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DIA A DIA

Bovespa avança com ajuste positivo após feriado
08/09/2011 - Olívia Bulla e Cristina Canas - Agência Estado

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu em alta. Ontem, durante o feriado no Brasil, os mercados acionários internacionais tiveram alta, o que motiva o ajuste positivo de hoje nos negócios locais. Os investidores também se debruçam sobre uma agenda econômica carregada ao longo do dia, que conta com a divulgação da ata do Banco Central (BC) e os pronunciamentos do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano), Ben Bernanke. Às 10h15, o índice Bovespa (Ibovespa) subia 1,48%, aos 57.444 pontos.

"A tendência para hoje ainda é de recuperação, com a Bolsa podendo retomar os 58 mil pontos se caminhar em um ritmo mais acelerado", avalia o estrategista-chefe da SLW Corretora, Pedro Galdi. Galdi justifica essa aposta diante dos desdobramentos econômicos ocorridos ontem na Europa, onde foram aprovadas medidas de austeridade fiscal na Espanha e na Itália. Na Alemanha, também foi dado aval para que o país ajude no socorro financeiro aos membros do bloco.

Nos EUA, os investidores aguardam os pronunciamentos de hoje de Obama e Bernanke. Enquanto isso, os mercados digerem o aumento acima do esperado nos pedidos semanais de auxílio-desemprego feitos nos Estados Unidos. As solicitações cresceram em 2 mil na semana até o último sábado, o que representa um avanço maior que a alta esperada de 1 mil pedidos. Já o déficit da balança comercial norte-americana registrou em julho a maior queda em quase dois anos e meio, a US$ 44,8 bilhões.


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No Brasil, a ata da última reunião do Comitê de Polícia Monetária (Copom) busca apresentar os motivos que levaram o Banco Central à inesperada decisão de reduzir a Selic (taxa básica de juros) de 12,5% para 12,0% ao ano. No documento, os membros da autoridade monetária foram unânimes em reconhecer que o ambiente macroeconômico global se alterou substancialmente e a piora desse quadro justifica uma reavaliação e eventual reversão do ciclo de alta da Selic. Para o BC, "o nível de incertezas já se posiciona muito acima do usual".

Dólar comercial abre em baixa de 0,30%, a R$ 1,658

O dólar comercial abriu em baixa de 0,30%, cotado a R$ 1,658, no mercado interbancário. Às 10h05, a moeda norte-americana cedia 0,42%, a R$ 1,656. Hoje os investidores tentam saber o que estão pensando os bancos centrais de várias partes do globo.

No Brasil, tem a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) e nos EUA o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central do país), Ben Bernanke, fala sobre a perspectiva econômica norte-americana, às 14h30. Na Europa houve decisão de juros por parte do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco Central inglês, que mantiveram os juros estáveis em 1,5% e 0,50%, respectivamente. E o mercado avalia as palavras do presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, de riscos de desaceleração econômica na zona do euro.

O documento que detalha o último encontro do Copom foi divulgado nesta manhã e ainda está em estudo pelos especialistas, mas a expectativa já era de que, desta vez, nada de inesperado surja. Se é fato que a decisão de cortar a taxa Selic em 0,5 ponto porcentual para 12% ao ano foi uma surpresa, também é verdade que o documento de hoje só deve reproduzir o que foi dito a respeito.

Afinal, o comunicado que acompanhou o anúncio da queda do juro, na semana passada, foi mais longo do que o habitual e deixou claro que o recuo da Selic está apoiado na avaliação de que a deterioração do cenário externo é fator "desinflacionário". Daí a importância de ouvir Bernanke, do Fed, e também o presidente dos EUA, Barack Obama, que falará sobre criação de empregos e redução do endividamento federal na noite de hoje.

  

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