CURTO & GROSSO

Edição de 18/10/2015

Marcos Antonio Moreira - fazperereca@yahoo.com.br

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Diz o narrador em Proust: somos amigos daqueles cujas ideias estão no mesmo nível de confusão que as nossas. É princípio que ajuda a explicar os agrupamentos políticos, unidos por interesses e também por confusões. Às vezes o preço da confusão na política fica alto demais. A clareza na demarcação de rumo nacional vira requisito de salvamento. Vivemos no Brasil um desses momentos.

Desde a redemocratização, o desenvolvimento brasileiro repousa, em duas bases: consumo e commodities. A agropecuária e a mineração pagaram a conta do consumo. O aumento da renda popular permitiu que muitos pudessem usufruir bens de consumo em massa. Milhões de brasileiros saíram da miséria.

As circunstâncias no mundo mudaram. Fechou-se o caminho. É velha história no Brasil: buscar no chão a riqueza que a inteligência não se preparou para produzir.

Sempre acaba em lágrimas. Só a inteligência salva, casada ou não com a natureza.

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Nunca tivemos um Congresso Nacional tão ordinário. Nunca, e olha que não sou eu que estou afirmando, mas muitas das maiores cabeças pensantes -- sim, temos muitas, por aí, isoladas, vozes no deserto -- do país.

Pessoas da maior qualidade em suas áreas, de esquerda-direita-centro-alto-baixo-norte-sul-leste-oeste. Nunca tivemos um Governo democrático eleito, lindo, mas tão incapaz.

Nunca tivemos um Judiciário tão dividido, discutível. E, se imprensa um dia foi chamada de Quarto Poder, agora está abaixo do rabicó da cobra, submetida. Submetida.

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Enquanto isso... No Diretório Estadual do PT, o coletivo "tirou" indicativo de veemente protesto contra um certo (?!!!) Fernando Baiano que, em sua delação premiada, levianamente, confundiu alhos com bagulhos ao colocar no mesmo duto enlameado do Petrolão em que se acham figuras abjetas como Renan Calheiros, Edson Lobão, Jader Barbalho e outros manjados tipos desprezíveis, que ainda tiveram a ousadia e o descaramento de negar o óbvio ululante.

Covardemente, investiu também contra o sumo-pontífice da seita, venturosos filhos e pudica nora e até contra o valente companheiro-líder senador Delcídio Amaral, que de pronto repeliram, veementemente, é claro, qualquer participação no bilionário esquema de pilhagem da estatal, o que não passa de uma refinada tática capitalista do Império do Mal na tentativa, fadada ao fracasso, de aluir o mais sólido esteio da vitoriosa luta pela causa clepto-narcotráfico-bolivariana.

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1 - Semana em que nossa vontade e determinação serão aguçadas em dias que também vão trazer mudança profunda na regência do cotidiano com desprendimento nas atitudes e manifestação de instinto e intuição - prognostika o horóskopo da edição deste domingo do jornal dakele grupo de komunikação que torce por mudança profunda na regência do kotidiano da SeKão, a fim de kompensar a extinção do "Kongromelado", onde nhapava um certo (?!!!) "legado antecipado" da kopa.

Kom a irreversível keda de Joakim Levy, exigida por Lula e petralhas, kairá também estepaíz, que será inkluído na avaliação de risko das três principais agências do ramo, na catiguria de kaloteiro. E tome gastança, e tome pedaladas, e tome aparelhamento, e tome assembleísmo, e tome pixulekos e tome pelo "menas" mais uma dékada perdida.

2 - Sema autua 20 por crimes ambientais. Construções, pesca e caça de animais silvestres e criação de gado não permitidas são algumas das irregularidades encontradas no Araguaia - destaka o jornal "Diário de Kuiabá".

3 - Mulher é viciada em comer esponjas embebidas em produto de limpeza - antecipa o saite "Midia News".

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Há mais em Belém do que se imagina numa primeira abordagem. A cidade em 2016 comemora 400 anos da sua fundação e foi considerada, na época áurea do extrativismo da borracha, de 1890 a 1920, a “Paris n’América”. Pensam que é pouco?

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As campanhas no returno de Luverdense e CRB anunciavam um confronto especial. Times ofensivos e invictos há algumas rodadas. Não deu outra.

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Sem dinheiro no banco e sem o parente importante, os herdeiros agora se lançam na disputa pelo legado arquitetônico de Niemeyer, de olho em futuros projetos com a assinatura do criador de Brasília.

"A fonte secou", diz Vera, viúva de Oscar Niemeyer (1907-2012), inventariante do espólio do arquiteto morto há quase três anos.

Apesar do renome internacional e de ter trabalhado por mais de oito décadas ao longo dos 104 anos de vida, o patrono da arquitetura moderna deixou um patrimônio modesto e um escritório que passa por dificuldades financeiras sem o toque de Midas de seu fundador.

"Ele sustentou com seu trabalho incessante até a terceira geração", diz o advogado Allan Guerra, que representa dona Vera e o escritório de arquitetura.

Um ex-funcionário relata que o velho Oscar pagava cerca de R$ 200 mil mensais de mesada para familiares, inclusive bisnetos na faixa de 40 anos.

Pelo menos três dos netos, todos com mais de 60 anos, faziam retiradas mensais que variavam de R$ 25 mil a R$ 15 mil, caso de Carlos Eduardo Niemeyer, o Kadu, que hoje é taxista.

"A fortuna em jogo são os croquis", diz um amigo de Oscar, que pede para não ser identificado.

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A grande dúvida em relação ao ministro Joaquim Levy é por que ele permanece no governo Dilma.

A saída parece natural desde que ficaram mais fortes os ataques internos contra ele.

A grande dúvida, na verdade, não é se o ministro Joaquim Levy sai do governo, mas quando ele sai.

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A campanha quase aberta das lideranças maiores do petismo contra o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, contribui para levar a um ponto crítico a política econômica que, segundo se supõe, é a do governo Dilma Rousseff.

O programa de ajuste precário das contas públicas emperrou em um Congresso tomado pelo tumulto político, no qual a presidente da República não consegue formar nem mesmo maiorias circunstanciais.

As recentes intervenções do ex-presidente Lula, em particular na reforma ministerial, animaram os adversários de Joaquim Levy e da política econômica que ele quase solitariamente personifica.

Ataques descabidos contra as diretrizes propostas pelo ministro solapam o apoio necessário para que sejam aprovados projetos de aumentos de impostos.

Tal atraso, uma espécie de sabotagem, adia ainda mais -- talvez para 2017 -- a desejada retomada de algum crescimento. Pior, esse pode nem ser o maior dos danos.

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