DIA A DIA

Bom humor global faz Bovespa fechar em alta de 0,44%
18/01/2011 - Folha Online

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) encostou mais uma vez no patamar dos 71 mil pontos, num dia de otimismo global, marcado pelo retorno das Bolsas americanas aos negócios, após o feriado de ontem. A "trégua" da crise europeia, e os números fortes de algumas empresas americanas animaram os investidores a retomarem as ordens de compra. A perspectiva de um aumento dos juros brasileiros, embora desfavorável para o mercado de ações, já foi bastante antecipada.

O Ibovespa, principal termômetro dos negócios da Bolsa paulista, subiu 0,44%, aos 70.919 pontos. O giro financeiro foi de R$ 6 bilhões. Nos EUA, o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, sobe 0,47%, antes do encerramento das operações.

"Acho que o mercado está com um sentimento muito positivo. Na Europa, as notícias sobre a crise esfriaram um pouco, e nos EUA, a temporada de resultados até agora está indicando que podemos ver mais bons lucros", comenta Leandro Martins, analista-chefe da Walpires Corretora. O profissional destaca ainda o retorno do investidor estrangeiro ao mercado de ações doméstico, com ênfase nas ordens de compra, o que tradicionalmente dá novo impulso para os negócios.


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Martins, assim como outros analistas, tem expectativas de que o Ibovespa possa voltar a sua marca recorde, na faixa dos 73 mil pontos, no curto prazo. "Realmente, nós poderemos ter alguma realização [vendas] no curto prazo, mas acredito que nesse trimestre ainda a Bolsa pode atingir seus topos históricos", acrescenta.

O dólar comercial foi cotado por R$ 1,678, em um declínio de 0,29%. A taxa de risco-país marca 164 pontos, número 1,79% abaixo da pontuação anterior.

Entre as poucas notícias de destaque, a Fipe apontou uma inflação de 0,86% (IPC) na semana encerrada no dia 15, ante 0,61% da leitura anterior. Economistas do setor financeiro projetavam uma taxa de 0,80%.

Amanhã, o Comitê de Política Monetária anuncia a nova taxa básica de juros. As apostas do setor financeiro apontam para um ajuste dos atuais 10,75% para 11,25%, com mais acréscimos até o final do semestre, provavelmente superando a casa dos 12%.

No front externo, Grécia e Espanha acessaram os mercados novamente, colocando títulos de dívida (de curto prazo), a juros semelhantes aos praticados em novembro passado. O primeiro captou 650 milhões de euros (US$ 870 milhões), a taxas de 4,1%, enquanto a Espanha, outros 5,5 bilhões de euros (US$ 7,37 bilhões), a taxas menores que 3%.

EMPRESAS

No front corporativo, o Citigroup, o terceiro maior banco dos EUA, anunciou um lucro líquido de US$ 10,6 bilhões para o exercício de 2010, contrastando com o prejuízo de US$ 1,6 bilhão registrado em 2009.

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