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Candidata duas vezes à Presidência, Marina Silva (Rede) vinha se beneficiando, em pesquisas recentes, do fato de ser a única a escapar incólume ao mar de lama espalhado pela Lava-Jato sobre a biografia de políticos de todos os partidos.

Mas a fundadora da Rede se viu tragada nas duas últimas semanas para o mesmo mar.

Marina respondeu à sua maneira: tirando o corpo fora e deixando subentendido que, se aparecer alguma evidência, deve ser atribuída a outros, e não a ela.

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As críticas ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, antes restritas ao mundo político, se expandiram para o sistema financeiro e para parte do PIB nacional.

Empresários e investidores passaram a ecoar, nos bastidores, a defesa da gestão Temer de que a Lava Jato precisa sinalizar um fim para a economia a voltar a girar.

O setor privado adota, apesar da queda de três ministros, uma postura condescendente com o governo em nome de seus projetos na economia brasileira.

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Ao negociar um alívio de R$ 50 bilhões aos Estados devedores do Tesouro Nacional, o presidente interino Michel Temer pode ter feito um bom investimento.

Em troca da ajuda, os governadores aceitaram dois compromissos.

Desistirão de processos para mudar os juros cobrados sobre as dívidas estaduais. Além disso, aceitarão a fixação de um teto para o aumento de gastos.

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A Operação Lava Jato apreendeu na casa de um funcionário da OAS uma agenda com o registro das reuniões, almoços e jantares com políticos do presidente da empreiteira, José Aldemário Pinheiro, conhecido como Léo Pinheiro, logo após a deflagração da Operação Lava Jato. São encontros, a maior parte deles em hotéis de Brasília.

A agenda com os registros dos encontros foi encontrada em 14 de abril, nas buscas que tinham como alvo o funcionário da OAS Marcos Paulo Ramalho, secretário de Léo Pinheiro.

Nas anotações, há registros ainda de encontros com parlamentares como Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Jutahy Magalhães (PSDB-BA) -- alvos de pedidos de investigação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot --, Onix Lorenzoni (DEM-RS), Índio da Costa (PSD-RJ) e o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, que concorreu ao governo de São Paulo pelo PMDB em 2014.

Outro nome que aparece na agenda de reuniões de Léo Pinheiro é o ex-deputado federal do PSB Alfredo Sirkis (RJ), um dos principais articuladores das campanhas de Marina Silva à presidência da República, em 2010 e 2014.

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Vamos prosseguir também nesta quarta -- e muito provavelmente até a próxima terça, 5 de julho --, no mesmo batidão de anteontem e ontem, ou seja, na base do que vier é lucro, porque persiste o "pobrema" técnico que nos acomete.

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