As ações brasileiras são negociadas com ganhos na rodada de negócios desta terça-feira. As Bolsas americanas também operam em terreno positivo, logo após o inícios das operações.
Os ministros de Finanças da União Europeia aprovaram o plano de ajuda financeira, orçado em 85 bilhões de euros (cerca de US$ 113 bilhões), à Irlanda, enquanto nesse país o parlamento local ainda deve examinar a proposta de austeridade fiscal, que prevê cortes de 15 bilhões de euros nos gastos públicos pelos próximos quatro anos.
O índice Ibovespa, que reflete os preços das ações mais negociadas, valoriza 0,96%, aos 70.221 pontos. O giro financeiro é de R$ 2,23 bilhões. Nos EUA, o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, sobe 0,69%.
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O dólar comercial é cotado por R$ 1,680, em baixa de 0,11%. A taxa de risco-país marca 165 pontos, número 5,17% abaixo da pontuação anterior.
O Banco Central promoveu um leilão para compra de dólares por volta das 12h (hora de Brasília) e aceitou ofertas por R$ 1,6726 (taxa de corte).
Enre as primeiras notícias do dia, o IBGE reportou que a produção industrial ficou maior em quatro das 14 regiões pesquisadas em outubro, na comparação com setembro. Na média nacional, a indústria apresentou aumento de 0,4% na mesma base de comparação.
O mercado também deve monitorar a reunião de ministros de Finanças europeus, que começou ontem. A proposta de aumentar o fundo de 750 bilhões de euros (cerca de US$ 1 trilhão) instituído para ajudar países em dificuldades financeiras não foi aprovada, o que pode gerar alguma frustração no setor financeiro. Ontem, as primeiras negociações ocorreram somente com representantes da zona do euro, o que deve ser ampliado a partir de hoje para os demais membros da UE.
Ainda no front externo, um jornal oficial chinês advertiu que o muito aguardado aumento de juros básicos no país pode acontecer nos próximos dias. Há meses Pequim tem adotado medidas 'acomodatícias' para combater pressões inflacionárias, restringindo a circulação de dinheiro pela economia. Mas o governo advertiu que deve passar para a fase de medidas 'prudenciais', isto é, o aperto da política monetária.
O gigante asiático é um dos maiores importadores globais de commodities e das grandes forças da economia mundial. Os mercados têm reagido com nervosismo à possibilidade da China refrear seu crescimento, principalmente num momento em que as economias da Europa e dos EUA ainda claudicam.
E no final da tarde, o Federal Reserve (o banco central dos EUA) apresenta os números sobre concessão de crédito nesse país.
JUROS
O mercado deve operar nesta semana sob expectativa da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que anuncia amanhã a nova taxa básica de juros do país (hoje em 10,75% ao ano). Uma minoria dos economistas do setor financeiro acredita num ajuste (para cima) da chamada 'Selic', e a maioria aposta na manutenção das taxas no patamar atual.
O consenso de mercado, no entanto, aponta que o início do ciclo de alta desses juros deve começar em janeiro, provavelmente com um aumento de 0,5 ponto percentual.