DIA A DIA

Bovespa ganha 0,19% no fechamento e fica estável na semana
03/06/2011 - Epaminondas Neto - Folha Online

Analistas do mercado apontaram perspectivas mais otimistas para a inflação doméstica, além do retorno do capital estrangeiro, como um alguns dos motivos que podem ter contribuído para a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo), mais uma vez, descolar de sua principal referência externa: as Bolsas americanas.

Em Wall Street, os mercados não resistiram à revelação de que a economia local gerou bem menos empregos do que o esperado, o que "coroou" um período já longo de indicadores decepcionantes nos EUA.

E esta sexta-feira, as expectativas dos economistas para a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) não se modificaram: a taxa básica de juros deve ser ajustada de 12% para 12,25% ao ano na semana que vem.


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Assim, o Ibovespa, principal termômetro dos negócios da Bolsa paulista, avançou 0,19% no fechamento, aos 64.340 pontos. O giro financeiro foi de R$ 6 bilhões. Nesta semana, o índice acionário valorizou apenas 0,07%.

Nos EUA, o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, caiu 0,79%.

"Temos essas duas vertentes [para explicar a recuperação]: pode ser realmente o investidor estrangeiro voltando (...), mas nós também temos que lembrar que o Ibovespa ficou muito descolado do Dow Jones. Enquanto nos EUA eles já subiram quase 8% nesse ano, nós já chegamos a cair mais de 7%. Poder ser algum ajuste", comenta Cristiano Lemos, da mesa de operações da corretora Corval.

O dólar comercial foi cotado por R$ 1,576, em um declínio de 0,12%. Na semana, a taxa cambial desvalorizou 1,5%.

O Departamento de Trabalho dos EUA revelou que a criação de apenas 58 mil vagas em maio, a cifra mais baixa em oito meses. A taxa de desemprego subiu de 9% para 9,1% no mesmo período. Os números vieram bem pior do que o previsto pelo mercado: analistas projetavam a abertura de 200 mil postos de trabalho, com uma taxa de 8,9%.

O IBGE informou que o PIB (Produto Interno Bruto) teve crescimento de 1,3% no primeiro semestre deste ano, ante um avanço de 0,8% no último trimestre do ano passado. Em relação a igual período em 2010, o PIB (Produto Interno Bruto) avançou 4,2%. A taxa de crescimento ficou em linha com as expectativas do mercado financeiro.

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