CURTO & GROSSO

Edição de 25/01/2008

Marcos Antonio Moreira - fazperereca@yahoo.com.br

Só falta explicar se ficou para ¨depois¨ do segundo e último mandato de Soja Majestade...

- Para ¨depois¨ que a rusticana cavalaria bolivariana -- companheiro-coronel Hugo Chávez à frente -- conseguir acabar com o Capitalismo Selvagem...

- Ou para ¨depois¨ que nosso intrépido ¨próximo governador¨, Éder Moraes -- como seu fã-clube diz que ele fez com a Secretaria do Tesouro Nacional -- também colocar o mundo contra a parede.

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Coincidência ou não -- acontece! --, o ritmo de devastação em Mato Grosso voltou a crescer depois da criação da ONG Instituto Ação Verde, lançada com pompa e circunstância no dia 24 de agosto do ano passado, em megafesta no Pavilhão de Eventos Pantanal, por ocasião do encerramento da 2ª Bienal dos Negócios da Agricultura.

Oficialmente dedicada à “disseminação de práticas e projetos de negócios sustentáveis”, entre as entidades que fazem parte da nova ONG “ambientalista”, figuram a Federação das Indústrias de Mato Grosso, a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso, a Associação de Produtores de Soja de Mato Grosso, a Associação Mato-grossense de Produtores de Algodão e a Associação de Criadores de Mato Grosso – que também são “organizações não governamentais” ou seja, ONGs.

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Ainda (?!!!) secretário de Meio Ambiente só faltou dizer que o culpado pela febre é o termômetro.

Nem era preciso imagens de satélite para descobrir que a devastação na Amazônia de Mato Grosso ocorria em ritmo desembestado, no segundo semestre do ano passado:

A fumaceira em todos os quadrantes do Estado -- levada pelo vento até a Bolívia -- denunciava que a situação era grave, gravíssima.

Só está surpreso com os números da devastação em Mato Grosso quem gosta de enganar ou gosta de ser enganado.

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Cidadão ligou para o 102, pediu o número do disk-denúncia e ¨riscou¨ para a Sema, a fim de solicitar providências contra o responsável por uma construção ilegal, em área de preservação permanente, no perímetro urbano da Capital.

Com indisfarçável má vontade, o atendente lhe forneceu outro número -- um desses ¨zeroitocentos¨ -- onde, finalmente, pôde formalizar a denúncia, sob a garantia de que uma equipe de fiscalização seria enviada ao local do crime, ¨o mais rápido possível¨.

Há exatamente uma semana espera pelas tais ¨devidas providências¨, enquanto a construção avança.

Se a coisa corre frouxa assim, a poucos metros do Palácio Paiaguás, imagine o que não se passa nos cafundós da Amazônia.

É por estas e outras que Soja Majestade e mais 19 prefeitos de Mato Grosso foram convocados a Brasília para uma merecidíssima comida de rabo.

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Depois de 72 horas em constante elevação, com direito a alagamento e prejuízos em alguns bairros ribeirinhos, nível das águas do rio Cuiabá inicia lentamente o processo de defluxo.

Se a tendência vai se manter ou não ao longo das próximas horas, fica por conta exclusivamente de São Pedro, que é o síndico nessa área.

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Não é por falta de ONGs -- Organizações Não Governamentais -- estatutariamente dedicadas ao meio ambiente que Mato Grosso corre o risco de mudar de nome ¨por falta de quorum¨, vamos resumir assim.

O porém -- sempre tem um ¨porém¨ -- é que a maioria dos milongueiros que por aqui abundam está mesmo afim de se arrumar.

Detalhes deste e muitos outros “boatos” e comentários exclusivos, no decorrer do dia, só aqui neste bat-canal e nesta bat-calúnia -– a única que contém “Bosta de Cachorro News”, “Teu Passado Te Condena News” e, a partir de agora, também o “Quousque Tandem? News”.

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