DIA A DIA

Bovespa avança 1% no fechamento, em dia marcado por cautela
11/10/2011 - Epaminondas Neto - Folha Online

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) teve um dia de recuperação moderada, numa sessão marcada por perdas modestas nas Bolsas europeias e americanas.

O índice brasileiro de ações Ibovespa avançou 1,06% e atingiu os 53.838 pontos. O giro financeiro foi de R$ 6,30 bilhões.

O dólar comercial foi negociado por R$ 1,759, em queda de 0,28%.


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As Bolsas europeias encerram os negócios em direções mistas: em Londres, o índice FTSE recuou apenas 0,06%, enquanto o índice alemão Dax teve alta de 0,30%.

Nos EUA, a Bolsa de Nova York teve queda de 0,15%.

Desde o início do pregão investidores e analistas já manifestavam receio com a notícia resistências no parlamento eslovaco à aprovação de um reforço do fundo de estabilidade financeira, considerada uma das ferramentas estratégicas para conter a crise da dívida soberana.

À tarde, a última casa legislativa na zona do euro a apreciar a proposta confirmou as piores suspeitas e votou pela rejeição. Dessa forma, a Eslováquia tornou-se o único país do bloco a negar a ampliação do fundo de socorro financeiro.

A decisão terá impacto possivelmente no pregão de amanhã das Bolsas europeias e americanas. A Bovespa não opera na quarta devido ao feriado nacional (Nossa Senhora Aparecida).

PERSPECTIVAS

Depois de quase oscilar abaixo dos 50 mil pontos na semana passada, o índice Ibovespa se aproximou do patamar dos 54 mil pontos no pregão de hoje. Para alguns analistas técnicos (que buscam antecipar tendências da Bolsa pela leitura de gráficos), esse nível de preços pode indicar uma recuperação de curto prazo a caminho.

Mas outros profissionais do setor financeiro não mostram tanto "otimismo". "O mercado ainda depende da definição de muita coisa para tomar um rumo mais definido", comenta Marco Aurélio Etchegoyen, da mesa de operações da corretora Diferencial.

O profissional lembra que há pelo menos dois eventos com potencial para deixar o mercado sob expectativa nas próximas semanas. Primeiro, há a expectativa pelo novo pacote europeu para renovar a ajuda à Grécia, evitando um "default". As lideranças da Grécia e da Alemanha também prometeram novidades no sentido de salvaguardar o sistema bancário do Velho Continente, e ficaram devendo detalhes e medidas concretas neste sentido.

E no front doméstico, há a espera pela nova reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), ainda que exista um consenso de que o colegiado vai reduzir os juros em 0,50 ponto percentual. "O Copom já mostrou que pode surpreender", diz ele, recordando a decisão de agosto.

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