DIA A DIA

Bovespa perde 0,56% no fechamento, de olho em EUA e inflação
07/07/2011 - Folha Online

A Bovespa não acompanhou o "bom humor" visto nos mercados americanos, sua principal referência externa, e emendou seu terceiro dia consecutivo de perdas.

Apesar do noticiário externo um pouco mais positivo, o investidor manteve a atitude cautelosa: a crise europeia está longe de dissipar, amanhã os EUA divulgam o indicador mais relevante da semana, e ainda há preocupações com a inflação doméstica.

"[O índice Ibovespa´", que reflete os preços das ações mais negociadas, retrocedeu 0,57%, aos 62.207 pontos. O giro financeiro foi de R$ 5,26 bilhões. Nos EUA, o índice Dow Jones,da Bolsa de Nova York, valorizou 0,74%.


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O dólar comercial foi cotado por R$ 1,558, em baixa de 0,76%, após oscilar entre R$ 1,572 e R$ 1,554.

Hoje, a consultoria privada ADP publicou sua influente pesquisa sobre geração de empregos no setor privado americano, apontando a abertura de 157 mil vagas em junho. Economistas do setor financeiro projetavam uma cifra entre 80 mil e 100 mil.

Ainda nos EUA, o Departamento de Trabalho informou que a demanda pelos benefícios do auxílio-desemprego caiu de 432 mil para 418 mil nas duas últimas semanas. A retração foi ainda maior que os analistas projetavam: o consenso era de 420 mil.

Amanhã, o governo dos EUA revela o fundamental relatório sobre emprego, com os dados oficiais sobre a criação de postos de trabalho.

O Banco Central Europeu, em linha com as expectativas do mercado, subiu a taxa básica de juros para a zona do euro de 1,25% ao ano para 1,5%.

No front doméstico, a inflação medida pelo IPCA caiu de 0,47% em maio para 0,15% em junho. Esta taxa é a menor desde agosto de 2010 (0,04%). Analistas do setor financeiro projetavam uma variação de 0,07%.

À semelhança de outros analistas, a equipe de profissionais da corretora Concórdia projeta uma rediviva da inflação para julho, prevendo uma taxa de 0,25%.

"Esperamos que o grupo Alimentação e Bebidas continue registrando deflação (...). O grupo Transportes, em contrapartida, deve inverter a trajetória de queda, voltando a registrar taxa positiva de variação de preços, como reflexo a diluição da queda de preço do etanol (com impactos sobre a gasolina)", comentam os economistas da economia, em relatório sobre o IPCA.

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