CURTO & GROSSO

Edição de 22/12/2012

Marcos Antonio Moreira - fazperereca@yahoo.com.br

O homem feliz não tinha camisa, segundo uma velha fábula.

Se um camponês pode ser feliz sem camisa, não há por que estranhar a alegria do bem vestido ministro da Fazenda, Guido Mantega, no fim de mais um ano de baixo crescimento econômico, inflação elevada, investimento em queda e muitos tropeços na política econômica.

Num psicodélico café da manhã com jornalistas, em Brasília, ele se declarou realizado com as "transformações difíceis e profundas" ocorridas em 2012.

Mais que isso, classificou como um quase milagre o conjunto de façanhas econômicas dos últimos anos.

Quanto a isso, pelo menos, ele está certo. A economia brasileira cresceu 2,7% em 2011 e a expansão deste ano deve ficar em torno de 1%, segundo a maior parte das estimativas.

O desempenho nestes dois anos é um evento quase sobrenatural, quando comparado com o dinamismo exibido por outras economias emergentes da América Latina e da Ásia.

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Exceção feita às eleições municipais, cuja importância foi enorme, o ano político de 2012 termina sob o signo da corrupção e da busca de justiça e de equilíbrio entre os Poderes da República.

De Carlos Cachoeira a Rosemary Noronha, passando pelo julgamento do mensalão e chegando às denúncias de Marcos Valério, tivemos um eixo. Uma nova fase pareceu despontar na vida nacional.

O protagonismo e o prestígio de que o Supremo Tribunal Federal passou a desfrutar emergem como fato novo, que ainda terá de ser bem compreendido, até para se ver em que medida implica o rebaixamento dos outros Poderes.

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Nenhum outro partido tem raízes populares comparáveis às do PT. Não há outro líder político brasileiro com a história de Lula.

Essas duas credenciais, no entanto, têm sido utilizadas para negar, encobrir e/ou justificar práticas flagrantemente contrárias ao próprio ideário republicano de que o partido e seu líder maior se diziam os mais legítimos defensores.

Não se trata de práticas episódicas, mas de ações sistemáticas pelas quais instituições e recursos públicos são postos a serviço dos interesses do PT e de seus membros.

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1 - Moagem chega ao fim em Mato Grosso -- informa reportagem do jornal "Diário de Kuiabá".

2 - Vereadores aumentam IPTU na última sessão da legislatura -- informa reportagem do saite "Olhar Direto".

Bem que avisamos que em véspera de recesso é pra tomar cuidado com as tais sessões extraordinárias, porque além de extra são muito ordinárias -- e bota "extra" e bota "ordinárias" nisto!

3 - Mauro anuncia nome de 5 secretários - O primeiro nome anunciado foi do novo secretário de educação municipal, Gilberto Gomes de Figueiredo, que é diretor-regional do Senai-MT. Para a secretaria de saúde foi escolhido o médico Kamil Fares, indicado pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT). O novo prefeito também terá como secretários o engenheiro Marcelo de Oliveira, que vai para a Secretaria de Obras, e Fábio Garcia, que assume a secretaria de governo. Mendes manteve Guilerme Muller na Secretaria de Fazenda -- informa o jornal daquele grupo de comunicação que até hoje não anunciou que recebeu 1,6 milhão a título de "legado antecipado" da Copa.

Para quem não ligou a farinha à broa, Marcelo Padeiro é/era o engenheiro-responsável pelas obradas do "congromelado" Ageporca/Semcopa.

Ora, ora, ora, ora... Se abriu mão de executar um orçamento bilionário, abdicou da suprema glória de implantar, no prazo, o sistema VLT e preferiu um novo cargo com dotação infinitamente menor e um salário bem mais modesto...

...É porque o fermento não fez a massa do modal sobre trilhos crescer e a coisa desandou de vez. Não quer, é claro, passar à História como incompetente -- coisa que, reconheça-se, nunca foi.

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Clube carioca também acerta com Zé Love, Inter briga por Carlos Eduardo, e as novelas sobre Robinho, Pato e Riquelme ganham novos capítulos.

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Por unanimidade, o Conselho Nacional de Educação aprovou parecer que recomenda às instituições públicas e privadas de ensino de todo o País a manutenção do calendário escolar durante a realização da Copa do Mundo de 2014.

A iniciativa do CNE colide frontalmente com a Lei Geral da Copa. Imposta pela Fifa, essa lei interfere em competências constitucionais dos Estados e municípios, obrigando, por exemplo, a rede de ensino fundamental, médio e superior a conceder férias escolares durante o período entre a abertura e o encerramento do evento esportivo.

A Fifa quer que as férias escolares sejam de um mês, durante o período de 12 de junho a 13 de julho de 2014. Mas, pelo calendário das escolas brasileiras, o recesso do meio do ano é de apenas 15 dias e ocorre em julho -- não em junho.

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Reportagem da edição que chega hoje às bancas mostra que o PT tentou usar a comissão para perseguir adversários. Deu tudo errado. E Congresso protagoniza novo vexame.

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Pronto! O ministro Joaquim Barbosa, relator do processo do mensalão e presidente do Supremo Tribunal Federal, negou nesta sexta o pedido do Ministério Público para prender imediatamente os condenados do mensalão.

Chega ao fim, assim, uma das Batalhas de Itararé desse processo.

Falha mais uma das crises artificiais com que José Dirceu e sua turma tentavam turvar o ambiente político.

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