DIA A DIA

Bovespa perde 1,6% e volta a índice de maio de 2010
14/07/2011 - Epaminondas Neto - Folha Online

A Bolsa de Valores registrou nesta quinta desvalorização de suas principais ações--a sétima vez neste mês. Até agora, julho teve apenas dez pregões.

As Bolsas americanas sofreram perdas entre 0,67% (pelo índice S&P500) e 0,44% (Dow Jones), enquanto as europeias tiveram quedas entre 0,7% (Frankfurt) e 1,1% (Paris).

A Bolsa paulista acompanhou de perto o mau humor mundial. O índice Ibovespa caiu 1,63% no fechamento, batendo seu menor nível de pontos (59.679) desde 25 de maio de 2010. O giro financeiro foi de R$ 6,7 bilhões, um pouco maior que a média dos últimos dias.


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O dólar comercial oscilou entre R$ 1,581 e R$ 1,571, para encerrar o dia em R$ 1,578 (alta de 0,25%). A taxa de risco-país marca 170 pontos, número 3,4% abaixo da pontuação anterior.

Em meio a uma sequência de más notícias sobre a economia europeia, ganhou relevância hoje a advertência da agência Moody's sobre um possível rebaixamento do "rating" (nota de risco de crédito) dos EUA, devido às incertezas sobre a gestão da dívida federal.

Ainda que analistas hesitem em contemplar cenários de um "default" (suspensão de pagamentos) pelos EUA, a briga entre republicanos e democratas para aprovar a elevação do teto de endividamento federal (uma das saídas para evitar o calote) causa apreensão no mercado.

Na visão da área de análise da Lerosa Investimentos, não é somente o front externo que causa o atual derretimento da Bovespa: os investidores do mercado doméstico continuam atentos à inflação. Há ainda muita incerteza sobre qual deve ser o aperto monetário para conter a alta dos preços, e num panorama de Bolsa para baixo, os ativos de renda fixa se tornam ainda mais atrativos.

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