Bovespa ganha 0,13% e dólar bate R$ 1,68; mercado mira China e EUA 14/01/2011
- Folha Online
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) ensaia recuperação na rodada de negócios desta sexta-feira, enquanto os investidores digerem uma ampla bateria de indicadores dos EUA. Na área corporativa, o banco JP Morgan apresentou lucro acima do esperado para o quarto trimestre.
O índice Ibovespa, que reflete os preços das ações mais negociadas, avança 0,13%, aos 70.811 pontos. O giro financeiro é de R$ 1,6 bilhão. Nos EUA, o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, cai 0,03%.
O dólar comercial é negociado por R$ 1,682, em alta de 0,77%.A taxa de risco-país marca 172 pontos, número 2,99% acima da pontuação anterior.
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Entre as principais notícias do dia, o Departamento de Trabalho dos EUA reportou uma inflação de 0,5% em dezembro, ante 0,1% em novembro, em uma variação acima das expectativas; já o Federal Reserve (o banco central americano) informou um crescimento de 0,8% da produção industrial em dezembro, em um desempenho melhor do que o previsto por economistas do setor financeiro.
E outro órgão do governo americano, o Departamento de Comércio, anunciou que as vendas do setor varejista cresceram 0,6% no fechamento de 2010, pouco abaixo dos prognósticos do setor financeiro (consenso em torno de 0,7%).
Já no segmento corporativo, o banco JP Morgan comunicou um lucro líquido de US$ 4,8 bilhões, ou US$ 1,12 por ação, para o quarto trimestre, US$ ante 3,3 bilhões, ou US$ 0,74 por ação, um ano antes. Economistas de bancos e corretoras previam um ganho de US$ 0,99 por ação.
No front europeu, a Espanha revelou que a inflação do país bateu sua maior taxa desde 2008 no mês de dezembro (2,9% ao ano). Já a França anunciou foi revisado para baixo sua projeção de crescimento de 1,6% para 1,5%. E o escritório europeu de estatísticas Eurostat informou que os países da zona do euro tiveram um deficit comercial de 400 milhões de euros (US$ 527 milhões) em novembro, após um superavit de 4,7 bilhões de euros em outubro (US$ 6,2 bilhões).
CHINA
O banco central chinês anunciou uma nova elevação do compulsório bancário, o que obriga os bancos a recolherem parte dos depósitos (isto é, sem usá-los para empréstimos), numa medida clássica para conter a circulação de recursos na economia, e de modo a conter a alta dos preços.
O gigante asiático é um dos maiores importadores globais, com destaque para as commodities, e quaisquer medidas para resfriar sua atividade econômica não costumam ser bem recebidas pelos mercados
BRASIL
Ontem à noite, o Banco Central anunciou uma nova medida para tentar reduzir a especulação com o dólar e segurar a queda da moeda norte-americana. A instituição voltará, a partir desta sexta (14), a intervir no mercado futuro de câmbio, do qual estava afastada desde maio de 2009.
E hoje, a autoridade monetária informou que os agentes financeiros tomaram US$ 987 milhões em contratos de "swap" cambial reverso, título que equivale a uma compra de dólar no mercado futuro.