DIA A DIA

Mercado modera entusiasmo e Bovespa fecha em alta de 0,32%
27/09/2011 - Folha Online

O relativo entusiasmo dos investidores com a possível nova proposta da União Europa para conter a crise perdeu fôlego à medida em que o pregão desta terça-feira se aproximava do encerramento.

O índice Ibovespa, que chegou a subir mais de 2% no pico do dia, subiu apenas 0,32% no fechamento, na marca dos 53.920 pontos. O giro financeiro foi de R$ 5,8 bilhões, pouco abaixo da média (R$ 6 bilhões/dia) deste mês.

A trajetória da Bolsa brasileira também pode refletir o comportamento médio dos investidores nestes meses de turbulência: segundo corretores, boa parte das operações é de curtíssimo prazo (venda e compra no mesmo dia), sem apostas de maior fôlego.


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O dólar comercial ficou mais barato pelo terceiro dia, sendo negociado pela taxa de R$ 1,804, em um recuo de 0,98%.

As Bolsas europeias, que fecham mais cedo, dispararam 4% (Londres) e 5,7% (Paris), enquanto nos EUA, a Bolsa de Nova York também moderou os ganhos registrados no dia, avançando 1,33% neste pregão.

Os mercados refletem as notícias, ainda sem maiores detalhes, a respeito da nova proposta da União Europeia para evitar o 'default' descontrolado da Grécia e salvaguardar o sistema bancário do velho continente. Um dos caminhos pode ser o reforço do bilionário fundo de estabilidade financeira, acertado no passado, para ajudar países em dificuldades.

Chama a atenção, no entanto, a relativa cautela de analistas, tanto do front doméstico quanto externo em relação às novidades desta semana.

"O cenário de instabilidade dos mercados continua até que todos os sinais de que a crise está na linha de recuperação sejam emitidos, o que não ocorreu ainda", dizia Jason Vieira, economista-chefe da corretora brasileira Cruzeiro do Sul, em boletim distribuído pela manhã.

"Eu não colocaria muita fé nos movimentos que nós estamos vendo", comentou Paul Simon, chefe da área de investimentos do TacticalAllocation Group, baseado em Birmingham, Michigan (EUA), em citação da agência Reuters. Esse profissional, no entanto, não descartava a possibilidade de um trimestre de recuperação das ações neste final do ano.

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