, inclusive, procedimento inquisitório instaurado pela Ordem.
Extra-oficial, evidentemente. (HA)
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Vítimas
Casos envolvem outros médicos
Clima de medo e silêncio em Sapezal
A impressão que se tem em Sapezal é de uma população assustada. Vítimas difíceis de localizar – algumas, encontradas, não falaram à reportagem do MT Popular por temor de represálias.
Caso singular é de um serventuário da Justiça, pai adotivo de uma criança nascida pelas mãos de Benjamin Dequi. Ele enviara e-mail ao anestesista José Barbosa de Souza Júnior, logo após as denúncias. Também mandou laudo neurológico, segundo o qual a criança sofre de dislexia – justamente uma das complicações provocadas pelo uso incorreto da ocitocina em parturientes -, além de outros problemas.
Ao jornalista, o pai adotivo negou – disse que a criança é apenas hiperativa.
MORTES – A reportagem do MT popular descobriu três casos de crianças que morreram depois de passar pelo Hospital Renato Sucupira. Nas três situações, um dos apontados é o pediatra Carlos Alberto Bono Peloni.
Mal chegara ao mundo, aos 02 de fevereiro de 2005, Ricardo Lucas Rodrigues faleceu, no dia seguinte, depois de transferido para a Clínica da Criança, em Tangará da Serra. A mãe, Luciana Silva Rodrigues – que sequer teve a criança nos braços depois do parto -, move ação judicial contra o pediatra – também acusa à obstetra Anna Cristina Bezerra Leite, que atualmente trabalha no Espírito Santo.
Na Polícia Civil, o ¨interminável¨ – definição da advogada Flaviane Ramalho, defensora de Luciana - inquérito sobre o caso – instaurado por determinação do Ministério Público Estadual – se arrasta há mais de dois anos.
Conforme informou o escrivão Iziquiel Pereira Abreu – e o confirmou o promotor de Justiça Kledson de Oliveira -, para a conclusão das investigações ainda é esperado relatório da sindicância instaurada no Conselho Regional de Medicina – também há mais de dois anos.
Helenilda Freitas, que perdeu o pequeno Thaylon Daniel na flor dos onze meses também promete processar o pediatra Carlos Bono.
Assim como Maria Gorety Bussolaro, cuja filhinha Laís, de apenas onze anos – menina saudável e bonita – morreu após complicações de cirurgia para a retirada de calos dos pés. Gorety acusa o cirurgião Fábio Henrique Calletti Balestro – e o pediatra Bono, que atendeu a criança no pós-operatório.
Essas e outras histórias serão narradas em detalhes na próxima edição do MT Popular. Em outra matéria que, feito esta, o jornalista jamais queria ter escrito.
Principalmente porque é véspera de Natal.
E se o Mestre Jesus Cristo, na volta anunciada, fosse nascer em Sapezal? (HA)
...
¨Eu uso o termo genocídio. Porque não é um erro médico único... Um erro médico pode acontecer com qualquer profissional. Mas o que eu vi foram erros médicos seqüenciados, intencionais, monstruosos. Se o Ministério Público mapear, como foi em Pernambuco na história da hemodiálise, a quantidade de gente lesada vai ser enorme... Isso, pra mim, é coisa de Segunda Guerra Mundial. É coisa de genocídio mesmo. Então, quando eu vi que as pessoas que estavam no poder eram totalmente coniventes com aquilo, eu fiquei apavorado quando o cara chegou e disse: a gente cala você¨
José Barbosa de Souza Júnior, anestesista |
10:53
Leitura dinâmica
Cuiabá ganha com a não concessão
da Sanecap - avalia J. Antonio Rosa
Bueno...Para quem não ligou o líqüido ao certo, trata-se do mesmo senhor José Antonio Rosa, procurador-geral do município, que dizia exatamente o contrário quando revelamos a tramóia da privatização aqui nesta bat-calúnia, no dia 7 de setembro de 2005, com direito ao nome do futuro comprador e tudo mais.
Então, fica assim:
Quá-quá-rá-quá-quá!
- Quem riu?
Quá-quá-rá-quá-quá!
- Fui eu!
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10:23
América LatrinaCompañero-cocalero Evo Morales surtou também nesta lua cheia e advertiu a oposição que só sai do governo morto.
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o pior ano da economia da Bolívia
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09:55
Refinada tática comunistaDesde o último final de semana, quando deixou o Tribunal de Contas para disputar a Prefeitura de Várzea Grande no próximo ano, o ex-governador, ex-senador e agora-também ex-conselheiro Júlio Campos retomou um velho hábito:
Voltou a andar com duas ¨cardenetas¨ no bolso -- uma de capa preta, outra vermelha --, onde anota todas as solicitações que recebe.
Entenda o caso:Na de capa vermelha, assenta os pedidos que serão atendidos; já os que anota na de capa preta... vão para a bacia das almas, vamos resumir assim.
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09:36
Leitura dinâmica
Após pressão, governador
aumenta o próprio salário
Entenda o caso:
KKKK!!!
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09:17
Far-west caboclo
Mandante da morte de Chico Mendes
volta à cena do crime 19 anos depois
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Grande Resenha Esportiva
Adriano em ¨recuperação¨ na noite carioca,
com Ronaldo, ex-Fenômeno
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08:38
Luto na Igreja Católica
Morre dom Aloísio Lorscheider,
arcebispo emérito de Aparecida
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08:34
Nunda na história destepaís...
Feijão subiu 150% no ano
e virou o vilão da inflação
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00:09
MT bonito do retratoAgricultores de Lucas do Rio Verde encaram o desafio de cumprir a lei que obriga a manter áreas de vegetação nativa nas propriedades.
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00:05
Prestenção, bugrada!
Participe nova enquete na página inicial:
Você votaria em Júlio Campos
para prefeito de Várzea Grande?
Vôte!
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00:00
Ele voltou! Companheiro-supermarinheiro Pagot – proibido de pisar em Mato Grosso e de dar entrevistas desde a posse no DNIT, em outubro – aproveitou o indulto de Natal para voltar a Cuiabá, onde vistoriou, ontem, em companhia do prefeito W$, as obras do Contorno Norte/Sul, tocadas a passo de cágado estressado através de parceria entre o município da Capital e a União.
Super-Pagot -– aquele que faz com a patrol e desmancha com a língua -– aproveitou a ocasião, claro, para praticar seu esporte predileto: dar pitaco acerca daquilo que não lhe diz respeito.
O novo diretor do DNIT “antecipou” que uma Medida Provisória do companheiro-presidente Lula deve limitar emendas parlamentares, por conta da rejeição da CPMF -– declaração que já custou um princípio de rebelião na base aliada, na Câmara Federal e no Senado, e uma belíssima comida de rabo ao ministro do Planejamento Paulo Bernardo.
Este e muitos outros “boatos” e comentários exclusivos, no decorrer do dia, só aqui neste bat-canal e nesta bat-calúnia -– a única que contém “Bosta de Cachorro News”, “Teu Passado Te Condena News” e, a partir de agora, também o “Quousque Tandem? News”.
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