DIA A DIA

Mercado mantém cotação de R$ 1,70 para dólar; Bovespa perde 0,74%
16/12/2010 - Folha Online

Profissionais do setor financeiro destacaram hoje a expectativa pela reunião de representantes de União Europeia, hoje e amanhã, que podem determinar o lançamento de novas medidas para frear a crise atual da região.

Ontem, a agência Moody's elevou o nível de nervosismo dos mercados ao advertir para o possível rebaixamento do "rating" soberano da Espanha, citando as dificuldades de financiamento desse país.

O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, já admitiu que essa crise é "sistêmica" e que vai demandar, além de medidas específicas para alguns países, iniciativas gerais para todos os integrantes do bloco econômico. "A crise soberana atual tornou-se sistêmica por natureza e é conduzida não apenas por fundamentos orçamentários, mas também pela má precificação do risco de crédito por investidores e pelo comportamento de rebanho no curto prazo nos mercados", afirma ele em discurso, reproduzido por agências internacionais.


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Nesse contexto, o dólar comercial foi cotado por R$ 1,701, mantendo a taxa final de ontem. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi trocado por R$ 1,800 para venda e por R$ 1,640 para venda.

Ainda operando, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) registra perdas de 0,74%, aos 67.366 pontos. O giro financeiro é de R$ 4,96 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York tem ganho de 0,39%.

Entre outras notícias importantes do dia, o Banco Central avaliou que as medidas anunciadas há duas semanas para conter o crédito ao consumo podem ser seguidas de um aumento da taxa básica de juros para segurar a inflação. A informação consta da ata divulgada hoje, mas relativa à reunião da semana passada, quando a autoridade monetária decidiu manter a taxa em 10,75% ao ano.

E o Ministério do Trabalho reportou a criação de 138,247 mil vagas no mês de novembro, já descontadas as demissões. Com o resultado de novembro, o país acumula 2,544 milhões de vagas formais criadas no ano, um recorde histórico para os onze primeiros meses do ano.

JUROS FUTUROS

No mercado futuro de juros, que serve de referência para o custo dos empréstimos nos bancos, as taxas previstas mais cederam nos contratos mais negociados, com exceção das operações de curto prazo.

No contrato para julho de 2011, a taxa projetada passou de 11,36% para 11,37%; para janeiro de 2012, a taxa prevista recuou de 11,88% para 11,82%. E no contrato para janeiro de 2013, a taxa projetada caiu de 12,33% para 12,32%. Esses números são preliminares e estão sujeitos a ajustes.

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