DIA A DIA

Santos bate cabeça pelo estádio da final da Libertadores
03/06/2011 - Leonardo Lourenço - Folha Online

Os jogadores querem o Pacaembu. O presidente prefere o Morumbi. Um estádio oferece vantagens financeiras. O outro, em teoria, cria uma atmosfera favorável. E ainda há pressões políticas favoráveis aos dois palcos.

O Santos ainda não anunciou onde mandará a segunda partida da final da Libertadores, no dia 22 de junho. E quebra a cabeça para escolher o local onde pode faturar sua terceira taça continental.

Pesa a favor do Morumbi, opção que mais agrada ao mandatário, a possibilidade de atrair um público maior e, consequentemente, faturar mais com bilheteria na final.


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O São Paulo, dono do estádio que comporta 68 mil pessoas, estima que a decisão certamente renderá uma arrecadação superior a R$ 3,5 milhões --o aluguel da área custa 15% da renda bruta.

No Pacaembu, arena municipal que também cobra 15% da bilheteria, mas com teto de R$ 65.950, o Santos conseguirá colocar pouco mais da metade do público.

O estádio tem capacidade aprovada para 40.199 pessoas (a Conmebol exige 40 mil para a decisão), mas a polícia não costuma liberar a venda de mais do que 37 mil entradas --o primeiro jogo da final do Paulista deste ano teve renda de R$ 1.412.840.

"Certamente o preço dos ingressos vai subir para o maior espetáculo do semestre. Mas, se jogarmos no Pacaembu, é provável que suba mais para compensarmos", adiantou Luis Alvaro.

Alheio a questões financeiras, o elenco prefere atuar no estádio municipal pela maior proximidade com a torcida, o "efeito caldeirão", típico da Libertadores, e também por já estar acostumado --jogou lá sete vezes em 2011.

Segundo o presidente, o Santos iria analisar o perfil do rival antes de definir a arena.

"Talvez seja melhor pegar o Peñarol [mais aguerrido] no Morumbi [campo maior], e o Vélez [de alta qualidade técnica] no Pacaembu [mais acanhado]", disse ontem, antes do jogo que fez do Peñarol o adversário santista.

O Vélez venceu o time uruguaio em casa por 2 a 1, mas o resultado não bastou para classificá-lo à final. O Peñarol vencera a ida por 1 a 0.

No fim, os interesses políticos podem prevalecer. A Folha apurou que o presidente da FPF, Marco Polo del Nero, pressiona para que o Santos não jogue no estádio do São Paulo, com quem tem relação conturbada.

Tanto a federação paulista quanto o time finalista negaram a acusação. E Luis Alvaro revelou que o estádio particular também tem lobby favorável. "A Conmebol prefere que o jogo seja lá."

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