DIA A DIA

Bovespa fecha em queda pelo terceiro dia, com recuo de 0,4%
10/11/2011 - Folha Online

Os investidores moderaram o pessimismo em relação a uma crise na Itália nesta quinta-feira, mas ainda assim a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) não conseguiu sustentar a alta, que ocorreu na maior parte do dia, e encerrou no campo negativo. Trata-se da terceira queda consecutiva.

O dólar comercial (referência para operações de comércio exterior), variou entre R$ 1,775 e R$ 1,756, para encerrar o expediente na marca de R$ 1,761, o que representa um decréscimo de 0,84% sobre o fechamento de ontem. Para turistas, o dólar foi vendido por R$ 1,880 (alta de 0,53%) e comprado por R$ 1,700.


O índice de ações Ibovespa retrocedeu 0,40% no fechamento, atingindo os 57.321 pontos. O giro financeiro foi de R$ 4,85 bilhões, considerado um volume baixo diante de uma média de R$ 6 bilhões.

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"A Europa continua ditando os rumos das Bolsas e as notícias positivas já não conseguem sustentar as altas nos mercados", afirmou Miguel Daoud, economista da Global Financial Advisor.

Daoud destaca a informação de que o BCE (Banco Central Europeu) foi a mercado para comprar os desvalorizados títulos da dívida italianos, o que teria trazido alívio para os investidores.

No entanto, ele ressalta a preocupação com o fato do BCE emitir moeda para comprar títulos.

No exterior, as Bolsas europeias registraram quedas de 0,28% (Londres) e 0,33% (Paris). Já Frankfurt teve alta de 0,65%. Nos EUA, a Bolsa de Nova York sobe 1,18%.

Também colaborou para acalmar os agentes financeiros o fato de que duas importantes crises políticas já apontaram um desfecho: na Grécia, o ex-vice-presidente do BCE, Lucas Papademos, assumiu como primeiro-ministro da Grécia no lugar do desgastado George Papandreou.

E na Itália, o ex-comissário europeu Mario Monti já desponta como o mais provável candidato para substituir o ainda mais desgastado premier Silvio Berlusconi.

O país deve continuar em foco nos próximos dias, principalmente porque neste final de semana o parlamento local deve apreciar uma série de reformas que visam melhorar as condições financeiras do país, tal como exigido pela União Europeia.

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