Ibovespa sobe e garante 55 mil pontos no fim do pregão 17/08/2011
- Cláudia Violante e Silvana Rocha - Agência Estado
O pregão da Bolsa de Valores de São Paulo teve uma trajetória bem marcada hoje. Ainda que tenha visitado o terreno positivo e negativo, a volatilidade por causa do exercício de índice futuro e de opções sobre o Ibovespa foi menos acentuada do que se previa. O índice Bovespa à vista abriu em alta, virou para baixo na hora do almoço e, duas horas depois, voltou a subir. E com o cenário externo sem grandes emoções, conseguiu garantir o ganho até o final.
O Ibovespa encerrou o dia com elevação de 1,38%, aos 55.073,02 pontos, na máxima pontuação do dia. Na mínima, registrou 53.828 pontos (-0,91%). No mês, acumula perda de 6,38% e, no ano, de -20,53%. O giro financeiro totalizou R$ 15,201 bilhões. Os dados são preliminares.
Segundo os profissionais consultados, houve uma pequena rolagem para o próximo vencimento e a pouca volatilidade da sessão se deu porque parte dos investidores que estavam apostando na queda já havia zerado suas posições nas sessões anteriores.
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Em alguns momentos, o Ibovespa trabalhou de olho em Wall Street. Depois de muito sobe e desce, o índice Dow Jones terminou o pregão em alta de 0,04%, aos 11.410,21 pontos. O índice S&P-500 encerrou em elevação de 0,09%, aos 1.193,88 pontos, e o Nasdaq perdeu 0,47%, aos 2.511,48 pontos. O único dado relevante hoje foi a inflação ao produtor nos EUA (alta de 0,2% em julho).
Na Europa, os principais índices do mercado de ações fecharam sem uniformidade. Na Bolsa de Londres, o FTSE-100 recuou 0,49%, em Paris, o índice CAC 40 ganhou 0,73%, e em Frankfurt, o Xetra DAX fechou em baixa de 0,77%.
No Brasil, o setor bancário foi um dos que ajudaram a sustentar a alta do Ibovespa. Bradesco PN, 1,89%, Itaú Unibanco PN, +3%, BB ON, +3,52%, e Santander unit, 3,05%. Nas blue chips, Vale ação ON subiu 1,69% e Vale PNA, 1,38%. Petrobras ON, +0,35%, e PN, +0,53%. Na Nymex, o contrato do petróleo para setembro subiu 1,07%, a US$ 87,58 o barril.
Dólar comercial cai 0,44% e fecha a R$ 1,583
O dólar comercial fechou em baixa de 0,44% hoje, cotado a R$ 1,583 no mercado interbancário de câmbio. O dólar á vista negociado na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) recuou 0,33% para R$ 1,5847. O euro comercial caiu 0,13% e fechou a R$ 2,287.
O dólar foi negociado abaixo de R$ 1,59 o dia todo hoje. A taxa mínima registrada durante as transações foi de R$ 1,579 e a máxima, R$ 1,587. O recuo da moeda norte-americana no mercado internacional determinou o comportamento da divisa ante o real em meio a um volume de negócios mais fraco, segundo operadores de bancos e corretoras consultados pela Agência Estado.
Desde cedo, a decepção dos investidores com a decisão do Banco Central da Suíça de não atrelar o franco suíço ao euro se sobrepôs às medidas adotadas de injeção de liquidez no mercado com o objetivo de tentar conter a alta do franco, num esforço que não teve o efeito desejado, pelo menos hoje. O euro e o dólar seguiram em baixa ante o franco suíço após as notícias, enquanto o dólar caiu em relação a seus principais pares, como o euro e o iene. Rumores de compra de bônus pelo Banco Central Europeu também ajudaram a impulsionar a moeda única da região.
O Banco Central brasileiro fez hoje apenas um leilão de compra de dólar no mercado à vista, no qual fixou a taxa de corte das propostas em R$ 1,5848. Ontem, a autoridade monetária quebrou a rotina dos seis dias úteis anteriores e fez dois leilões na sessão, prática que não se repetiu hoje. Segundo um operador, a mudança de atuação do BC hoje pode ser consequência do fluxo cambial aparentemente negativo.
Câmbio turismo
Nas operações de câmbio turismo, o dólar fechou estável a R$ 1,657 na venda e R$ 1,553 na compra. O euro turismo subiu 0,84% no dia, cotado a R$ 2,39 na venda e a R$ 2,237 na compra.