DIA A DIA

Em dia de otimismo global, Bovespa tem alta de 1,72% e forte giro de negócios
12/01/2011 - Folha Online

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) teve um dia de forte recuperação, na rodada desta quarta-feira. Animados com os resultados do leilão de títulos de Portugal, país fragilizado por deficits públicos, os investidores foram Às compras, mirando nas tradicionais"blue-chips" (carros-chefes), as ações da Vale e da Petrobras.

O índice Ibovespa, que reflete os preços das ações mais negociadas, subiu 1,72% no fechamento, atingindo os 71.632 pontos. O giro financeiro foi de 8 bilhões, bem acima da média do último mês "cheio" (R$ 6,8/dia em dezembro). Nos EUA, o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, valoriza X%, antes do encerramento dos negócios.

As ações da Petrobras dera uma forte contribuição para a alta de hoje, emplacando ganhos de 2,76%, no caso das preferenciais, e de 3,18%, no caso das ordinárias. O volume financeiro com esses dois papéis ultrapassou R$ 1,3 bilhão.


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O dólar comercial foi cotado por R$ 1,677, em um declínio de 0,59%. A taxa de risco-país marca 164 pontos, número 1,79% abaixo da pontuação anterior.

Entre as notícias mais importantes do dia, o leilão de títulos públicos portugueses, um dos eventos mais esperados da semana, surpreendeu positivamente, com uma forte demanda e juros menores (em torno de 6%) do que o previsto. Analistas acreditavam que Portugal teria que oferecer títulos com rendimento acima de 7% para encontrar compradores na praça financeiro, devido à desconfiança quanto a sua capacidade de pagar suas dívidas.

Amanhã, será a vez da Espanha lançar papéis na praça financeira e testar o ânimo dos investidores. "O mercado sentiu que, se o leilão de Portugal foi assim, os leilões de Espanha e da Itália podem ser ainda melhores, já em que tese, Portugal estava em uma situação muito pior do que esses dois", comenta Paulo Hegg, da mesa de operações da Um Investimentos.

Ainda no front externo, o governo alemão revelou que o PIB (Produto Interno Bruto) teve o maior crescimento em 20 anos em 2010: 3,6%, puxado pelo aumento tanto das exportações quanto da demanda interna.

E nos EUA, o banco central deu país ajudou a reforçar o bom humor dos mercados, ao ponderar que houve um fortalecimento da economia americana neste final de ano. "A atividade econômica continuou se expandindo moderadamente entre novembro e dezembro", avaliou o quadro de dirigentes dessa instituição, no famoso relatório "Livro Bege", ansiosamente aguardado pelo mercado.

No front doméstico, o IBGE apontou que as vendas do setor varejista brasileiro cresceram pelo sétimo mês consecutivo em novembro, com uma variação de 1,1% sobre outubro. Em relação a novembro de 2009, houve alta de 9,9%. No acumulado do ano, verifica-se avanço de 11% na comparação com igual intervalo no ano passado.

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