DIA A DIA

Bovespa perde 0,44% nos primeiros negócios; dólar bate R$ 1,67
20/01/2011 - Folha Online

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) mostra desvalorização nos primeiros negócios desta quinta-feira. Os investidores revelam desconforto com os indicadores já divulgados na China, sob expectativa de mais medidas conter a alta dos preços nesse país, e de que devem ter impacto na economia mundial.

O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, recua 0,44%, aos 69.750 pontos. Ontem, a Bovespa fechou em queda de 1,2%.

Na Europa, a Bolsa de Londres perde 1,41%; em Frankfurt, o índice Dax cai 0,66%.


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O dólar comercial é cotado por R$ 1,672, em leve queda de 0,05%. A taxa de risco-país marca 171 pontos, número 0,58% abaixo da pontuação anterior.

Na madrugada de hoje, o governo chinês reportou indicadores que vieram acima das projeções do mercado: o PIB (Produto Interno Bruto) cresceu 10,3%, enquanto o IPC (índice de inflação) teve alta de 3,3%. As vendas do varejo aumentaram 18,4%, enquanto a produção industrial mostrou incremento de 15,7%.

Os números mostram um aquecimento da economia superior ao previsto pelo governo, que projetava uma inflação de 3%.

Pequim tem reiteradamente mostrado preocupação com o nível de aquecimento da economia e a alta dos preços internos. Por esse motivo, lançou várias medidas desde o início do ano passado, pelo menos, para combater a inflação, e que tiveram reações negativas nos mercados financeiros.

Devido ao tamanho de sua economia, e ao ritmo acelerado de crescimento, o gigante asiático é uma das "locomotivas" do planeta, num contexto em que os grandes países desenvolvidos ainda lutam para sair do atoleiro da recessão. Por esse motivo, quando Pequim aumenta a "dose" de medidas restritivas, as Bolsas não reagem favoravelmente.

O mercado aguarda para as próximas horas a divulgação de uma bateria de indicadores dos EUA: os pedidos de auxílio-desemprego (um "termômetro" importante do mercado de trabalho local), as vendas de imóveis usados e o notório Índice de Indicadores Antecedentes (um agregado de indicadores econômicos, que busca refletir a tendência da economia).

Ontem à noite, o Copom (Comitê de Política Monetária) ajustou a taxa básica de juros de 10,75% ao ano para 11,25%, em linha com as expectativas do setor financeiro.

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