Bovespa avança 0,23% nos primeiros negócios; dólar vale R$ 1,67 27/01/2011
- Folha Online
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) registra ganhos desde os primeiros negócios desta quinta-feira. Investidores devem ficar atentos à bateria de indicadores econômicos e balanços corporativos nos EUA, num dia de agenda bastante carregada para o mercado.
O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, sobe 0,31%, aos 68.925 pontos. Ontem, a Bovespa fechou em baixa de 1,03%.
Na Europa, a Bolsa de Londres avança 0,23%; em Frankfurt, o índice Dax ascende 0,52%.
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O dólar comercial é cotado por R$ 1,671, mantendo a cotação de ontem. A taxa de risco-país marca 164 pontos, número 1,23% acima da pontuação anterior.
Entre as primeiras notícias do dia, a agência Standard&Poor's rebaixou a nota de risco do Japão de "AA" para "AA-", ainda no topo da classificação "grau de investimento", restrita para países (ou empresas) com chances mínimas de calote. A S&P apontou o crescente deficit público do país. No mesmo dia, o governo japonês reportou um forte superavit comercial (US$ 8,78 bilhões) em dezembro, com uma expansão de 13% do volume exportado, o que reforçou a percepção de que a economia japonesa deva sair da estagnação "em breve".
No front doméstico, o IBGE apontou uma taxa de desemprego de 5,3% em dezembro, a menor taxa desde o início da série histórica (2002). Na média anual, a taxa ficou em 6,7%, também na mais baixa variação da pesquisa do instituto.
O Banco Central mostrou preocupação com as pressões inflacionárias para este ano, ressaltando que "o conjunto de informações disponíveis sugere que a aceleração de preços observada em 2010, processo liderado pelos preços livres, pode mostrar alguma persistência, em parte porque a inflação dos serviços segue em patamar elevado".
A avaliação faz parte da ata do Copom (Comitê de Política Monetária), relativa à reunião da semana passada, quando a taxa básica de juros do país foi ajustada de 10,75% ao ano para 11,25%.
O mercado aguarda para as próximas horas as estatísticas sobre a demanda por bens duráveis, e seguro-desemprego, nos EUA.
EMPRESAS
A Procter & Gamble, maior fabricante mundial de bens de consumo, anunciou um lucro líquido de US$ 3,33 bilhões para o exercício de 2010, ou US$ 1,11 por ação, ante US$ 4,66 bilhões, ou US$ 1,49 por ação, no ano passado. Economistas do setor financeiro projetavam um ganho de US$ 1,10 por ação.
E a gigante do setor de entretenimento e comunicações, a Time Warner, revelou um lucro líquido de US$ 392 milhões, ou US$ 1,09 por ação, para o quarto trimestre. Um ano antes, a companhia havia registrado um ganho de US$ 322 milhões, ou US$ 0,91 por ação. Analistas de Wall Street estimavam um lucro de US$ 1,01 por ação.