Bovespa avança 1,5% no fechamento e volta aos 57 mil pontos 26/10/2011
- Epaminondas Neto - Folha Online
O vaivém de altas e baixas da Bolsa de Valores deu lugar a uma recuperação mais firme após a divulgação das primeiras notícias sobre a reunião de cúpula da União Europeia.
Ainda com um quadro incompleto dos resultados deste evento, os investidores optaram por disparar ordens de compra, mirando ações de empresas baseadas em commodities, mas também setor financeiro e demais segmentos voltados para a economia doméstica.
Dessa forma, o índice Ibovespa avançou 1,52% no fechamento, atingindo os 57.143 pontos no fechamento. O giro financeiro foi de R$ 5,9 bilhões.
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As ações da Vale, que revela os resultados do trimestre nas próximas horas, tiveram avanço de 2,49%, no caso das preferenciais, e de 2,85%, no caso das ordinárias.
Entre os papéis dos bancos, os números do Bradesco foram bem recebidos pelo mercado, e o papel teve alta de 0,82%, enquanto as ações de Banco do Brasil e Itaú-Unibanco tiveram ganhos em torno de 1,7%.
Na visão dos analistas da Lerosa Investimentos, a União Europeia, se ainda não indicou a solução definitiva desses problemas, pelo menos afastou o risco iminente de uma crise sistêmica. Os gestores da Lerosa também chamaram a atenção para o fato de que Brasil e China também enviaram sinais mais animadores: o primeiro, com o alívio visto nas taxas de inflação; o segundo, com indicadores econômicos um pouco mais robustos, amenizando (por enquanto) o temor de uma desaceleração mais brusca.
O dólar comercial foi cotado por R$ 1,760, em leve baixa de 0,11%. A taxa de risco-país marca 218 pontos, número 0,45% abaixo da pontuação anterior.
No Velho Continente, onde os mercados encerram mais cedo, as principais Bolsas tiveram perdas, a exemplo de Paris (queda de 0,14%) e Frankfurt (baixa de 0,50%), mas com exceção de Londres (avanço de 0,50%);
Do outro lado do Atlântico, a influente Bolsa de Nova York teve alta de 1,39%, conforme o índice Dow Jones. Pelo índice mais abrangente S&P500, a alta registrada foi de 1,05%.
EUA
O Departamento de Comércio dos EUA reportou um decréscimo de 0,8% no total de encomendas de bens duráveis em setembro, após uma contração de 0,1% já registrada em agosto. Economistas do setor financeiro já esperavam uma redução de pelo menos 0,7% para o período.
O mesmo órgão registrou um aumento de 5,7% nas vendas de residências novas em setembro, num total de 313 mil imóveis negociados (número anualizado). A cifra veio acima do que esperavam os analistas do mercado, que projetavam 302 mil para o período.