DIA A DIA

Bovespa acumula ganho de 4,59% em 3 pregões de alta
30/08/2011 - Cláudia Violante e Silvana Rocha - Agência Estado

A Bolsa de Valores de São Paulo registrou hoje seu terceiro pregão consecutivo em alta, favorecida pela ata da última reunião do banco central americano (Fed), divulgada à tarde, e também por um movimento de final de mês no qual os agentes tentam melhorar a performance de suas carteiras. O índice Bovespa recuperou os 55 mil pontos e fechou no melhor nível desde o início do mês.

O Ibovespa terminou o dia com variação positiva de 0,96%, aos 55.385,03 pontos, melhor nível desde 3 de agosto (56.017,22 pontos). Nestes três dias no azul, o índice subiu 4,59%. No mês, entretanto, ainda acumula perda, de 5,84%. Em 2011, a queda é de 20,08%. O giro financeiro totalizou R$ 5,229 bilhões. Os dados são preliminares.

Segundo especialistas, gestores estão aproveitando a trégua externa para melhorar o desempenho de suas carteiras de ações nesse fechamento de mês. Agosto começou muito mal e o índice Bovespa chegou a acumular perda de 17,26% em seu pior momento, mas, aos poucos, boa parte das perdas do mês foi devolvida.


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O desempenho da Bovespa hoje também refletiu a ata da última reunião do comitê de mercado aberto do Fed, que fez as bolsas em Wall Street abandonarem as perdas e subirem. O documento mostrou a discussão dos integrantes do comitê sobre as ferramentas disponíveis para estimular a economia americana, entre elas o QE3.

Os indicadores econômicos ruins indicam que essa ajuda pode ser mesmo necessária. Hoje, o índice de confiança do consumidor dos EUA medido pelo Conference Board despencou para 44,5 em agosto, de 59,2 em julho e ante previsão de 52. A leitura de agosto é a mais fraca desde abril de 2009.

O Dow Jones fechou em alta de 0,18%, aos 11.559,95 pontos, o S&P-500 avançou 0,23%, aos 1.212,92 pontos, e o Nasdaq ganhou 0,55%, aos 2.576,11 pontos.

Na Bolsa brasileira, Petrobras ON ficou estável e Petrobras PN subiu 0,29%. Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o contrato futuro de petróleo para outubro ficou 1,87% mais caro, a US$ 88,90 o barril. Vale ON encerrou com ganho de 0,23% e Vale PNA valorizou 0,68%.

Apesar de um fluxo cambial aparentemente negativo hoje, o dólar comercial fechou em queda hoje, pela terceira sessão consecutiva, pressionado por vendas no mercado futuro de câmbio. Os agentes financeiros reforçaram as apostas na queda da moeda norte-americana porque não estão enxergando muito espaço para sua valorização no mercado local, disseram profissionais de mesas de câmbio e de bancos consultados pela Agência Estado.

Também pesaram na queda do dólar os interesses dos investidores relacionados às rolagens de contratos futuros, que prosseguem até amanhã, e também de contratos de swap cambial reverso, cujo leilão ocorreu hoje. O Banco Central vendeu cerca de 35% do próximo vencimento em 1º de setembro. Por isso, após iniciar o dia em alta, em sintonia com a valorização da moeda dos EUA em relação ao euro, o dólar comercial negociado no mercado interbancário brasileiro desacelerou os ganhos e passou a cair, descolando-se do comportamento exterior.

No fechamento dos negócios, o dólar comercial caiu 0,25%, cotado a R$ 1,588. Na BM&F, o dólar à vista recuou 0,39% para R$ 1,5856. Em três dias, o dólar comercial caiu 1,37%. No mês, acumula alta de 2,25%. O euro comercial cedeu 0,61% hoje e fechou cotado a R$ 2,295.

Nas operações de câmbio turismo, a cotação do dólar na ponta de venda teve baixa de 1,94% hoje, para R$1,67. Na compra, o dólar turismo foi cotado a R$ 1,54. O euro turismo caiu 2,44% no dia, cotado a R$ 2,40 na venda e a R$ 2,207 na compra.

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