Bovespa sobe 0,2% no fechamento, com ações de bancos e petrolífera 07/06/2011
- Epaminondas Neto - Folha Online
O mercado brasileiro de ações perdeu o entusiasmo inicial gradativamente, para encerrar o pregão desta terça-feira com uma valorização somente modesta.
Investidores operaram sob expectativas de dois eventos: o testemunho de Ben Bernanke, do banco central americano, próximo ao encerramento das operações; e a reunião do Comitê de Política Monetária brasileiro, que anuncia amanhã a nova taxa básica de juros do país.
O consenso de mercado aponta um ajuste de 12% ao ano para 12,25%.
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O índice Ibovespa, que reflete os preços das ações mais negociadas, avançou 0,24% no fechamento, e alcançou os pontos. O giro financeiro foi fraco, de R$ 5,53 bilhões. Nos EUA, o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, caiu 0,16%.
No grupo das "blue-chips", a ação preferencial da Petrobras desvalorizou 0,86%, enquanto a ação preferencial da Vale ficou apenas 0,02% mais cara.
Um dos destaques do dia ficou por conta dos papéis da OGX: a ação ordinária teve ganho de 2,17%, sendo o quarto papel mais negociado da Bolsa. Ontem, a companhia revisou seu plano de investimentos, estimando uma quantia de US$ 4 bilhões a US$ 5 bilhões aplicados até 2013, acima das projeções feitas anteriormente.
A empresa também projetou o início de produção para outubro (Bacia de Campos). "A revisão do plano de negócios é positiva para a OGX, pois confirma nossa expectativa (...) para o período de produção, principalmente com relação aos custos de produção e operação", avaliam os analistas da Link Investimentos, em relatório publicado hoje.
Mas foram as ações de bancos que puxaram a recuperação da Bovespa, a exemplo dos papéis do Bradesco (alta de 1,97%), na terceira posição entre os mais negociados. As ações dos rivais Itaú-Unibanco e Banco do Brasil avançaram 1,51% e 1,75%, respectivamente.
O dólar comercial foi negociado por R$ 1,578, em um decréscimo de 0,31%. A taxa de risco-país marca 175 pontos, número 0,57% acima da pontuação anterior.
Os dois índices de preços divulgados hoje confirmaram o cenário de desaceleração. O IPCA teve uma variação de 0,47% em maio, ante 0,77%. Economistas do setor financeiro projetavam 0,48%. E o IGP-DI variou 0,01% em maio, ante 0,50% em abril. O mercado projetava uma taxa de 0,47%.
Nos EUA, Ben Bernanke, do Federal Reserve, defendeu a prática de uma "política monetária flexível", diante de uma recuperação econômica que qualificou de "desesperadamente lenta". Ele também apontou que um eventual repique inflacionário deve ser "passageiro".