As ações brasileiras são negociadas com valorização no início do pregão desta segunda-feira na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo). Os investidores permanecem atentos aos desdobramentos da crise no Velho Continente. MAs hoje pela manhã, alguns dados mais favoráveis da China animam os negócios.
O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, avança 0,78%, aos 55.683 pontos. Na sexta-feira, a Bovespa fechou em alta de 2,31%.
O dólar comercial é negociado por R$ 1,780, estável sobre a taxa da semana passada. A taxa de risco-país marca 227 pontos, mantendo a pontuação anterior.
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As principais Bolsas europeias operam com ganhos de 0,49% (Londres) e 0,24% (Frankfurt).
Entre as primeiras notícias do dia ganha destaque a sondagem do banco HSBC sobre o nível de atividade no setor manufatureiro chinês.
Esse levantamento apontou um crescimento moderado, após três meses de contração, aliviando um pouco os temores de que o gigante asiático esteja desacelerando rápido demais seu crescimento econômico.
No front doméstico, o boletim Focus, elaborado pelo Banco Central, revelou que os economistas do setor financeiro revisaram para baixo suas projeções para a inflação pela primeira vez em semanas.
Para 2012, a taxa prevista para o IPCA recuou de 5,61% para 5,60%. Neste ano, a inflação projetada cedeu de 6,52% para 6,50%.
UNIÃO EUROPEIA
As reuniões deste final de semana no âmbito da União Europeia somente reforçaram o que os investidores e analistas já sabiam: quaisquer definições sobre um acordo em torno de um plano integral contra a crise das dívidas soberanas somente devem acontecer na quarta-feira.
Será o dia em que estão programadas três reuniões consecutivas: o encontro dos ministros de Finanças da UE (União Europeia), outro encontro do Conselho Europeu (o braço executivo da UE) e depois uma cúpula dos líderes da zona do euro (que reúne 16 países, ante 27 da UE).
Ontem, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, e a chanceler alemã, Angela Merkel, reforçaram que as negociações estão avançadas, principalmente a respeito do plano de recapitalização dos bancos.
Torcemos para que as decisões que devem ser tomadas sejam tomadas na quarta-feira', disse Merkel.
O mundo financeiro quer ver medidas concretas para salvaguardar o setor bancário europeu, principalmente depois que, por semanas a fio, instituições financeiras da região foram duramente reavaliadas pelas agências de "rating" (nota de risco de crédito).
Mas a semana começa também com uma advertência sombria: a agência Reuters divulgou a informação de que o Bank of America Merrill Lynch já considera a possibilidade de um novo rebaixamento do "rating" dos EUA até o final deste ano.
Em agosto, a agência Standard & Poor's rebaixou a nota da dívida americana de 'AAA' para 'AA+' devido aos riscos políticos e ao peso da dívida americana em relação ao PIB (Produto Interno Bruto).