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Críticas Construtivas Se todo governante quer, por quê não?!!!

CURTO & GROSSO

Edição de 15/07/2009

Marcos Antonio Moreira - fazperereca@yahoo.com.br

17:11

QUÊ SITUAÇAUM!!!

Em encontro nacional de prefeitos
em Brasília, W$ "dormiu na praça"

Amanhão, só no Saite Bão

><>///<><

Click na telinha para "pegar o espírito" da coisa

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Comentários dos Leitores
Os textos dos leitores são apresentados na ordem decrescente de data. As opiniões aqui reproduzidas não expressam necessariamente a opinião do site, sendo de responsabilidade de seus autores.

Comentário de em defesa do estado de direito (reproducao@sol.com)
Em 16/07/2009, 05h07

Prerrogativas violadas

Estou revoltado, abismado, atônito e indignado! Novamente enfiaram uma farpa debaixo de minha unha, e a dor está tão grande que preciso gritar.

O objeto pontiagudo é a divulgação, pelo site Olhar Direto, das gravações entre a advogada acusada e seus clientes na operação Volver, desencadeada na última semana pela Polícia Federal.

A sociedade pode estar pensando que estou ficando louco, ou exercendo meu lado corporativista, já que sou advogado. Engano!

Saibam que sou lutador pela democracia, pelo bom, pelo justo e pelo melhor do mundo.

Minha opinião se firma no sentido de resguardar os direitos da imprensa responsável, que deve exercer seu papel na consolidação do Estado Democrático de Direito. Esse papel passa, antes de tudo, na esteira de cumprir os ditames da Lei, que no caso veda a divulgação de informações em processos que correm em segredo de justiça.

Não bastasse o segredo de justiça, a divulgação de conversas entre o advogado e seu cliente avassala os pilares do devido processo legal, já que o réu deve sentir-se a vontade para conversar com seu advogado, e receber orientação para se defender das acusações que lhe são imputadas.

Quando divulgaram as gravações, violou-se o princípio fundamental do sigilo das comunicações entre o causídico e seu cliente.

O sacerdócio da advocacia chora diante de tamanho abuso.

O fato pode ser comparado a grampear o editor do site, no fim de buscar a fonte da notícia. Qual cidadão se sentirá seguro em denunciar ilícitos para a imprensa?

Na mesma sentença, é grampear o confessionário do padre, que sob o marco de desvendar um crime, interfere no sagrado direito de confissão.

Quem sabe, no amanhã, não colocarão microfones em todas as crianças nascidas, afinal, começa como exceção e depois vira regra.

Parece coincidência quanto ao nome da operação – Volver --, quando diante desse fato, nos remete aos tempos em que não havia respeito ao Estado Democrático de Direito.

Vejo que a democracia está ameaçada, já que as pessoas só devem ser julgadas depois do devido processo legal, e não no “Big Brother” do cotidiano.

Não podemos confundir a liberdade de imprensa ao tribunal de exceção, que sobre as desculpas da justiça, formam-se justiceiros que infringem a lei para satisfazer ideologias momentâneas.

Se não resguardarmos com fervor os fundamentos constitucionais, partiremos para um Estado Ditatorial insano.

A sociedade pagará muito caro se isso ocorrer, e a esperança por dias melhores ficará apenas nos papéis dessa época.

A construção do futuro que sonhamos a nossos filhos parra pelo exercício livre da advocacia, qualquer motivação que interfira nesse processo deve ser repudiada não só pela classe, mas por toda a cidadania.

Empunhemos nossas verdades para a defesa das prerrogativas. É nosso juramento. É nosso compromisso com a sociedade.

Fabiano Rabaneda, advogado.