CURTO & GROSSO

Edição de 23/05/2011

Marcos Antonio Moreira - fazperereca@yahoo.com.br

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No auge do fervor da cruzada pela escolha de Cuiabá para ser uma das sub-sedes da Copa de 2014, Soja Majestade mandou a Sinfra elaborar o projeto de duplicação do trecho da rodovia Cuiabá/Chapada -- a MT-251 --, entre o trevo de acesso à Nossa Senhora da Guia e o contorno para o Lago dos Mansos.

Apresentado aos integrantes de uma das tantas comitivas da Fifa que esteve na Capital do Estado, o projeto deixou os gringos impressionados, pois previa, entre outros "ingredientes", pavimentação a quente, ciclovias em ambos os sentidos da pista duplicada, iluminação e paisagismo no canteiro central, serviços de drenagem, obras de arte e até mirantes. E mais impressionados ainda ficaram quando "Meu ex-Rei" garantiu que o mesmo seria feito ao longo dos 60 quilômetros da rodovia. Coisa de primeiro mundo.

Apresentaram-se para tocar as obras duas construtoras: a Delta, do companheiro-bispo Edir Macedo, que orçou os serviços daquele primeiro trecho em 40 milhões, e a Geosolo, que pediu qualquer coisa muito parecida com 35 milhões e ganhou a concorrência.

Estava tudo muito bão, corria tudo muito bem, quando -- com Cuiabá já selecionada entre as sub-sedes --, eis porque de repente o empreiteiro foi convocado ao Palácio Paiaguás, onde foi notificado que a obra estava suspensa, em razão da crise econômica mundial que resultou do "furo da bolha" imobiliária norte-americana, que "iria afetar duramente Mato Grosso", talicoisa, coisitali.

No Brasil, a anunciada megacrise-açu não passou de uma "marolinha" e o então governador -- que à época titubeava -- se decidiu por disputar o Senado. Precisava, portanto, sair do Paiaguás em grande estilo, e lançou a obra em setembro de 2009, com prazo de um ano para execução, ou seja, para ser inaugurada às vésperas da eleição de 2010.

Porém -- sempre tem um "porém" -- ao licitar novamente uma obra que já tinha dono, a Engesolo, do projeto original, elogiado pelo pessoal da companheira Fifa, foram retiradas as ciclovias, a iluminação do canteiro central, serviços de drenagem, mirantes; a pavimentação a quente foi substituída por asfalto frio e o trecho foi encurtado: a fim de evitar desapropriações, foi excluído o percurso entre o trevo de acesso ao distrito da Guia até a Fundação Bradesco.

O preço caiu para R$ 17 milhões e a licitação -- sem projeto básico -- já veio com cartas marcadas, conforme revelamos aqui.

Deu no que deu: a merda que lá está. Cinco meses depois de inaugurado, o asfalto virou farelo... de soja, claro.

Para consertar a cagada -- aditivada a meio caminho com um "repiso" de R$ 4 mi -- terão que ser investidos, pelo menos, outros 10 milhões, porque o servicinho barrela terá que ser quase que totalmente refeito.

O custo da primeira obrada, digo, "obra da" Copa, pulou de 17 para 21 e, no final da fritada, vai sair por 31 mi -- praticamente o mesmo preço do projeto original, antes de ser depenado.

A Geosolo, que foi descartada sem mais aquela, entrou na Justiça com uma ação indenizatória contra o Estado de Mato Grosso e, dificialmente, perde a causa. E lá se vão outros 35 milhões, totalizando um roubo, digo, "um rombo" de 66 milhões.

Como a desculpa da crise mundial não colou, para lipoaspirar o projeto original, o governo de Soja Majestade alegou -- pasmem! -- ser "muito elevado o padrão da obra" que ele mesmo elaborou para enganar os gringos da Fifa e a bugrada.

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Senador Blairo Maggi deu entrevista ao jornal Diário de Cuiabá dizendo que não quer mais saber de Mato Grosso. A recíproca é absolutamente verdadeira. Falando sério, vale a pena ler a íntegra para ter uma medida da falta que faz o senso de ridículo em algumas pessoas. O empresário que ia transformar Mato Grosso acabou sendo transformado em um... político, com tudo o que tem de pejorativo nisso -- informa e komenta edição desta segundona braba da koluna Eparrê! do saite "Turma do Êpa!".

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Uma "briga de cachorro grande" deve levar o Estado ao Confaz em breve. O governo estadual quer o ICMS da geração de energia. Parte do ICMS pago na conta de energia vai para a geração, mas os estados que geram o produto não estão recebendo o valor referente à energia consumida em outras regiões. Mato Grosso, que é exportador de energia, tem interesse no assunto. O governo vai aprofundar os estudos sobre isso e apresentar um projeto no Confaz -- informa e komenta edição de hoje daquele jornal que tinha 109,5%, caiu para 107% e, agora, desabou para apenas 80% no Ibope.

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Os estudantes podem se candidatar exclusivamente pela internet, no site do Enem. As provas serão aplicadas nos dias 22 e 23 de outubro, com início às 13 horas e abertura dos portões às 12 horas de Brasília.

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A discutível futura perda de hegemonia do dólar em face do avanço de outras moedas, particularmente o euro e o yuan, ganhou ares de tese oficializada no recente relatório Horizontes para o Desenvolvimento Global, do Banco Mundial (Bird).

Prevê o Bird que, no período 2011 a 2025, as economias dos países emergentes tenham um crescimento médio de 4,7% ao ano, enquanto as dos países desenvolvidos evoluiriam a uma taxa média de 2,3%.

Esse descompasso entre os níveis de crescimento deve fazer com que daqui a 15 anos seis grandes economias de países emergentes - China, Brasil, Índia, Indonésia, Coreia do Sul e Rússia - passem a responder por mais da metade do crescimento global.

Projeções são sempre arriscadas e o relatório do Bird não deixa de notar que esse grupo de países tem problemas sérios, que requerem reformas profundas. China, Rússia, Índia e Indonésia enfrentam obstáculos institucionais de governança, enquanto Brasil, Índia e Indonésia têm deficiências de capital humano e não equacionaram seus problemas educacionais.

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Um verdadeiro clube dentro de casa!







Atual estágio das obras

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A votação do novo Código Florestal, prevista para amanhã, representa um enorme avanço da legislação brasileira, tornando uma colcha de retalhos de medidas provisórias, leis e decretos um todo coerente, voltado para o bem do País.

Não se trata de uma falsa oposição entre "ambientalistas" e "ruralistas", mas de parlamentares e cidadãos igualmente responsáveis e comprometidos com o futuro do Brasil.

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