DIA A DIA

Mais dois senadores da base aderem à CPI para investigar Palocci
07/06/2011 - Gabriela Guerreiro - Folha Online

Dois senadores aliados da presidente Dilma Rousseff assinaram nesta terça-feira o pedido de instalação de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) no Senado para investigar a evolução patrimonial do ministro Antonio Palocci (Casa Civil).

Os senadores Cristovam Buarque (DF) e Pedro Taques (MT), ambos do PDT, decidiram assinar o pedido depois que o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, arquivou os pedidos de investigação encaminhados pela oposição contra o ministro.

Com as novas adesões, a oposição reuniu até agora 22 das 27 assinaturas necessárias para que a CPI seja instalada.


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O senador Pedro Simon (PMDB-RS) prometeu assinar o requerimento até amanhã, se a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado derrubar os dois pedidos de convocação para que o ministro se explique no Congresso sobre as denúncias.

Com Taques e Cristovam, chegam a cinco o número de senadores filiados a partidos governistas que já assinaram o pedido de CPI. Os senadores Ana Amélia Lemos (PP-RS), Roberto Requião (PMDB-PR) e Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) já haviam assinado o requerimento. As outras assinaturas são de senadores do PSDB, DEM e PSOL.

O senador Itamar Franco (PPS-MG), internado em São Paulo para tratamento contra leucemia, prometeu assinar o pedido quando reassumir suas atividades no Senado.

"A expectativa alimentada anteriormente de que uma decisão do arquivamento pudesse esgotar a crise, ao contrário, alimentou a crise. A presença do Palocci paralisa o governo, contaminou de forma irreversível a administração federal", disse o líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR).

A oposição decidiu concentrar a coleta de assinaturas no Senado, já que na Câmara reuniu apenas 100 das 171 necessárias para que a comissão mista (com deputados e senadores) seja instalada. "Com dificuldades de ampliar na Câmara, decidimos intensificar no Senado. Não tem sentido um arquivamento da forma política como foi feito", disse o líder do PSDB na Câmara, deputado Duarte Nogueira (SP).

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